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Análise & Opinião

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O Exterminador do Futuro: Recriar a Franquia pode Salvá-la?

30/10/2019

Essa semana, chega aos cinemas o novo filme da icônica franquia de ficção científica. Trinta e cinco anos depois do primeiro filme, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, o sexto filme da saga, retoma a história e o elenco original e tenta recriar a franquia sob o olhar de seu criador, James Cameron.

escrito por
Luis Henrique Franco

Essa semana, chega aos cinemas o novo filme da icônica franquia de ficção científica. Trinta e cinco anos depois do primeiro filme, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, o sexto filme da saga, retoma a história e o elenco original e tenta recriar a franquia sob o olhar de seu criador, James Cameron.

escrito por
Luis Henrique Franco
30/10/2019

Essa semana, chega aos cinemas o novo filme da icônica franquia de ficção científica criada por James Cameron em 1984. Trinta e cinco anos depois, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, o sexto filme da saga, retoma a história e o elenco original e tenta dar um ar novo à franquia ao trazer de volta velhos elementos que conquistaram os fãs durante os primeiros filmes.

Contudo, para dar chances à franquia e permitir o seu retorno ao sucesso, o produtor James Cameron (um dos muitos que retornaram para o novo filme) irá fazer algo que a maioria das grandes sagas do cinema não imagina fazer: ele irá apagar praticamente metade de todos os filmes feitos da linha temporal de O Exterminador do Futuro e lançar o sexto filme não como uma continuação do quinto, mas como uma sequência direta do segundo filme, o último feito sob sua supervisão.

Essa técnica não é original dessa saga, mas também não é muito utilizada, apesar de aparentar estar ganhando mais popularidade nos dias atuais, quando mais e mais franquias buscam se modernizar para continuar a extrair o dinheiro do público. Mas por quanto tempo será que essa estratégia pode prorrogar a vida dessas velhas franquias, se é que realmente conseguirá prorrogá-las por mais de um filme?

O EFEITO HALLOWEEN

Em 2018, foi lançado um novo filme para a clássica franquia de terror Halloween, cujo filme original, de 1978, foi dirigido por John Carpenter e se tornou um dos maiores sucessos da história do terror slasher de todos os tempos. Contudo, depois de sucessivas continuações e inúmeros remakes, a franquia perdeu o seu sucesso e se desviou completamente do pretendido por Carpenter durante o primeiro filme.

Depois do fracasso da tentativa de remake, a Dimension Films perdeu os direitos sobre a saga e o personagem, que passaram para a Blumhouse Productions e foram novamente adquiridos pelo diretor original. Com sua criação de volta em suas mãos, Carpenter tornou-se produtor executivo de um novo filme que trazia uma perspectiva ousada: apagar toda a história de Michael Meyers, com exceção da contada no filme original, e fazer do filme de 2018 uma sequência direta do primeiro longa de 1978.

Para esse feito, não foi apenas o antigo diretor que retornou. Jamie Lee Curtis, a protagonista do original, retornou para o seu papel como uma Laurie Strode envelhecida e afetada pelo trauma de enfrentar Michael Meyers na juventude. Também retornou para o seu papel Nick Castle, intérprete original do lendário assassino mascarado, agora também em uma versão mais velha e que começa a sentir os efeitos da velhice em seu corpo, mas que nem por isso deixa de ser extremamente agressivo e aterrorizante.

A estratégia, por mais inusitada que seja, acabou dando certo. Halloween de 2018 se tornou um grande sucesso de vendas e foi bem recebido pela crítica como uma continuação fiel e assustadora ao primeiro. Os personagens foram bem desenvolvidos em seu retorno, e a história conquistou tanto os amantes do clássico como os novos adoradores de Michael. Tal sucesso levou à execução de uma sequência para o novo filme e à criação de uma nova linha temporal para os eventos da franquia, desmentindo muitas das coisas colocadas nas continuações anteriores e valendo-se apenas dos fatos estabelecidos no primeiro filme.

EXTERMINADOR DO FUTURO: UMA HISTÓRIA DE ALTOS E BAIXOS

Entre as muitas franquias que sobrevivem até os dias de hoje, Exterminador do Futuro talvez seja a que mais esteja penando para continuar viva, com inúmeros fracassos um seguido do outro e uma história de sequências que, cada vez mais, vão mais para o fundo do poço aos olhos dos fãs. Se a intenção realmente é continuar com essa longa saga de filmes, certamente a criação de James Cameron precisa de novos ares e novas ideias.

O primeiro filme, de 1984, partiu de uma premissa interessante para uma ficção científica, mas não buscou dar respostas extremamente inteligentes ou filosóficas para as possibilidades que abriu, preferindo usá-las para criar uma trama de ação e de perseguição com Arnold Schwarzenegger como uma máquina de matar perfeita, enviada para o ano de 1985 de um futuro distante onde as máquinas destruíram o mundo para matar Sarah Connor (Linda Hamilton), a mãe do ainda não nascido John Connor, que nesse futuro se tornaria o líder da bem sucedida resistência humana. O filme conseguiu sucesso e se tornou facilmente um clássico da sua geração, culminando na sua primeira sequência alguns anos depois.

