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Análise & Opinião

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A Evolução das Princesas da Disney

5/3/2021

Presentes desde a década de 30, as princesas da Disney são uma das marcas mais famosas da produtora e agrupam algumas de suas personagens mais icônicas. No entanto, tais personagens foram sofrendo mudanças importantes na forma como são representadas.

escrito por
Luis Henrique Franco

Presentes desde a década de 30, as princesas da Disney são uma das marcas mais famosas da produtora e agrupam algumas de suas personagens mais icônicas. No entanto, tais personagens foram sofrendo mudanças importantes na forma como são representadas.

escrito por
Luis Henrique Franco
5/3/2021

Uma das maiores marcas da Disney, as Princesas conquistaram o mundo há décadas. Desde a introdução de sua primeira integrante, na década de 30, esse grupo seleto de personagens femininas cresceu imensamente e se tornou extremamente popular entre crianças, adolescentes, jovens e adultos. Muitas meninas sonharam por anos em se tornarem princesas no futuro, e mesmo pessoas mais velhas ficaram encantadas por essas personagens tão queridas da nossa cultura pop.

E é justamente por serem tão populares que as Princesas da Disney precisam ser cuidadosamente analisadas pela maneira como são retratadas em seus filmes. Como qualquer produto de mídia, elas exerceram uma grande influência ao longo dos anos nas pessoas, colocando na mente de meninas pequenas uma determinada forma de se portar, e suas representações podem ser perigosas por influenciarem um pensamento ultrapassado na mente de crianças. E é por isso que estudar essas formas de representação é de extrema importância nos dias de hoje, e quando nos dedicamos a essa análise, percebemos que, ao longo das décadas, a Disney tem lentamente alterado a sua forma de retratar suas princesas, tornando-as mais aceitáveis e com uma representação positiva na sociedade atual.

AS PRIMEIRAS PRINCESAS: SONHADORAS E DEPENDENTES

A primeira das Princesas da Disney foi a Branca de Neve, lançada em animação em 1937. Baseada em um conto dos Irmãos Grimm, Branca de Neve definiu o tipo de personagem que as primeiras princesas seriam. Extremamente sonhadora, ela passa os dias a cantar, é extremamente dócil e delicada e faz amizade muito rapidamente com os seres encantados e animais de sua terra. Possui sonhos e desejos para a sua vida, mas praticamente todos eles dizem respeito a encontrar um príncipe encantado com quem ela possa se casar.

A imagem que Branca de Neve transmite é a de uma mulher delicada e doce, cujos sonhos se baseiam na presença de um homem em sua vida. Extremamente dependente de seu amor para realizar aquilo que deseja, ela se torna uma personagem extremamente passiva, que necessita dos outros para seguir em frente e cuja única coisa que pode fazer por si mesma é limpar a casa dos Sete Anões. Para além disso, ela é incapaz de se defender por conta própria, criando assim a imagem já bastante conhecida das Princesas da Disney como "donzelas em perigo".

Extremamente negativa, essa imagem criada com Branca de Neve foi perpetuada por décadas, afetando todas as principais princesas dessa primeira fase da história. Outras que seguem na mesma linha são Cinderela e Aurora, ambas baseadas em histórias escritas por Charles Perrault. Nos dois casos, também vemos mulheres extremamente doces e gentis, com grandes sonhos que elas parecem incapazes de conquistar por conta própria. Ambas possuem suas fadas madrinhas como companheiras e aquelas que tornam a realização de seus sonhos possíveis, e mesmo que Aurora demonstre um certo lado rebelde em seu desejo de sair da casa onde está aprisionada, ela ainda se entrega completamente ao primeiro homem que conhece, que por coincidência, acaba sendo o príncipe que a salva depois no filme.

Seguindo um pensamento de sua época, que se alastrou para todos os cantos da cultura e da mídia, essas princesas retratam as mulheres como servis, tendo necessidade de um homem nas suas vidas. E por décadas, esse foi o pensamento propagado pelas animações da Disney, que chegou aos anos 80 sem alterar muito a sua fórmula, mesmo depois que tal pensamento se tornou ultrapassados nas sociedades ocidentais.

A RENASCENÇA DISNEY E O RENASCIMENTO DAS PRINCESAS

Em 1985, foi lançada a animação O Caldeirão Mágico, que introduziu a personagem Eilonwy. Embora seja uma princesa de berço, Eilowny não foi incluída na franquia das Princesas Disney devido ao péssimo resultado de seu filme nas bilheterias.

O Caldeirão Mágico, no entanto, foi o primeiro exemplo de uma nova forma da Disney de ver as suas personagens femininas. Uma visão que dominaria suas produções ao longo dos anos 90 e começo dos anos 2000. Isso porque, assim como Eilonwy, as princesas passaram a ser representadas como mulheres mais independentes, capazes de tomar conta de si mesmas e mais proativas em suas próprias histórias. Muitas delas, inclusive foram responsáveis por inclusive salvar os seus interesses amorosos em situações de perigo, invertendo os papéis tradicionais que haviam sido estabelecidos desde Branca de Neve.

