Crítica

Crítica

Ainbo: a Guerreira da Amazônia é uma aventura pouco surpreendente, mas divertida para as crianças

27/9/2021

Mesmo que não seja a animação mais surpreendente do ano, Ainbo ainda assim consegue divertir, principalmente o público infantil, para o qual traz uma importante mensagem de conscientização.

escrito por
Luis Henrique Franco

Mesmo que não seja a animação mais surpreendente do ano, Ainbo ainda assim consegue divertir, principalmente o público infantil, para o qual traz uma importante mensagem de conscientização.

escrito por
Luis Henrique Franco
27/9/2021

Marcado como a estreia da Paris Filmes para o mês das crianças, Ainbo: a Guerreira da Amazônia é certamente uma produção fortemente voltada para o público infantil. Sua história se baseia em uma fórmula narrativa um tanto previsível, e vários de seus maiores momentos acabam perdendo um pouco a tensão por causa dessa previsibilidade. Analisando como um longa voltado ao público infantil, no entanto, a história é divertida e carrega algumas mensagens bem interessantes de se transmitir para crianças pequenas.

O filme é centrado em Ainbo, uma jovem garota que vive em uma tribo indígena no interior da Amazônia que há tempos vem sofrendo com escassez de alimentos e doenças. Muitos acreditam que isso se deve a uma maldição, e alguns inclusive a culpam como responsável por isso, o que faz com que Ainbo sempre se sinta muito solitária, mesmo sendo amiga da filha do chefe. Um dia, porém, ela descobre que é capaz de ver e falar com espíritos da floresta, que a enviam em uma missão importante para salvar a tribo do terrível espírito Yakuruna.

Ainbo, personagem principal do filme, encara o horizonte

A partir desse ponto, a história segue a conhecida fórmula da jornada da heroína: Ainbo se sente deslocada em seu lar e recebe um chamado para uma aventura, que a leva a desbravar a Amazônia ao lado de seus dois guias espirituais, Tantan e Dillo. Ao longo de sua jornada, ela enfrenta perigos e recebe a ajuda de outros espíritos da floresta enquanto aprende a confiar em si mesma e em suas habilidades. Toda essa jornada transmite uma mensagem bem importante de autoconfiança, que não é o suficiente para disfarçar o fato de que o filme segue todos os passos da fórmula ao qual está preso. Isso faz com que a jornada da protagonista seja pouco entusiasmante para o público, que já consegue perceber quais serão os próximos passos a serem dados por ela e aonde toda a sua jornada irá conduzi-la.

Ainbo e os espíritos Tantan e Dillo fazem força para mover um obstáculo em seu caminho.

Alguns podem até perdoar essa fórmula pelo fato de que a protagonista é uma personagem carismática, bastante otimista, mas não há ponto de se tornar ingênua ou cega para os perigos ao seu redor. Ainbo também é bastante enérgica e cativa pela sua vontade de sempre seguir em frente. Mas novamente, o filme esbarra em um problema, que é o fato de que, a cada desafio, Ainbo sempre recebe muita ajuda de seus companheiros. Isso não desqualifica a sua jornada e o seu crescimento, mas faz com que suas conquistas ao longo da trama sejam um pouco diminuídas. Não é um problema que os personagens coadjuvantes sejam extremamente úteis, mas em vários casos, a solução sempre parece vir deles, com Ainbo contribuindo pouco em algumas situações-chave.

Além disso, o filme também tem alguns personagens bastante irritantes. Entre esses, pode-se destacar Zumi, a filha do chefe da tribo e melhor amiga de Ainbo, que aparentemente não consegue tomar nenhuma decisão certa ao longo de todo o filme, e Atok, que passa o filme inteiro sendo um enorme estorvo apenas para, no final, passar por um arco de redenção um tanto quanto forçado.

Ainbo conversa com o índio Atok.

Mas ao pensarmos em tudo isso, é preciso ter em mente que Ainbo: a Guerreira da Amazônia é um filme totalmente voltado para crianças. Sua jornada, apesar de poder ser criticada por um público adulto, é algo extremamente prazeroso de se assistir com um filho ou filha pequena, e sua história é cativante e divertida para o público ao qual se destina. Mais do que isso, o filme constrói uma protagonista feminina carismática e forte, que precisa batalhar bastante para superar seus desafios, mas que nunca desiste, transmitindo uma boa mensagem de perseverança.

Ainbo também traz um foco importante na temática ambiental, não de uma maneira densa e complexa, mas de forma a permitir que as crianças pequenas aproveitem uma boa história e, ao mesmo tempo, entrem em contato com os problemas da Amazônia e de seus povos locais de uma maneira educativa e sincera, sem perder o essencial de uma animação infantil e finalizando com uma mensagem de esperança.

No geral, Ainbo: a Guerreira da Amazônia é uma produção voltada para as crianças, e que tira todo o seu triunfo de seu público-alvo. Julgando a partir desse ponto, é uma história divertida, educativa e facilmente compreensiva, que transmite o que deseja ao seu público infantil sem se preocupar com detalhes cinematográficos complexos.