Exterminador do Futuro: Dia do Julgamento foi lançado em 1991, mas se passando em 1997. O filme retoma bem seus personagens e continua suas histórias de maneira coerente e orgânica, com Sarah Connor atormentada com os eventos do seu passado e extremamente paranoica se tornando uma grande lutadora e sobrevivente, e o novo exterminador de Arnold Schwarzenegger enviado não como um assassino, mas como um protetor para o jovem John Connor (Edward Furlong) contra um novo tipo de máquina assassina (Robert Patrick), feita de metal líquido e completamente adaptável. O segundo filme atingiu grande sucesso e é até considerado como melhor que o primeiro. Pela maneira como termina, seria um final excelente para a saga, uma história curta de dois filmes que ficaria eternamente marcada como uma ótima produção...

Mas em 2003, o diretor Jonathan Mostow liderou a nova sequência para a saga. Exterminador do Futuro: A Rebelião das Máquinas contou apenas com Schwarzenegger do elenco principal (e com o ator Earl Boen, reprisando pela terceira vez seu papel como o Dr. Silbermann, mas ninguém lembra dele no terceiro filme). Linda Hamilton e Edward Furlong poderiam ter sido chamados também, mas não... Hamilton foi deixada de lado por uma equipe que preferiu fazer com que a lendária Sarah Connor morresse fora das telas, vítima de leucemia. Já Furlong teve seu papel como John roubado por um pouco carismático e inexpressivo Nick Stahl. A partir daí, começa a longa jornada ladeira abaixo de O Exterminador do Futuro.

Sem Cameron desde o terceiro filme, o quarto também não agradou muito os fãs, trazendo Christian Bale como John Connor e Sam Worthington como um novo tipo de exterminador. Contudo, a própria premissa da franquia foi destruída no quarto filme, visto que este não retrata o retorno do exterminador ao passado, mas a guerra contra as máquinas no futuro. Parecia que as coisas não podiam ficar piores, mas então veio Genesys, que conseguiu trazer Schwarzenegger de volta, mas cometeu o erro de escalar Jai Courtney como Kyle Reese, Emilia Clarke como Sarah Connor e Jason Clarke como John Connor. Para ser justo, o elenco é o menor dos problemas desse filme que tenta recontar a história do primeiro filme, mas alterando os eventos por causa de mudanças na linha temporal causadas pelo envio de exterminadores ao passado (algo que os filmes anteriores não se importaram muito em dizer). De certa forma, o quinto filme se torna pior por tentar ser "mais inteligente" que os outros e explicar as coisas que eles não explicaram.

Todas essas questões se resumem a um problema sério em diversas franquias, mas muito marcantes nessa em particular: não saber quando parar. O segundo filme tinha um bom final para a história (A guerra é evitada e o destino não está escrito). O terceiro, por pior que tenha sido, também teve um final bom para a franquia (a guerra com as máquinas começa). O quarto e o quinto estenderam tanto essa história que todos os bons finais para ela foram apagados, forçando-a a sobreviver aos trancos e barrancos em busca de um bom fim que, a cada filme, fica mais e mais longe de ser alcançado.

O PARALELO ENTRE EXTERMINADOR E HALLOWEEN

Destino Sombrio é a franquia retornando às mãos de seu criador. Com Cameron como produtor, Exterminador do Futuro parece ter retomado alguns de seus elementos originais, muito semelhante ao que ocorreu na franquia Halloween ao retornar para Carpenter. Mas será que isso é o suficiente para salvar a franquia?

Ao meu ver, o retorno do produtor original e do elenco do primeiro filme é um bom primeiro passo porque retoma a história que deu certo nos dois primeiros filmes, e revive os aspectos que a fizeram dar certo. E o mais importante desses aspectos é justamente o retorno de Linda Hamilton como uma Sarah Connor sobrevivente, durona, paranoica e dura de matar. Esse talvez seja o principal erro das continuações ao segundo filme que Cameron está pronto para reparar: fazer da história de O Exterminador do Futuro novamente a história de Sarah, não de John. John Connor é um personagem importante na franquia, mas funciona muito melhor como um personagem histórico, não como um protagonista. É Sarah quem sempre conduz os primeiros filmes. Sarah e o Exterminador, da mesma maneira que Halloween é a história de Laurie Strode e Michael Meyers

Ao trazer essa dupla de volta, Cameron traz a essência da franquia de volta. E pode até ser que Sarah venha a morrer nesse sexto filme, mas se assim o for, ele dará a ela uma morte digna da heroína que ela é (não como a "mostrada" no terceiro filme, aquilo realmente foi desrespeitoso). Sarah não merece ser deixada de lado, e não merece ser revivida na pele de outra pessoa. Sarah é Linda Hamilton, e assim será até o fim da franquia.