O primeiro caso de uma princesa Disney salvando o seu interesse amoroso de uma situação de perigo foi Pocahontas que, ao final de seu filme, impede que seu pai execute o europeu John Smith e evita uma batalha entre os colonizadores e a sua tribo. Isso, é claro, não significa que Pocahontas seja um filme sem defeitos. Na verdade, o longa é extremamente problemático por vários motivos, sendo questionado até hoje e colocado como um dos piores da Renascença Disney. Mas o caso de Pocahontas ser uma princesa capaz de agir por conta própria, desafiar a sociedade em que vive e se arriscar para salvar o homem que, pela convenção, deveria ser o seu salvador, marca um exemplo do tipo de comportamento que as princesas da nova fase passariam a ter.

A Década de 90, conhecida como a Renascença da Disney, é marcada por essas mudanças. Seus filmes e personagens não são desprovidos de problemas e vários questionamentos são feitos a respeito do comportamento de suas princesas mais icônicas (Ariel abre mão de sua bela voz de sereia para ficar com Eric; Bela se apaixona pela fera que a mantém em cárcere, Mulan parte em uma jornada e arrisca a sua vida para trazer honra ao seu pai e receber sua aprovação). Mas esse período da Renascença marca exatamente o período em que as princesas deixam de ser apenas jovens gentis e indefesas e desenvolvem personalidades mais únicas, além de se tornarem mais ativas em suas histórias e perseguirem seus sonhos através de seus próprios meios.

Fora da linha oficial das Princesas, essas mudanças também podem ser observadas em outras personagens femininas. Esmeralda, de O Corcunda de Notre Dame, é desafiadora e constantemente ajuda Quasimodo em sua aventura. Mégara é sagaz e faz comentários ácidos, fugindo da imagem tradicional das princesas. Kida, de Atlantis: O Reino Perdido, é uma guerreira habilidosa e protege o seu povo, inclusive se sacrificando ao cristal místico de Atlantis.

Obviamente, não são mudanças extremamente revolucionárias, mas os passos dados pela Disney durante a sua Renascença demonstra uma nova maneira de olhar não só para suas princesas, mas também para suas personagens femininas em geral. Maneira esta que, inclusive, foi responsável por criar algumas de suas personagens mais cativantes e populares de todos os tempos.

ATUALIDADE: BUSCANDO SEU PRÓPRIO DESTINO

As mudanças perpetuadas durante a Renascença da Disney foram levadas para os anos posteriores. Primeira princesa negra da Disney, Tiana já se mostra como uma mulher mais batalhadora, que trabalha diariamente para juntar dinheiro suficiente para realizar seu sonho de abrir um restaurante próprio. Seu sonho, ao contrário de muitas princesas anteriores, não se limita a encontrar um homem para si, mas sim construir um negócio próprio, reger seu próprio destino. Seu caso amoroso não surge como o tema principal de sua história, apesar de ainda se desenvolver ao longo da trama.

O mesmo pode ser dito sobre Rapunzel, na adaptação Enrolados. O sonho da princesa, presa por toda a sua vida em uma torre por uma madrasta controladora, é sair para conhecer o mundo real e ver as luzes que, todo ano, no dia de seu aniversário, são soltas no ar. Sua relação com o ardiloso Finn não é movida por amor a princípio, o que permite que a relação entre os dois se desenvolva ao longo da trama, de uma forma mais natural e menos forçada do que em histórias anteriores, onde as princesas imediatamente se apaixonavam por homens que elas haviam acabado de conhecer.

Esses exemplos marcam mais uma nova mudança na linha das Princesas Disney, vigente principalmente nos anos após 2010. Mais do que nunca, as princesas se tornaram donas de suas próprias vidas e completamente capazes de buscar seus próprios destinos por conta própria. E, ao dar a essas personagens essa capacidade individual de perseguir o que desejam, a Disney tornou suas jornadas muito mais interessantes de serem acompanhadas, pois fez as personalidades dessas personagens muito mais marcantes.

Era questão de tempo para que as princesas passassem a deixar de depender de uma história de amor em suas narrativas. E essa nova tendência logo se mostrou em Valente, animação vinda da Pixar e que apresentou Mérida, uma princesa que desafia todos os estereótipos ao não ser graciosa e gentil e não querer um homem em sua vida, mas sim ser uma guerreira e aventureira. A principal relação trabalhada em Valente não é entre Mérida e um príncipe, mas sim entre ela e sua mãe, e explora as diferentes visões de mundo entre as duas e que as colocam em conflito constante uma com a outra.