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Ainbo: A Guerreira da Amazônia

Ainbo: A Guerreira da Amazônia

Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
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Mesmo que não seja a animação mais surpreendente do ano, Ainbo ainda assim consegue divertir, principalmente o público infantil, para o qual traz uma importante mensagem de conscientização.

crítica por
Luis Henrique Franco
27/9/2021

Marcado como a estreia da Paris Filmes para o mês das crianças, Ainbo: a Guerreira da Amazônia é certamente uma produção fortemente voltada para o público infantil. Sua história se baseia em uma fórmula narrativa um tanto previsível, e vários de seus maiores momentos acabam perdendo um pouco a tensão por causa dessa previsibilidade. Analisando como um longa voltado ao público infantil, no entanto, a história é divertida e carrega algumas mensagens bem interessantes de se transmitir para crianças pequenas.

O filme é centrado em Ainbo, uma jovem garota que vive em uma tribo indígena no interior da Amazônia que há tempos vem sofrendo com escassez de alimentos e doenças. Muitos acreditam que isso se deve a uma maldição, e alguns inclusive a culpam como responsável por isso, o que faz com que Ainbo sempre se sinta muito solitária, mesmo sendo amiga da filha do chefe. Um dia, porém, ela descobre que é capaz de ver e falar com espíritos da floresta, que a enviam em uma missão importante para salvar a tribo do terrível espírito Yakuruna.

Ainbo, personagem principal do filme, encara o horizonte

A partir desse ponto, a história segue a conhecida fórmula da jornada da heroína: Ainbo se sente deslocada em seu lar e recebe um chamado para uma aventura, que a leva a desbravar a Amazônia ao lado de seus dois guias espirituais, Tantan e Dillo. Ao longo de sua jornada, ela enfrenta perigos e recebe a ajuda de outros espíritos da floresta enquanto aprende a confiar em si mesma e em suas habilidades. Toda essa jornada transmite uma mensagem bem importante de autoconfiança, que não é o suficiente para disfarçar o fato de que o filme segue todos os passos da fórmula ao qual está preso. Isso faz com que a jornada da protagonista seja pouco entusiasmante para o público, que já consegue perceber quais serão os próximos passos a serem dados por ela e aonde toda a sua jornada irá conduzi-la.

Ainbo e os espíritos Tantan e Dillo fazem força para mover um obstáculo em seu caminho.

Alguns podem até perdoar essa fórmula pelo fato de que a protagonista é uma personagem carismática, bastante otimista, mas não há ponto de se tornar ingênua ou cega para os perigos ao seu redor. Ainbo também é bastante enérgica e cativa pela sua vontade de sempre seguir em frente. Mas novamente, o filme esbarra em um problema, que é o fato de que, a cada desafio, Ainbo sempre recebe muita ajuda de seus companheiros. Isso não desqualifica a sua jornada e o seu crescimento, mas faz com que suas conquistas ao longo da trama sejam um pouco diminuídas. Não é um problema que os personagens coadjuvantes sejam extremamente úteis, mas em vários casos, a solução sempre parece vir deles, com Ainbo contribuindo pouco em algumas situações-chave.

Além disso, o filme também tem alguns personagens bastante irritantes. Entre esses, pode-se destacar Zumi, a filha do chefe da tribo e melhor amiga de Ainbo, que aparentemente não consegue tomar nenhuma decisão certa ao longo de todo o filme, e Atok, que passa o filme inteiro sendo um enorme estorvo apenas para, no final, passar por um arco de redenção um tanto quanto forçado.

Ainbo conversa com o índio Atok.

Mas ao pensarmos em tudo isso, é preciso ter em mente que Ainbo: a Guerreira da Amazônia é um filme totalmente voltado para crianças. Sua jornada, apesar de poder ser criticada por um público adulto, é algo extremamente prazeroso de se assistir com um filho ou filha pequena, e sua história é cativante e divertida para o público ao qual se destina. Mais do que isso, o filme constrói uma protagonista feminina carismática e forte, que precisa batalhar bastante para superar seus desafios, mas que nunca desiste, transmitindo uma boa mensagem de perseverança.

Ainbo também traz um foco importante na temática ambiental, não de uma maneira densa e complexa, mas de forma a permitir que as crianças pequenas aproveitem uma boa história e, ao mesmo tempo, entrem em contato com os problemas da Amazônia e de seus povos locais de uma maneira educativa e sincera, sem perder o essencial de uma animação infantil e finalizando com uma mensagem de esperança.