"TÁ ME DIZENDO QUE EXISTE UM MULTIVERSO?"

Destino Sombrio pode até ser o redentor para a história começada em Exterminador do Futuro e Julgamento Final, mas dificilmente será o salvador de toda a franquia. Isso porque, querendo ou não, os outros filmes não vão magicamente deixar de existir. Cameron pode até jogá-los para fora da linha do tempo original, mas eles ainda vão existir.

De uma maneira engraçada, e adotando uma linguagem trazida dos quadrinhos de heróis, é quase como se eles existissem em um universo paralelo. Em um universo, John Connor vai de Nick Stahl a Christian Bale e é salvo pela máquina Sam Worthington. O outro universo paralelo é o criado pelo quinto filme, onde Sarah é Emilia Clarke e sempre esteve protegida por um exterminador e onde a origem da Skynet é dada pelo programa Genesys.

E sim, é uma daquelas situações onde, se alguém perguntar para você como assistir à franquia do Exterminador do Futuro, você poderia responder "assiste o 1, o 2 e o 6", mas nas nossas lembranças, será impossível apagar o 3, o 4 e o 5. Eles serão como fantasmas, sempre presentes em nossas lembranças, e sempre manchando o nome da franquia. Da mesma forma que todas as continuações e remakes de Haloween continuam a existir.

FRANQUIAS PRECISAM MORRER

Aqui, eu retomo a ideia dos múltiplos finais bons para O Exterminador do Futuro. Porque deletar três filmes ruins da linha temporal para o sexto ser uma continuação ao segundo não muda o fato de que a saga poderia ter acabado no segundo. Mesmo o terceiro não seria tão ruim se marcasse realmente o fim definitivo da franquia. Destino Sombrio tem essa chance de novo, e seria melhor para todos se a aproveitasse.

Quando eu disse um pouco acima que Sarah poderia ter a sua morte digna nesse filme, eu disse com uma leve dose de esperança. Esperança de que o fim digno de uma personagem tão grande quanto ela poderia marcar o fim de uma saga que conquistou tantos fãs apenas para ver a essas mesmas pessoas ficarem aborrecidas com as constantes continuações desnecessárias que se tornam um mal cada vez maior em um cinema com cada vez mais franquias cada vez mais duradouras e infindáveis.

Destino Sombrio não precisa ser o melhor filme da franquia. Não precisa nem ser um filme excepcional, visto que nem os dois primeiros são excepcionais. Ele já faria um bem tremendo sendo um filme de encerramento. Para isso, ele precisa entender que Exterminador do Futuro é uma saga que já não tem muito mais a oferecer de novo, que seu público já está cansado dessa história e que cada novo filme será cada vez menos bem recebido que o primeiro. Entendendo tudo isso, eles conseguiriam fazer de Destino Sombrio um bom encerramento e uma despedida para essa história.

Essas são as minhas esperanças, mas sabendo que o cinema cada vez mais incorpora uma ideia da indústria de reciclar velhas ideias e não apresentar nada realmente novo,e continuar fazendo isso infinitamente pelo tempo que for necessário, eu duvido que minhas expectativas  sejam atendidas. Afinal de contas, o novo Haloween já tem uma continuação agendada. É só uma questão de tempo até que seja anunciado Exterminador do Futuro 7.

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Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
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Essa semana, chega aos cinemas o novo filme da icônica franquia de ficção científica. Trinta e cinco anos depois do primeiro filme, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, o sexto filme da saga, retoma a história e o elenco original e tenta recriar a franquia sob o olhar de seu criador, James Cameron.

crítica por
Luis Henrique Franco
30/10/2019

Essa semana, chega aos cinemas o novo filme da icônica franquia de ficção científica criada por James Cameron em 1984. Trinta e cinco anos depois, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, o sexto filme da saga, retoma a história e o elenco original e tenta dar um ar novo à franquia ao trazer de volta velhos elementos que conquistaram os fãs durante os primeiros filmes.

Contudo, para dar chances à franquia e permitir o seu retorno ao sucesso, o produtor James Cameron (um dos muitos que retornaram para o novo filme) irá fazer algo que a maioria das grandes sagas do cinema não imagina fazer: ele irá apagar praticamente metade de todos os filmes feitos da linha temporal de O Exterminador do Futuro e lançar o sexto filme não como uma continuação do quinto, mas como uma sequência direta do segundo filme, o último feito sob sua supervisão.

Essa técnica não é original dessa saga, mas também não é muito utilizada, apesar de aparentar estar ganhando mais popularidade nos dias atuais, quando mais e mais franquias buscam se modernizar para continuar a extrair o dinheiro do público. Mas por quanto tempo será que essa estratégia pode prorrogar a vida dessas velhas franquias, se é que realmente conseguirá prorrogá-las por mais de um filme?