Mérida foi a primeira princesa dessa nova geração de protagonistas femininas mais aventureira e que não necessita de uma história de amor. Frozen foi a próxima produção a seguir nessa linha ao introduzir Elsa, uma princesa que se torna rainha e, durante toda a trama, não desenvolve uma única relação amorosa. E, apesar de sua irmã Anna desenvolver um relacionamento com Kristoff, esse relacionamento segue muito mais a trajetória de Rapunzel, com um desenvolvimento muito maior ao longo da trama antes de se tornar, definitivamente, um romance. E a Disney continuou com essa tendência, apresentando duas novas princesas que não mostram um relacionamento amoroso em suas histórias: Moana e Raya.

Nesses dois últimos casos, porém, uma nova mudança é mostrada. Para além de não mostrarem relacionamentos amorosos e focarem nas jornadas e no desenvolvimento pessoal das princesas, os dois filmes mais recentes dentro do universo das Princesas Disney apresentam suas protagonistas como heroínas, aquelas cujas jornadas são destinadas a salvar o mundo onde elas vivem. Mais do que nunca, essas duas últimas princesas se tornaram personagens extremamente ativas em suas histórias, e cujas ações mais influenciam o mundo onde vivem.

PEQUENAS MUDANÇAS, MAS AINDA ASSIM BEM-VINDAS

Apesar de todas essas mudanças, a longa história das Princesas Disney não é a história de uma grande companhia criando compreensão social e percebendo o quanto suas representações poderiam ser nocivas para as pessoas que as assistiam. É melhor considerar como uma história de uma grande companhia que, em face de mudanças ocorrendo, se viu forçada a mudar suas representações para não se tornar irrelevante.

Apesar de seu pioneirismo em várias áreas da cultura do século XX, a Disney não vai ser a companhia que irá iniciar algum tipo de revolução cultural feminista para alterar a forma como as mídias representam mulheres. Mas a companhia é esperta o suficiente para não se prender a velhas representações quando estas se provam ultrapassadas e nocivas para os seus lucros. E é por isso que as mudanças na forma de representar as princesas são pequenas e ocorridas ao longo da vários anos. Antes de de realizar qualquer mudança desse tipo, a companhia precisa ter certeza de que tais alterações serão aceitas na sociedade.

Então, ao invés de serem pioneiras dessas mudanças, as Princesas Disney podem funcionar como provas de que a forma de se enxergar personagens femininas na cultura está se alterando com o tempo. Fruto das mudanças ocorridas na sociedade, essas representações culturais reproduzem uma nova forma de ver o mundo que se assentou na sociedade e que vai, com o tempo, se expandindo, atingindo desde produções menores até, inevitavelmente, as grandes companhias.

É uma mudança lenta, e que por enquanto rendeu alguns poucos frutos ao longo de muitas décadas. Mas o fato de que tais mudanças já estão sendo retratadas em uma franquia tão grande quanto as Princesas Disney já comprova que as sementes plantadas por essa luta já estão criando raízes na nossa sociedade. É é bom que estas raízes estejam afetando uma franquia como a das princesas, que é especialmente consumida por garotas pequenas e jovens, que verão, a partir de agora, um novo modelo de mulher em quem se inspirar. Um tipo de mulher mais forte e capaz de conquistar aquilo que quer por conta própria.

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Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
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Presentes desde a década de 30, as princesas da Disney são uma das marcas mais famosas da produtora e agrupam algumas de suas personagens mais icônicas. No entanto, tais personagens foram sofrendo mudanças importantes na forma como são representadas.

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Luis Henrique Franco
5/3/2021

Uma das maiores marcas da Disney, as Princesas conquistaram o mundo há décadas. Desde a introdução de sua primeira integrante, na década de 30, esse grupo seleto de personagens femininas cresceu imensamente e se tornou extremamente popular entre crianças, adolescentes, jovens e adultos. Muitas meninas sonharam por anos em se tornarem princesas no futuro, e mesmo pessoas mais velhas ficaram encantadas por essas personagens tão queridas da nossa cultura pop.

E é justamente por serem tão populares que as Princesas da Disney precisam ser cuidadosamente analisadas pela maneira como são retratadas em seus filmes. Como qualquer produto de mídia, elas exerceram uma grande influência ao longo dos anos nas pessoas, colocando na mente de meninas pequenas uma determinada forma de se portar, e suas representações podem ser perigosas por influenciarem um pensamento ultrapassado na mente de crianças. E é por isso que estudar essas formas de representação é de extrema importância nos dias de hoje, e quando nos dedicamos a essa análise, percebemos que, ao longo das décadas, a Disney tem lentamente alterado a sua forma de retratar suas princesas, tornando-as mais aceitáveis e com uma representação positiva na sociedade atual.