No geral, Ainbo: a Guerreira da Amazônia é uma produção voltada para as crianças, e que tira todo o seu triunfo de seu público-alvo. Julgando a partir desse ponto, é uma história divertida, educativa e facilmente compreensiva, que transmite o que deseja ao seu público infantil sem se preocupar com detalhes cinematográficos complexos.

confira o trailer

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Mesmo que não seja a animação mais surpreendente do ano, Ainbo ainda assim consegue divertir, principalmente o público infantil, para o qual traz uma importante mensagem de conscientização.

escrito por
Luis Henrique Franco
27/9/2021
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Mesmo que não seja a animação mais surpreendente do ano, Ainbo ainda assim consegue divertir, principalmente o público infantil, para o qual traz uma importante mensagem de conscientização.

escrito por
Luis Henrique Franco
27/9/2021

Marcado como a estreia da Paris Filmes para o mês das crianças, Ainbo: a Guerreira da Amazônia é certamente uma produção fortemente voltada para o público infantil. Sua história se baseia em uma fórmula narrativa um tanto previsível, e vários de seus maiores momentos acabam perdendo um pouco a tensão por causa dessa previsibilidade. Analisando como um longa voltado ao público infantil, no entanto, a história é divertida e carrega algumas mensagens bem interessantes de se transmitir para crianças pequenas.

O filme é centrado em Ainbo, uma jovem garota que vive em uma tribo indígena no interior da Amazônia que há tempos vem sofrendo com escassez de alimentos e doenças. Muitos acreditam que isso se deve a uma maldição, e alguns inclusive a culpam como responsável por isso, o que faz com que Ainbo sempre se sinta muito solitária, mesmo sendo amiga da filha do chefe. Um dia, porém, ela descobre que é capaz de ver e falar com espíritos da floresta, que a enviam em uma missão importante para salvar a tribo do terrível espírito Yakuruna.

Ainbo, personagem principal do filme, encara o horizonte

A partir desse ponto, a história segue a conhecida fórmula da jornada da heroína: Ainbo se sente deslocada em seu lar e recebe um chamado para uma aventura, que a leva a desbravar a Amazônia ao lado de seus dois guias espirituais, Tantan e Dillo. Ao longo de sua jornada, ela enfrenta perigos e recebe a ajuda de outros espíritos da floresta enquanto aprende a confiar em si mesma e em suas habilidades. Toda essa jornada transmite uma mensagem bem importante de autoconfiança, que não é o suficiente para disfarçar o fato de que o filme segue todos os passos da fórmula ao qual está preso. Isso faz com que a jornada da protagonista seja pouco entusiasmante para o público, que já consegue perceber quais serão os próximos passos a serem dados por ela e aonde toda a sua jornada irá conduzi-la.

Ainbo e os espíritos Tantan e Dillo fazem força para mover um obstáculo em seu caminho.

Alguns podem até perdoar essa fórmula pelo fato de que a protagonista é uma personagem carismática, bastante otimista, mas não há ponto de se tornar ingênua ou cega para os perigos ao seu redor. Ainbo também é bastante enérgica e cativa pela sua vontade de sempre seguir em frente. Mas novamente, o filme esbarra em um problema, que é o fato de que, a cada desafio, Ainbo sempre recebe muita ajuda de seus companheiros. Isso não desqualifica a sua jornada e o seu crescimento, mas faz com que suas conquistas ao longo da trama sejam um pouco diminuídas. Não é um problema que os personagens coadjuvantes sejam extremamente úteis, mas em vários casos, a solução sempre parece vir deles, com Ainbo contribuindo pouco em algumas situações-chave.

Além disso, o filme também tem alguns personagens bastante irritantes. Entre esses, pode-se destacar Zumi, a filha do chefe da tribo e melhor amiga de Ainbo, que aparentemente não consegue tomar nenhuma decisão certa ao longo de todo o filme, e Atok, que passa o filme inteiro sendo um enorme estorvo apenas para, no final, passar por um arco de redenção um tanto quanto forçado.

Ainbo conversa com o índio Atok.

Mas ao pensarmos em tudo isso, é preciso ter em mente que Ainbo: a Guerreira da Amazônia é um filme totalmente voltado para crianças. Sua jornada, apesar de poder ser criticada por um público adulto, é algo extremamente prazeroso de se assistir com um filho ou filha pequena, e sua história é cativante e divertida para o público ao qual se destina. Mais do que isso, o filme constrói uma protagonista feminina carismática e forte, que precisa batalhar bastante para superar seus desafios, mas que nunca desiste, transmitindo uma boa mensagem de perseverança.

Ainbo também traz um foco importante na temática ambiental, não de uma maneira densa e complexa, mas de forma a permitir que as crianças pequenas aproveitem uma boa história e, ao mesmo tempo, entrem em contato com os problemas da Amazônia e de seus povos locais de uma maneira educativa e sincera, sem perder o essencial de uma animação infantil e finalizando com uma mensagem de esperança.

No geral, Ainbo: a Guerreira da Amazônia é uma produção voltada para as crianças, e que tira todo o seu triunfo de seu público-alvo. Julgando a partir desse ponto, é uma história divertida, educativa e facilmente compreensiva, que transmite o que deseja ao seu público infantil sem se preocupar com detalhes cinematográficos complexos.

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