O EFEITO HALLOWEEN

Em 2018, foi lançado um novo filme para a clássica franquia de terror Halloween, cujo filme original, de 1978, foi dirigido por John Carpenter e se tornou um dos maiores sucessos da história do terror slasher de todos os tempos. Contudo, depois de sucessivas continuações e inúmeros remakes, a franquia perdeu o seu sucesso e se desviou completamente do pretendido por Carpenter durante o primeiro filme.

Depois do fracasso da tentativa de remake, a Dimension Films perdeu os direitos sobre a saga e o personagem, que passaram para a Blumhouse Productions e foram novamente adquiridos pelo diretor original. Com sua criação de volta em suas mãos, Carpenter tornou-se produtor executivo de um novo filme que trazia uma perspectiva ousada: apagar toda a história de Michael Meyers, com exceção da contada no filme original, e fazer do filme de 2018 uma sequência direta do primeiro longa de 1978.

Para esse feito, não foi apenas o antigo diretor que retornou. Jamie Lee Curtis, a protagonista do original, retornou para o seu papel como uma Laurie Strode envelhecida e afetada pelo trauma de enfrentar Michael Meyers na juventude. Também retornou para o seu papel Nick Castle, intérprete original do lendário assassino mascarado, agora também em uma versão mais velha e que começa a sentir os efeitos da velhice em seu corpo, mas que nem por isso deixa de ser extremamente agressivo e aterrorizante.

A estratégia, por mais inusitada que seja, acabou dando certo. Halloween de 2018 se tornou um grande sucesso de vendas e foi bem recebido pela crítica como uma continuação fiel e assustadora ao primeiro. Os personagens foram bem desenvolvidos em seu retorno, e a história conquistou tanto os amantes do clássico como os novos adoradores de Michael. Tal sucesso levou à execução de uma sequência para o novo filme e à criação de uma nova linha temporal para os eventos da franquia, desmentindo muitas das coisas colocadas nas continuações anteriores e valendo-se apenas dos fatos estabelecidos no primeiro filme.

EXTERMINADOR DO FUTURO: UMA HISTÓRIA DE ALTOS E BAIXOS

Entre as muitas franquias que sobrevivem até os dias de hoje, Exterminador do Futuro talvez seja a que mais esteja penando para continuar viva, com inúmeros fracassos um seguido do outro e uma história de sequências que, cada vez mais, vão mais para o fundo do poço aos olhos dos fãs. Se a intenção realmente é continuar com essa longa saga de filmes, certamente a criação de James Cameron precisa de novos ares e novas ideias.

O primeiro filme, de 1984, partiu de uma premissa interessante para uma ficção científica, mas não buscou dar respostas extremamente inteligentes ou filosóficas para as possibilidades que abriu, preferindo usá-las para criar uma trama de ação e de perseguição com Arnold Schwarzenegger como uma máquina de matar perfeita, enviada para o ano de 1985 de um futuro distante onde as máquinas destruíram o mundo para matar Sarah Connor (Linda Hamilton), a mãe do ainda não nascido John Connor, que nesse futuro se tornaria o líder da bem sucedida resistência humana. O filme conseguiu sucesso e se tornou facilmente um clássico da sua geração, culminando na sua primeira sequência alguns anos depois.

Exterminador do Futuro: Dia do Julgamento foi lançado em 1991, mas se passando em 1997. O filme retoma bem seus personagens e continua suas histórias de maneira coerente e orgânica, com Sarah Connor atormentada com os eventos do seu passado e extremamente paranoica se tornando uma grande lutadora e sobrevivente, e o novo exterminador de Arnold Schwarzenegger enviado não como um assassino, mas como um protetor para o jovem John Connor (Edward Furlong) contra um novo tipo de máquina assassina (Robert Patrick), feita de metal líquido e completamente adaptável. O segundo filme atingiu grande sucesso e é até considerado como melhor que o primeiro. Pela maneira como termina, seria um final excelente para a saga, uma história curta de dois filmes que ficaria eternamente marcada como uma ótima produção...

Mas em 2003, o diretor Jonathan Mostow liderou a nova sequência para a saga. Exterminador do Futuro: A Rebelião das Máquinas contou apenas com Schwarzenegger do elenco principal (e com o ator Earl Boen, reprisando pela terceira vez seu papel como o Dr. Silbermann, mas ninguém lembra dele no terceiro filme). Linda Hamilton e Edward Furlong poderiam ter sido chamados também, mas não... Hamilton foi deixada de lado por uma equipe que preferiu fazer com que a lendária Sarah Connor morresse fora das telas, vítima de leucemia. Já Furlong teve seu papel como John roubado por um pouco carismático e inexpressivo Nick Stahl. A partir daí, começa a longa jornada ladeira abaixo de O Exterminador do Futuro.