AS PRIMEIRAS PRINCESAS: SONHADORAS E DEPENDENTES

A primeira das Princesas da Disney foi a Branca de Neve, lançada em animação em 1937. Baseada em um conto dos Irmãos Grimm, Branca de Neve definiu o tipo de personagem que as primeiras princesas seriam. Extremamente sonhadora, ela passa os dias a cantar, é extremamente dócil e delicada e faz amizade muito rapidamente com os seres encantados e animais de sua terra. Possui sonhos e desejos para a sua vida, mas praticamente todos eles dizem respeito a encontrar um príncipe encantado com quem ela possa se casar.

A imagem que Branca de Neve transmite é a de uma mulher delicada e doce, cujos sonhos se baseiam na presença de um homem em sua vida. Extremamente dependente de seu amor para realizar aquilo que deseja, ela se torna uma personagem extremamente passiva, que necessita dos outros para seguir em frente e cuja única coisa que pode fazer por si mesma é limpar a casa dos Sete Anões. Para além disso, ela é incapaz de se defender por conta própria, criando assim a imagem já bastante conhecida das Princesas da Disney como "donzelas em perigo".

Extremamente negativa, essa imagem criada com Branca de Neve foi perpetuada por décadas, afetando todas as principais princesas dessa primeira fase da história. Outras que seguem na mesma linha são Cinderela e Aurora, ambas baseadas em histórias escritas por Charles Perrault. Nos dois casos, também vemos mulheres extremamente doces e gentis, com grandes sonhos que elas parecem incapazes de conquistar por conta própria. Ambas possuem suas fadas madrinhas como companheiras e aquelas que tornam a realização de seus sonhos possíveis, e mesmo que Aurora demonstre um certo lado rebelde em seu desejo de sair da casa onde está aprisionada, ela ainda se entrega completamente ao primeiro homem que conhece, que por coincidência, acaba sendo o príncipe que a salva depois no filme.

Seguindo um pensamento de sua época, que se alastrou para todos os cantos da cultura e da mídia, essas princesas retratam as mulheres como servis, tendo necessidade de um homem nas suas vidas. E por décadas, esse foi o pensamento propagado pelas animações da Disney, que chegou aos anos 80 sem alterar muito a sua fórmula, mesmo depois que tal pensamento se tornou ultrapassados nas sociedades ocidentais.

A RENASCENÇA DISNEY E O RENASCIMENTO DAS PRINCESAS

Em 1985, foi lançada a animação O Caldeirão Mágico, que introduziu a personagem Eilonwy. Embora seja uma princesa de berço, Eilowny não foi incluída na franquia das Princesas Disney devido ao péssimo resultado de seu filme nas bilheterias.

O Caldeirão Mágico, no entanto, foi o primeiro exemplo de uma nova forma da Disney de ver as suas personagens femininas. Uma visão que dominaria suas produções ao longo dos anos 90 e começo dos anos 2000. Isso porque, assim como Eilonwy, as princesas passaram a ser representadas como mulheres mais independentes, capazes de tomar conta de si mesmas e mais proativas em suas próprias histórias. Muitas delas, inclusive foram responsáveis por inclusive salvar os seus interesses amorosos em situações de perigo, invertendo os papéis tradicionais que haviam sido estabelecidos desde Branca de Neve.

O primeiro caso de uma princesa Disney salvando o seu interesse amoroso de uma situação de perigo foi Pocahontas que, ao final de seu filme, impede que seu pai execute o europeu John Smith e evita uma batalha entre os colonizadores e a sua tribo. Isso, é claro, não significa que Pocahontas seja um filme sem defeitos. Na verdade, o longa é extremamente problemático por vários motivos, sendo questionado até hoje e colocado como um dos piores da Renascença Disney. Mas o caso de Pocahontas ser uma princesa capaz de agir por conta própria, desafiar a sociedade em que vive e se arriscar para salvar o homem que, pela convenção, deveria ser o seu salvador, marca um exemplo do tipo de comportamento que as princesas da nova fase passariam a ter.

A Década de 90, conhecida como a Renascença da Disney, é marcada por essas mudanças. Seus filmes e personagens não são desprovidos de problemas e vários questionamentos são feitos a respeito do comportamento de suas princesas mais icônicas (Ariel abre mão de sua bela voz de sereia para ficar com Eric; Bela se apaixona pela fera que a mantém em cárcere, Mulan parte em uma jornada e arrisca a sua vida para trazer honra ao seu pai e receber sua aprovação). Mas esse período da Renascença marca exatamente o período em que as princesas deixam de ser apenas jovens gentis e indefesas e desenvolvem personalidades mais únicas, além de se tornarem mais ativas em suas histórias e perseguirem seus sonhos através de seus próprios meios.

