INFÂNCIA DO OUTRO LADO DO MUNDO
Catherine Elise Blanchett nasceu em Melbourne, na Austrália, sendo a segunda de três filhos do casal June e Robert Blanchett. Seu pai, um publicitário texano, morreu quando ela tinha apenas dez anos, deixando a mãe para cuidar dos três filhos junto com a avó.
Em 1992, Cate se formou pelo Instituto Nacional de Artes Dramáticas e, logo cedo, começou a fazer sucesso pela Companhia de Teatro de Sidney, estrelando primeiro na peça Top Girls e logo depois recebendo o Newcomer Award da Sidney Theatre Critics Circle em 1993 pela sua atuação em Kafka Dances. Ainda naquele ano, ela receberia o Prêmio Rosemont de Melhor Atriz por seu papel em Oleanna.
ENTRE O PALCO E AS TELAS
Em 1994, Cate foi escalada para atuar na série dramática da ABC Heartland, pela qual ela recebeu grande aclamação. Em 1995, ela foi indicada ao prêmio de Melhor Performance Feminina por seu papel como Ophelia na adaptação de Hamlet da Belvoir Street Theatre Company. Pela mesma companhia, ela também atuaria nas peças The Tempest e The Blind Giant is Dancing, além de ter estrelado no papel de Helen na peça Sweet Phoebe, produzida pela Sidney Theatre Company.
Ainda em 1995, Cate estreou na série Bordertown, também da ABC, onde atuou no papel de Bianca. A série narra a vida dos habitantes de um campo de refugiados na Austrália após a Segunda Guerra Mundial, incluindo sua dificuldade em aprender inglês e em encontrar trabalhos. Nessa série, contracenaram com a atriz os atores Ray Barrett e Hugo Weaving.
A estreia de Cate Blanchett no cinema foi em 1997, no filme Um Canto de Esperança, que narra a história de um grupo de mulheres aprisionadas na Ilha de Sumatra pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial, e que usam de música para aliviar o seu sofrimento durante o cativeiro. Ao seu lado no elenco, estavam as já veteranas Glenn Close, Frances McDormand e Pauline Collins.
Ainda naquele ano, Cate faria mais dois filmes: Ainda Bem Que Ele Conheceu Lizzie e Oscar e Lucinda. Foi também em 1997 que Cate se casou com Andrew Upton.
.jpg)
A ESTRELA DESPONTA NO CINEMA
Em 1998, Cate viajou para a Inglaterra para participar das gravações daquele que seria o seu primeiro grande papel: a atriz principal no longa Elizabeth, que narra a história conturbada da Rainha Elizabeth I da Inglaterra e sua ascensão ao trono, no qual ela permaneceria por mais de quarenta anos. Por sua performance, a atriz recebeu inúmeros prêmios, incluindo o Globo de Ouro de Melhor Atriz em um Filme de Drama. Ela também foi indicada ao Oscar naquele ano, tendo perdido o prêmio para a triz Gwyneth Paltrow.
No ano seguinte, ela atuaria em papel secundário no filme de Anthony Minghella, O Talentoso Ripley. Contudo, foi no começo dos anos 2000 que a atriz teria o seu maior número de trabalhos até então, principalmente entre 2001 e 2003, onde ela participou dos filmes Vida Bandida, Chegadas e Partidas, Paraíso e O Custo da Coragem, além de ter atuado como a Senhora dos Elfos Galadriel na trilogia O Senhor dos Anéis, de Peter Jackson.
.jpg)
Em 2004, ela foi escalada para o longa de Martin Scorcese, O Aviador, que contava a história do diretor e piloto Howard Hughes, interpretado por Leonardo DiCaprio. No filme, Cate interpretou a lendária atriz Katharine Hepburn e, por seu papel, recebeu o seu primeiro Oscar como atriz coadjuvante.

OS ANOS APÓS O OSCAR E O RETORNO AO TEATRO
Depois de O Aviador, Cate Blanchett atuou no filme Babel, de Alejandro González Iñárritu, em 2006. No mesmo ano, ela foi novamente indicada ao Oscar de Atriz Coadjuvante pelo filme Notas de um Escândalo, onde vive uma professora que tem um polêmico caso com um de seus alunos.
Em 2007, Cate foi indicada a dois Oscars ao mesmo tempo: o primeiro foi o de Melhor atriz Principal pela reencarnação de seu papel como Elizabeth I em Elizabeth: A Era de Ouro; o segundo foi o de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme Não Estou Lá, onde ela interpreta o cantor Bob Dylan (ou um dos aspectos de seu trabalho e da sua vida). Infelizmente, ela não venceu em nenhum dos dois.

Cate continuaria a trabalhar fortemente como atriz em 2008, atuando em filmes como O Curioso Caso de Benjamin Button e em Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal. Contudo, após o nascimento de seu terceiro filho, ela e o marido Andrew Upton decidiram retornar para a Austrália para passar mais tempo com sua família. Nesse período, ambos se tornaram diretores artísticos da Companhia de Teatro de Sidney e, por causa disso, os papéis de Cate no cinema se tornaram mais esparsos, tendo ela atuado na adaptação de Ridley Scott de Robin Hood e revivido o seu papel como Galadriel em O Hobbit.
O RETORNO AO CINEMA

Em 2013, Cate Blanchett foi escalada como atriz principal no filme Blue Jasmine, de Woody Allen, que conta a história de uma socialite traída pelo marido e em profundo estado de negação que se muda para a casa da irmã em São Francisco, trazendo consigo todos os seus problemas. Sua performance rendeu o seu primeiro Oscar de Melhor Atriz Principal, e levou Cate a abandonar a carreira como diretora artística e voltar ao cinema.
Desde então, ela tem trabalhado mais do que nunca, estendendo seu hall de filmes de uma maneira inimaginável e atuando em longas premiados e reverenciados nos últimos anos, como Carol e Manifesto, esse último conhecido pelo fato de que Cate interpretou treze personagens diferentes, representando os inúmeros manifestos artísticos, políticos, sociais e econômicos da história.
Ela também estendeu seus trabalhos para uma área de filmes mais comerciais, tendo finalizado a trilogia de O Hobbit e assumido um papel na saga animada Como Treinar seu Dragão. Cate também atuou na readaptação Oito Mulheres e um Segredo, que reconta a história do filme de George Clooney e Brad Pitt, dessa vez apresentando um elenco totalmente feminino de farsantes que se reúnem para dar um golpe milionário. Ela também estreou no Universo Marvel como a vilã Hela em Thor: Ragnarok.
.jpg)
Apesar de se dedicar mais ao cinema nos últimos anos, Cate Blanchett continua a trabalhar para o teatro também, tendo feito a sua estreia na Broadway em 2017, na peça The Present, uma adaptação feita por seu marido para a peça Platonov, do russo Chekhov, e pela qual ela foi nomeada para o Tony Awards. No mesmo ano, ela foi selecionada para receber a Companion of the Order of Australia, a mais alta honraria de seu país de origem.
Com Cadê Você, Bernardette? já encaminhado, Cate Blanchett já apresenta uma agenda lotada no futuro, com novos filmes e séries em seu caminho para ela deixar sua sempre visível marca. Extremamente ativa, a atriz continua a se consagrar como uma das maiores do cinema nos últimos anos.
Qual o seu filme favorito com a Cate Blanchett? Deixe nos comentários!