Sem Cameron desde o terceiro filme, o quarto também não agradou muito os fãs, trazendo Christian Bale como John Connor e Sam Worthington como um novo tipo de exterminador. Contudo, a própria premissa da franquia foi destruída no quarto filme, visto que este não retrata o retorno do exterminador ao passado, mas a guerra contra as máquinas no futuro. Parecia que as coisas não podiam ficar piores, mas então veio Genesys, que conseguiu trazer Schwarzenegger de volta, mas cometeu o erro de escalar Jai Courtney como Kyle Reese, Emilia Clarke como Sarah Connor e Jason Clarke como John Connor. Para ser justo, o elenco é o menor dos problemas desse filme que tenta recontar a história do primeiro filme, mas alterando os eventos por causa de mudanças na linha temporal causadas pelo envio de exterminadores ao passado (algo que os filmes anteriores não se importaram muito em dizer). De certa forma, o quinto filme se torna pior por tentar ser "mais inteligente" que os outros e explicar as coisas que eles não explicaram.

Todas essas questões se resumem a um problema sério em diversas franquias, mas muito marcantes nessa em particular: não saber quando parar. O segundo filme tinha um bom final para a história (A guerra é evitada e o destino não está escrito). O terceiro, por pior que tenha sido, também teve um final bom para a franquia (a guerra com as máquinas começa). O quarto e o quinto estenderam tanto essa história que todos os bons finais para ela foram apagados, forçando-a a sobreviver aos trancos e barrancos em busca de um bom fim que, a cada filme, fica mais e mais longe de ser alcançado.

O PARALELO ENTRE EXTERMINADOR E HALLOWEEN

Destino Sombrio é a franquia retornando às mãos de seu criador. Com Cameron como produtor, Exterminador do Futuro parece ter retomado alguns de seus elementos originais, muito semelhante ao que ocorreu na franquia Halloween ao retornar para Carpenter. Mas será que isso é o suficiente para salvar a franquia?

Ao meu ver, o retorno do produtor original e do elenco do primeiro filme é um bom primeiro passo porque retoma a história que deu certo nos dois primeiros filmes, e revive os aspectos que a fizeram dar certo. E o mais importante desses aspectos é justamente o retorno de Linda Hamilton como uma Sarah Connor sobrevivente, durona, paranoica e dura de matar. Esse talvez seja o principal erro das continuações ao segundo filme que Cameron está pronto para reparar: fazer da história de O Exterminador do Futuro novamente a história de Sarah, não de John. John Connor é um personagem importante na franquia, mas funciona muito melhor como um personagem histórico, não como um protagonista. É Sarah quem sempre conduz os primeiros filmes. Sarah e o Exterminador, da mesma maneira que Halloween é a história de Laurie Strode e Michael Meyers

Ao trazer essa dupla de volta, Cameron traz a essência da franquia de volta. E pode até ser que Sarah venha a morrer nesse sexto filme, mas se assim o for, ele dará a ela uma morte digna da heroína que ela é (não como a "mostrada" no terceiro filme, aquilo realmente foi desrespeitoso). Sarah não merece ser deixada de lado, e não merece ser revivida na pele de outra pessoa. Sarah é Linda Hamilton, e assim será até o fim da franquia.

"TÁ ME DIZENDO QUE EXISTE UM MULTIVERSO?"

Destino Sombrio pode até ser o redentor para a história começada em Exterminador do Futuro e Julgamento Final, mas dificilmente será o salvador de toda a franquia. Isso porque, querendo ou não, os outros filmes não vão magicamente deixar de existir. Cameron pode até jogá-los para fora da linha do tempo original, mas eles ainda vão existir.

De uma maneira engraçada, e adotando uma linguagem trazida dos quadrinhos de heróis, é quase como se eles existissem em um universo paralelo. Em um universo, John Connor vai de Nick Stahl a Christian Bale e é salvo pela máquina Sam Worthington. O outro universo paralelo é o criado pelo quinto filme, onde Sarah é Emilia Clarke e sempre esteve protegida por um exterminador e onde a origem da Skynet é dada pelo programa Genesys.

E sim, é uma daquelas situações onde, se alguém perguntar para você como assistir à franquia do Exterminador do Futuro, você poderia responder "assiste o 1, o 2 e o 6", mas nas nossas lembranças, será impossível apagar o 3, o 4 e o 5. Eles serão como fantasmas, sempre presentes em nossas lembranças, e sempre manchando o nome da franquia. Da mesma forma que todas as continuações e remakes de Haloween continuam a existir.

FRANQUIAS PRECISAM MORRER

Aqui, eu retomo a ideia dos múltiplos finais bons para O Exterminador do Futuro. Porque deletar três filmes ruins da linha temporal para o sexto ser uma continuação ao segundo não muda o fato de que a saga poderia ter acabado no segundo. Mesmo o terceiro não seria tão ruim se marcasse realmente o fim definitivo da franquia. Destino Sombrio tem essa chance de novo, e seria melhor para todos se a aproveitasse.