Fora da linha oficial das Princesas, essas mudanças também podem ser observadas em outras personagens femininas. Esmeralda, de O Corcunda de Notre Dame, é desafiadora e constantemente ajuda Quasimodo em sua aventura. Mégara é sagaz e faz comentários ácidos, fugindo da imagem tradicional das princesas. Kida, de Atlantis: O Reino Perdido, é uma guerreira habilidosa e protege o seu povo, inclusive se sacrificando ao cristal místico de Atlantis.

Obviamente, não são mudanças extremamente revolucionárias, mas os passos dados pela Disney durante a sua Renascença demonstra uma nova maneira de olhar não só para suas princesas, mas também para suas personagens femininas em geral. Maneira esta que, inclusive, foi responsável por criar algumas de suas personagens mais cativantes e populares de todos os tempos.

ATUALIDADE: BUSCANDO SEU PRÓPRIO DESTINO

As mudanças perpetuadas durante a Renascença da Disney foram levadas para os anos posteriores. Primeira princesa negra da Disney, Tiana já se mostra como uma mulher mais batalhadora, que trabalha diariamente para juntar dinheiro suficiente para realizar seu sonho de abrir um restaurante próprio. Seu sonho, ao contrário de muitas princesas anteriores, não se limita a encontrar um homem para si, mas sim construir um negócio próprio, reger seu próprio destino. Seu caso amoroso não surge como o tema principal de sua história, apesar de ainda se desenvolver ao longo da trama.

O mesmo pode ser dito sobre Rapunzel, na adaptação Enrolados. O sonho da princesa, presa por toda a sua vida em uma torre por uma madrasta controladora, é sair para conhecer o mundo real e ver as luzes que, todo ano, no dia de seu aniversário, são soltas no ar. Sua relação com o ardiloso Finn não é movida por amor a princípio, o que permite que a relação entre os dois se desenvolva ao longo da trama, de uma forma mais natural e menos forçada do que em histórias anteriores, onde as princesas imediatamente se apaixonavam por homens que elas haviam acabado de conhecer.

Esses exemplos marcam mais uma nova mudança na linha das Princesas Disney, vigente principalmente nos anos após 2010. Mais do que nunca, as princesas se tornaram donas de suas próprias vidas e completamente capazes de buscar seus próprios destinos por conta própria. E, ao dar a essas personagens essa capacidade individual de perseguir o que desejam, a Disney tornou suas jornadas muito mais interessantes de serem acompanhadas, pois fez as personalidades dessas personagens muito mais marcantes.

Era questão de tempo para que as princesas passassem a deixar de depender de uma história de amor em suas narrativas. E essa nova tendência logo se mostrou em Valente, animação vinda da Pixar e que apresentou Mérida, uma princesa que desafia todos os estereótipos ao não ser graciosa e gentil e não querer um homem em sua vida, mas sim ser uma guerreira e aventureira. A principal relação trabalhada em Valente não é entre Mérida e um príncipe, mas sim entre ela e sua mãe, e explora as diferentes visões de mundo entre as duas e que as colocam em conflito constante uma com a outra.

Mérida foi a primeira princesa dessa nova geração de protagonistas femininas mais aventureira e que não necessita de uma história de amor. Frozen foi a próxima produção a seguir nessa linha ao introduzir Elsa, uma princesa que se torna rainha e, durante toda a trama, não desenvolve uma única relação amorosa. E, apesar de sua irmã Anna desenvolver um relacionamento com Kristoff, esse relacionamento segue muito mais a trajetória de Rapunzel, com um desenvolvimento muito maior ao longo da trama antes de se tornar, definitivamente, um romance. E a Disney continuou com essa tendência, apresentando duas novas princesas que não mostram um relacionamento amoroso em suas histórias: Moana e Raya.

Nesses dois últimos casos, porém, uma nova mudança é mostrada. Para além de não mostrarem relacionamentos amorosos e focarem nas jornadas e no desenvolvimento pessoal das princesas, os dois filmes mais recentes dentro do universo das Princesas Disney apresentam suas protagonistas como heroínas, aquelas cujas jornadas são destinadas a salvar o mundo onde elas vivem. Mais do que nunca, essas duas últimas princesas se tornaram personagens extremamente ativas em suas histórias, e cujas ações mais influenciam o mundo onde vivem.

PEQUENAS MUDANÇAS, MAS AINDA ASSIM BEM-VINDAS

Apesar de todas essas mudanças, a longa história das Princesas Disney não é a história de uma grande companhia criando compreensão social e percebendo o quanto suas representações poderiam ser nocivas para as pessoas que as assistiam. É melhor considerar como uma história de uma grande companhia que, em face de mudanças ocorrendo, se viu forçada a mudar suas representações para não se tornar irrelevante.