Quando eu disse um pouco acima que Sarah poderia ter a sua morte digna nesse filme, eu disse com uma leve dose de esperança. Esperança de que o fim digno de uma personagem tão grande quanto ela poderia marcar o fim de uma saga que conquistou tantos fãs apenas para ver a essas mesmas pessoas ficarem aborrecidas com as constantes continuações desnecessárias que se tornam um mal cada vez maior em um cinema com cada vez mais franquias cada vez mais duradouras e infindáveis.

Destino Sombrio não precisa ser o melhor filme da franquia. Não precisa nem ser um filme excepcional, visto que nem os dois primeiros são excepcionais. Ele já faria um bem tremendo sendo um filme de encerramento. Para isso, ele precisa entender que Exterminador do Futuro é uma saga que já não tem muito mais a oferecer de novo, que seu público já está cansado dessa história e que cada novo filme será cada vez menos bem recebido que o primeiro. Entendendo tudo isso, eles conseguiriam fazer de Destino Sombrio um bom encerramento e uma despedida para essa história.

Essas são as minhas esperanças, mas sabendo que o cinema cada vez mais incorpora uma ideia da indústria de reciclar velhas ideias e não apresentar nada realmente novo,e continuar fazendo isso infinitamente pelo tempo que for necessário, eu duvido que minhas expectativas  sejam atendidas. Afinal de contas, o novo Haloween já tem uma continuação agendada. É só uma questão de tempo até que seja anunciado Exterminador do Futuro 7.

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Essa semana, chega aos cinemas o novo filme da icônica franquia de ficção científica. Trinta e cinco anos depois do primeiro filme, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, o sexto filme da saga, retoma a história e o elenco original e tenta recriar a franquia sob o olhar de seu criador, James Cameron.

escrito por
Luis Henrique Franco
30/10/2019
nascimento

Essa semana, chega aos cinemas o novo filme da icônica franquia de ficção científica. Trinta e cinco anos depois do primeiro filme, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, o sexto filme da saga, retoma a história e o elenco original e tenta recriar a franquia sob o olhar de seu criador, James Cameron.

escrito por
Luis Henrique Franco
30/10/2019

Essa semana, chega aos cinemas o novo filme da icônica franquia de ficção científica criada por James Cameron em 1984. Trinta e cinco anos depois, Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, o sexto filme da saga, retoma a história e o elenco original e tenta dar um ar novo à franquia ao trazer de volta velhos elementos que conquistaram os fãs durante os primeiros filmes.

Contudo, para dar chances à franquia e permitir o seu retorno ao sucesso, o produtor James Cameron (um dos muitos que retornaram para o novo filme) irá fazer algo que a maioria das grandes sagas do cinema não imagina fazer: ele irá apagar praticamente metade de todos os filmes feitos da linha temporal de O Exterminador do Futuro e lançar o sexto filme não como uma continuação do quinto, mas como uma sequência direta do segundo filme, o último feito sob sua supervisão.

Essa técnica não é original dessa saga, mas também não é muito utilizada, apesar de aparentar estar ganhando mais popularidade nos dias atuais, quando mais e mais franquias buscam se modernizar para continuar a extrair o dinheiro do público. Mas por quanto tempo será que essa estratégia pode prorrogar a vida dessas velhas franquias, se é que realmente conseguirá prorrogá-las por mais de um filme?

O EFEITO HALLOWEEN

Em 2018, foi lançado um novo filme para a clássica franquia de terror Halloween, cujo filme original, de 1978, foi dirigido por John Carpenter e se tornou um dos maiores sucessos da história do terror slasher de todos os tempos. Contudo, depois de sucessivas continuações e inúmeros remakes, a franquia perdeu o seu sucesso e se desviou completamente do pretendido por Carpenter durante o primeiro filme.

Depois do fracasso da tentativa de remake, a Dimension Films perdeu os direitos sobre a saga e o personagem, que passaram para a Blumhouse Productions e foram novamente adquiridos pelo diretor original. Com sua criação de volta em suas mãos, Carpenter tornou-se produtor executivo de um novo filme que trazia uma perspectiva ousada: apagar toda a história de Michael Meyers, com exceção da contada no filme original, e fazer do filme de 2018 uma sequência direta do primeiro longa de 1978.

Para esse feito, não foi apenas o antigo diretor que retornou. Jamie Lee Curtis, a protagonista do original, retornou para o seu papel como uma Laurie Strode envelhecida e afetada pelo trauma de enfrentar Michael Meyers na juventude. Também retornou para o seu papel Nick Castle, intérprete original do lendário assassino mascarado, agora também em uma versão mais velha e que começa a sentir os efeitos da velhice em seu corpo, mas que nem por isso deixa de ser extremamente agressivo e aterrorizante.