Apesar de seu pioneirismo em várias áreas da cultura do século XX, a Disney não vai ser a companhia que irá iniciar algum tipo de revolução cultural feminista para alterar a forma como as mídias representam mulheres. Mas a companhia é esperta o suficiente para não se prender a velhas representações quando estas se provam ultrapassadas e nocivas para os seus lucros. E é por isso que as mudanças na forma de representar as princesas são pequenas e ocorridas ao longo da vários anos. Antes de de realizar qualquer mudança desse tipo, a companhia precisa ter certeza de que tais alterações serão aceitas na sociedade.

Então, ao invés de serem pioneiras dessas mudanças, as Princesas Disney podem funcionar como provas de que a forma de se enxergar personagens femininas na cultura está se alterando com o tempo. Fruto das mudanças ocorridas na sociedade, essas representações culturais reproduzem uma nova forma de ver o mundo que se assentou na sociedade e que vai, com o tempo, se expandindo, atingindo desde produções menores até, inevitavelmente, as grandes companhias.

É uma mudança lenta, e que por enquanto rendeu alguns poucos frutos ao longo de muitas décadas. Mas o fato de que tais mudanças já estão sendo retratadas em uma franquia tão grande quanto as Princesas Disney já comprova que as sementes plantadas por essa luta já estão criando raízes na nossa sociedade. É é bom que estas raízes estejam afetando uma franquia como a das princesas, que é especialmente consumida por garotas pequenas e jovens, que verão, a partir de agora, um novo modelo de mulher em quem se inspirar. Um tipo de mulher mais forte e capaz de conquistar aquilo que quer por conta própria.

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Presentes desde a década de 30, as princesas da Disney são uma das marcas mais famosas da produtora e agrupam algumas de suas personagens mais icônicas. No entanto, tais personagens foram sofrendo mudanças importantes na forma como são representadas.

escrito por
Luis Henrique Franco
5/3/2021
nascimento

Presentes desde a década de 30, as princesas da Disney são uma das marcas mais famosas da produtora e agrupam algumas de suas personagens mais icônicas. No entanto, tais personagens foram sofrendo mudanças importantes na forma como são representadas.

escrito por
Luis Henrique Franco
5/3/2021

Uma das maiores marcas da Disney, as Princesas conquistaram o mundo há décadas. Desde a introdução de sua primeira integrante, na década de 30, esse grupo seleto de personagens femininas cresceu imensamente e se tornou extremamente popular entre crianças, adolescentes, jovens e adultos. Muitas meninas sonharam por anos em se tornarem princesas no futuro, e mesmo pessoas mais velhas ficaram encantadas por essas personagens tão queridas da nossa cultura pop.

E é justamente por serem tão populares que as Princesas da Disney precisam ser cuidadosamente analisadas pela maneira como são retratadas em seus filmes. Como qualquer produto de mídia, elas exerceram uma grande influência ao longo dos anos nas pessoas, colocando na mente de meninas pequenas uma determinada forma de se portar, e suas representações podem ser perigosas por influenciarem um pensamento ultrapassado na mente de crianças. E é por isso que estudar essas formas de representação é de extrema importância nos dias de hoje, e quando nos dedicamos a essa análise, percebemos que, ao longo das décadas, a Disney tem lentamente alterado a sua forma de retratar suas princesas, tornando-as mais aceitáveis e com uma representação positiva na sociedade atual.

AS PRIMEIRAS PRINCESAS: SONHADORAS E DEPENDENTES

A primeira das Princesas da Disney foi a Branca de Neve, lançada em animação em 1937. Baseada em um conto dos Irmãos Grimm, Branca de Neve definiu o tipo de personagem que as primeiras princesas seriam. Extremamente sonhadora, ela passa os dias a cantar, é extremamente dócil e delicada e faz amizade muito rapidamente com os seres encantados e animais de sua terra. Possui sonhos e desejos para a sua vida, mas praticamente todos eles dizem respeito a encontrar um príncipe encantado com quem ela possa se casar.

A imagem que Branca de Neve transmite é a de uma mulher delicada e doce, cujos sonhos se baseiam na presença de um homem em sua vida. Extremamente dependente de seu amor para realizar aquilo que deseja, ela se torna uma personagem extremamente passiva, que necessita dos outros para seguir em frente e cuja única coisa que pode fazer por si mesma é limpar a casa dos Sete Anões. Para além disso, ela é incapaz de se defender por conta própria, criando assim a imagem já bastante conhecida das Princesas da Disney como "donzelas em perigo".