A estratégia, por mais inusitada que seja, acabou dando certo. Halloween de 2018 se tornou um grande sucesso de vendas e foi bem recebido pela crítica como uma continuação fiel e assustadora ao primeiro. Os personagens foram bem desenvolvidos em seu retorno, e a história conquistou tanto os amantes do clássico como os novos adoradores de Michael. Tal sucesso levou à execução de uma sequência para o novo filme e à criação de uma nova linha temporal para os eventos da franquia, desmentindo muitas das coisas colocadas nas continuações anteriores e valendo-se apenas dos fatos estabelecidos no primeiro filme.

EXTERMINADOR DO FUTURO: UMA HISTÓRIA DE ALTOS E BAIXOS

Entre as muitas franquias que sobrevivem até os dias de hoje, Exterminador do Futuro talvez seja a que mais esteja penando para continuar viva, com inúmeros fracassos um seguido do outro e uma história de sequências que, cada vez mais, vão mais para o fundo do poço aos olhos dos fãs. Se a intenção realmente é continuar com essa longa saga de filmes, certamente a criação de James Cameron precisa de novos ares e novas ideias.

O primeiro filme, de 1984, partiu de uma premissa interessante para uma ficção científica, mas não buscou dar respostas extremamente inteligentes ou filosóficas para as possibilidades que abriu, preferindo usá-las para criar uma trama de ação e de perseguição com Arnold Schwarzenegger como uma máquina de matar perfeita, enviada para o ano de 1985 de um futuro distante onde as máquinas destruíram o mundo para matar Sarah Connor (Linda Hamilton), a mãe do ainda não nascido John Connor, que nesse futuro se tornaria o líder da bem sucedida resistência humana. O filme conseguiu sucesso e se tornou facilmente um clássico da sua geração, culminando na sua primeira sequência alguns anos depois.

Exterminador do Futuro: Dia do Julgamento foi lançado em 1991, mas se passando em 1997. O filme retoma bem seus personagens e continua suas histórias de maneira coerente e orgânica, com Sarah Connor atormentada com os eventos do seu passado e extremamente paranoica se tornando uma grande lutadora e sobrevivente, e o novo exterminador de Arnold Schwarzenegger enviado não como um assassino, mas como um protetor para o jovem John Connor (Edward Furlong) contra um novo tipo de máquina assassina (Robert Patrick), feita de metal líquido e completamente adaptável. O segundo filme atingiu grande sucesso e é até considerado como melhor que o primeiro. Pela maneira como termina, seria um final excelente para a saga, uma história curta de dois filmes que ficaria eternamente marcada como uma ótima produção...

Mas em 2003, o diretor Jonathan Mostow liderou a nova sequência para a saga. Exterminador do Futuro: A Rebelião das Máquinas contou apenas com Schwarzenegger do elenco principal (e com o ator Earl Boen, reprisando pela terceira vez seu papel como o Dr. Silbermann, mas ninguém lembra dele no terceiro filme). Linda Hamilton e Edward Furlong poderiam ter sido chamados também, mas não... Hamilton foi deixada de lado por uma equipe que preferiu fazer com que a lendária Sarah Connor morresse fora das telas, vítima de leucemia. Já Furlong teve seu papel como John roubado por um pouco carismático e inexpressivo Nick Stahl. A partir daí, começa a longa jornada ladeira abaixo de O Exterminador do Futuro.

Sem Cameron desde o terceiro filme, o quarto também não agradou muito os fãs, trazendo Christian Bale como John Connor e Sam Worthington como um novo tipo de exterminador. Contudo, a própria premissa da franquia foi destruída no quarto filme, visto que este não retrata o retorno do exterminador ao passado, mas a guerra contra as máquinas no futuro. Parecia que as coisas não podiam ficar piores, mas então veio Genesys, que conseguiu trazer Schwarzenegger de volta, mas cometeu o erro de escalar Jai Courtney como Kyle Reese, Emilia Clarke como Sarah Connor e Jason Clarke como John Connor. Para ser justo, o elenco é o menor dos problemas desse filme que tenta recontar a história do primeiro filme, mas alterando os eventos por causa de mudanças na linha temporal causadas pelo envio de exterminadores ao passado (algo que os filmes anteriores não se importaram muito em dizer). De certa forma, o quinto filme se torna pior por tentar ser "mais inteligente" que os outros e explicar as coisas que eles não explicaram.

Todas essas questões se resumem a um problema sério em diversas franquias, mas muito marcantes nessa em particular: não saber quando parar. O segundo filme tinha um bom final para a história (A guerra é evitada e o destino não está escrito). O terceiro, por pior que tenha sido, também teve um final bom para a franquia (a guerra com as máquinas começa). O quarto e o quinto estenderam tanto essa história que todos os bons finais para ela foram apagados, forçando-a a sobreviver aos trancos e barrancos em busca de um bom fim que, a cada filme, fica mais e mais longe de ser alcançado.