Extremamente negativa, essa imagem criada com Branca de Neve foi perpetuada por décadas, afetando todas as principais princesas dessa primeira fase da história. Outras que seguem na mesma linha são Cinderela e Aurora, ambas baseadas em histórias escritas por Charles Perrault. Nos dois casos, também vemos mulheres extremamente doces e gentis, com grandes sonhos que elas parecem incapazes de conquistar por conta própria. Ambas possuem suas fadas madrinhas como companheiras e aquelas que tornam a realização de seus sonhos possíveis, e mesmo que Aurora demonstre um certo lado rebelde em seu desejo de sair da casa onde está aprisionada, ela ainda se entrega completamente ao primeiro homem que conhece, que por coincidência, acaba sendo o príncipe que a salva depois no filme.

Seguindo um pensamento de sua época, que se alastrou para todos os cantos da cultura e da mídia, essas princesas retratam as mulheres como servis, tendo necessidade de um homem nas suas vidas. E por décadas, esse foi o pensamento propagado pelas animações da Disney, que chegou aos anos 80 sem alterar muito a sua fórmula, mesmo depois que tal pensamento se tornou ultrapassados nas sociedades ocidentais.

A RENASCENÇA DISNEY E O RENASCIMENTO DAS PRINCESAS

Em 1985, foi lançada a animação O Caldeirão Mágico, que introduziu a personagem Eilonwy. Embora seja uma princesa de berço, Eilowny não foi incluída na franquia das Princesas Disney devido ao péssimo resultado de seu filme nas bilheterias.

O Caldeirão Mágico, no entanto, foi o primeiro exemplo de uma nova forma da Disney de ver as suas personagens femininas. Uma visão que dominaria suas produções ao longo dos anos 90 e começo dos anos 2000. Isso porque, assim como Eilonwy, as princesas passaram a ser representadas como mulheres mais independentes, capazes de tomar conta de si mesmas e mais proativas em suas próprias histórias. Muitas delas, inclusive foram responsáveis por inclusive salvar os seus interesses amorosos em situações de perigo, invertendo os papéis tradicionais que haviam sido estabelecidos desde Branca de Neve.

O primeiro caso de uma princesa Disney salvando o seu interesse amoroso de uma situação de perigo foi Pocahontas que, ao final de seu filme, impede que seu pai execute o europeu John Smith e evita uma batalha entre os colonizadores e a sua tribo. Isso, é claro, não significa que Pocahontas seja um filme sem defeitos. Na verdade, o longa é extremamente problemático por vários motivos, sendo questionado até hoje e colocado como um dos piores da Renascença Disney. Mas o caso de Pocahontas ser uma princesa capaz de agir por conta própria, desafiar a sociedade em que vive e se arriscar para salvar o homem que, pela convenção, deveria ser o seu salvador, marca um exemplo do tipo de comportamento que as princesas da nova fase passariam a ter.

A Década de 90, conhecida como a Renascença da Disney, é marcada por essas mudanças. Seus filmes e personagens não são desprovidos de problemas e vários questionamentos são feitos a respeito do comportamento de suas princesas mais icônicas (Ariel abre mão de sua bela voz de sereia para ficar com Eric; Bela se apaixona pela fera que a mantém em cárcere, Mulan parte em uma jornada e arrisca a sua vida para trazer honra ao seu pai e receber sua aprovação). Mas esse período da Renascença marca exatamente o período em que as princesas deixam de ser apenas jovens gentis e indefesas e desenvolvem personalidades mais únicas, além de se tornarem mais ativas em suas histórias e perseguirem seus sonhos através de seus próprios meios.

Fora da linha oficial das Princesas, essas mudanças também podem ser observadas em outras personagens femininas. Esmeralda, de O Corcunda de Notre Dame, é desafiadora e constantemente ajuda Quasimodo em sua aventura. Mégara é sagaz e faz comentários ácidos, fugindo da imagem tradicional das princesas. Kida, de Atlantis: O Reino Perdido, é uma guerreira habilidosa e protege o seu povo, inclusive se sacrificando ao cristal místico de Atlantis.

Obviamente, não são mudanças extremamente revolucionárias, mas os passos dados pela Disney durante a sua Renascença demonstra uma nova maneira de olhar não só para suas princesas, mas também para suas personagens femininas em geral. Maneira esta que, inclusive, foi responsável por criar algumas de suas personagens mais cativantes e populares de todos os tempos.

ATUALIDADE: BUSCANDO SEU PRÓPRIO DESTINO

As mudanças perpetuadas durante a Renascença da Disney foram levadas para os anos posteriores. Primeira princesa negra da Disney, Tiana já se mostra como uma mulher mais batalhadora, que trabalha diariamente para juntar dinheiro suficiente para realizar seu sonho de abrir um restaurante próprio. Seu sonho, ao contrário de muitas princesas anteriores, não se limita a encontrar um homem para si, mas sim construir um negócio próprio, reger seu próprio destino. Seu caso amoroso não surge como o tema principal de sua história, apesar de ainda se desenvolver ao longo da trama.

O mesmo pode ser dito sobre Rapunzel, na adaptação Enrolados. O sonho da princesa, presa por toda a sua vida em uma torre por uma madrasta controladora, é sair para conhecer o mundo real e ver as luzes que, todo ano, no dia de seu aniversário, são soltas no ar. Sua relação com o ardiloso Finn não é movida por amor a princípio, o que permite que a relação entre os dois se desenvolva ao longo da trama, de uma forma mais natural e menos forçada do que em histórias anteriores, onde as princesas imediatamente se apaixonavam por homens que elas haviam acabado de conhecer.

Esses exemplos marcam mais uma nova mudança na linha das Princesas Disney, vigente principalmente nos anos após 2010. Mais do que nunca, as princesas se tornaram donas de suas próprias vidas e completamente capazes de buscar seus próprios destinos por conta própria. E, ao dar a essas personagens essa capacidade individual de perseguir o que desejam, a Disney tornou suas jornadas muito mais interessantes de serem acompanhadas, pois fez as personalidades dessas personagens muito mais marcantes.

Era questão de tempo para que as princesas passassem a deixar de depender de uma história de amor em suas narrativas. E essa nova tendência logo se mostrou em Valente, animação vinda da Pixar e que apresentou Mérida, uma princesa que desafia todos os estereótipos ao não ser graciosa e gentil e não querer um homem em sua vida, mas sim ser uma guerreira e aventureira. A principal relação trabalhada em Valente não é entre Mérida e um príncipe, mas sim entre ela e sua mãe, e explora as diferentes visões de mundo entre as duas e que as colocam em conflito constante uma com a outra.

Mérida foi a primeira princesa dessa nova geração de protagonistas femininas mais aventureira e que não necessita de uma história de amor. Frozen foi a próxima produção a seguir nessa linha ao introduzir Elsa, uma princesa que se torna rainha e, durante toda a trama, não desenvolve uma única relação amorosa. E, apesar de sua irmã Anna desenvolver um relacionamento com Kristoff, esse relacionamento segue muito mais a trajetória de Rapunzel, com um desenvolvimento muito maior ao longo da trama antes de se tornar, definitivamente, um romance. E a Disney continuou com essa tendência, apresentando duas novas princesas que não mostram um relacionamento amoroso em suas histórias: Moana e Raya.

Nesses dois últimos casos, porém, uma nova mudança é mostrada. Para além de não mostrarem relacionamentos amorosos e focarem nas jornadas e no desenvolvimento pessoal das princesas, os dois filmes mais recentes dentro do universo das Princesas Disney apresentam suas protagonistas como heroínas, aquelas cujas jornadas são destinadas a salvar o mundo onde elas vivem. Mais do que nunca, essas duas últimas princesas se tornaram personagens extremamente ativas em suas histórias, e cujas ações mais influenciam o mundo onde vivem.

PEQUENAS MUDANÇAS, MAS AINDA ASSIM BEM-VINDAS

Apesar de todas essas mudanças, a longa história das Princesas Disney não é a história de uma grande companhia criando compreensão social e percebendo o quanto suas representações poderiam ser nocivas para as pessoas que as assistiam. É melhor considerar como uma história de uma grande companhia que, em face de mudanças ocorrendo, se viu forçada a mudar suas representações para não se tornar irrelevante.

Apesar de seu pioneirismo em várias áreas da cultura do século XX, a Disney não vai ser a companhia que irá iniciar algum tipo de revolução cultural feminista para alterar a forma como as mídias representam mulheres. Mas a companhia é esperta o suficiente para não se prender a velhas representações quando estas se provam ultrapassadas e nocivas para os seus lucros. E é por isso que as mudanças na forma de representar as princesas são pequenas e ocorridas ao longo da vários anos. Antes de de realizar qualquer mudança desse tipo, a companhia precisa ter certeza de que tais alterações serão aceitas na sociedade.

Então, ao invés de serem pioneiras dessas mudanças, as Princesas Disney podem funcionar como provas de que a forma de se enxergar personagens femininas na cultura está se alterando com o tempo. Fruto das mudanças ocorridas na sociedade, essas representações culturais reproduzem uma nova forma de ver o mundo que se assentou na sociedade e que vai, com o tempo, se expandindo, atingindo desde produções menores até, inevitavelmente, as grandes companhias.

É uma mudança lenta, e que por enquanto rendeu alguns poucos frutos ao longo de muitas décadas. Mas o fato de que tais mudanças já estão sendo retratadas em uma franquia tão grande quanto as Princesas Disney já comprova que as sementes plantadas por essa luta já estão criando raízes na nossa sociedade. É é bom que estas raízes estejam afetando uma franquia como a das princesas, que é especialmente consumida por garotas pequenas e jovens, que verão, a partir de agora, um novo modelo de mulher em quem se inspirar. Um tipo de mulher mais forte e capaz de conquistar aquilo que quer por conta própria.

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