O PARALELO ENTRE EXTERMINADOR E HALLOWEEN

Destino Sombrio é a franquia retornando às mãos de seu criador. Com Cameron como produtor, Exterminador do Futuro parece ter retomado alguns de seus elementos originais, muito semelhante ao que ocorreu na franquia Halloween ao retornar para Carpenter. Mas será que isso é o suficiente para salvar a franquia?

Ao meu ver, o retorno do produtor original e do elenco do primeiro filme é um bom primeiro passo porque retoma a história que deu certo nos dois primeiros filmes, e revive os aspectos que a fizeram dar certo. E o mais importante desses aspectos é justamente o retorno de Linda Hamilton como uma Sarah Connor sobrevivente, durona, paranoica e dura de matar. Esse talvez seja o principal erro das continuações ao segundo filme que Cameron está pronto para reparar: fazer da história de O Exterminador do Futuro novamente a história de Sarah, não de John. John Connor é um personagem importante na franquia, mas funciona muito melhor como um personagem histórico, não como um protagonista. É Sarah quem sempre conduz os primeiros filmes. Sarah e o Exterminador, da mesma maneira que Halloween é a história de Laurie Strode e Michael Meyers

Ao trazer essa dupla de volta, Cameron traz a essência da franquia de volta. E pode até ser que Sarah venha a morrer nesse sexto filme, mas se assim o for, ele dará a ela uma morte digna da heroína que ela é (não como a "mostrada" no terceiro filme, aquilo realmente foi desrespeitoso). Sarah não merece ser deixada de lado, e não merece ser revivida na pele de outra pessoa. Sarah é Linda Hamilton, e assim será até o fim da franquia.

"TÁ ME DIZENDO QUE EXISTE UM MULTIVERSO?"

Destino Sombrio pode até ser o redentor para a história começada em Exterminador do Futuro e Julgamento Final, mas dificilmente será o salvador de toda a franquia. Isso porque, querendo ou não, os outros filmes não vão magicamente deixar de existir. Cameron pode até jogá-los para fora da linha do tempo original, mas eles ainda vão existir.

De uma maneira engraçada, e adotando uma linguagem trazida dos quadrinhos de heróis, é quase como se eles existissem em um universo paralelo. Em um universo, John Connor vai de Nick Stahl a Christian Bale e é salvo pela máquina Sam Worthington. O outro universo paralelo é o criado pelo quinto filme, onde Sarah é Emilia Clarke e sempre esteve protegida por um exterminador e onde a origem da Skynet é dada pelo programa Genesys.

E sim, é uma daquelas situações onde, se alguém perguntar para você como assistir à franquia do Exterminador do Futuro, você poderia responder "assiste o 1, o 2 e o 6", mas nas nossas lembranças, será impossível apagar o 3, o 4 e o 5. Eles serão como fantasmas, sempre presentes em nossas lembranças, e sempre manchando o nome da franquia. Da mesma forma que todas as continuações e remakes de Haloween continuam a existir.

FRANQUIAS PRECISAM MORRER

Aqui, eu retomo a ideia dos múltiplos finais bons para O Exterminador do Futuro. Porque deletar três filmes ruins da linha temporal para o sexto ser uma continuação ao segundo não muda o fato de que a saga poderia ter acabado no segundo. Mesmo o terceiro não seria tão ruim se marcasse realmente o fim definitivo da franquia. Destino Sombrio tem essa chance de novo, e seria melhor para todos se a aproveitasse.

Quando eu disse um pouco acima que Sarah poderia ter a sua morte digna nesse filme, eu disse com uma leve dose de esperança. Esperança de que o fim digno de uma personagem tão grande quanto ela poderia marcar o fim de uma saga que conquistou tantos fãs apenas para ver a essas mesmas pessoas ficarem aborrecidas com as constantes continuações desnecessárias que se tornam um mal cada vez maior em um cinema com cada vez mais franquias cada vez mais duradouras e infindáveis.

Destino Sombrio não precisa ser o melhor filme da franquia. Não precisa nem ser um filme excepcional, visto que nem os dois primeiros são excepcionais. Ele já faria um bem tremendo sendo um filme de encerramento. Para isso, ele precisa entender que Exterminador do Futuro é uma saga que já não tem muito mais a oferecer de novo, que seu público já está cansado dessa história e que cada novo filme será cada vez menos bem recebido que o primeiro. Entendendo tudo isso, eles conseguiriam fazer de Destino Sombrio um bom encerramento e uma despedida para essa história.

Essas são as minhas esperanças, mas sabendo que o cinema cada vez mais incorpora uma ideia da indústria de reciclar velhas ideias e não apresentar nada realmente novo,e continuar fazendo isso infinitamente pelo tempo que for necessário, eu duvido que minhas expectativas  sejam atendidas. Afinal de contas, o novo Haloween já tem uma continuação agendada. É só uma questão de tempo até que seja anunciado Exterminador do Futuro 7.

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