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Crítica

Crítica

A Pé Ele Não Vai Longe - Ah, Ele Vai Longe Sim

19/12/2018

John Callahan é um homem extremamente displicente e alcoólatra que vê sua vida mudar após um acidente de carro. Confira a crítica de A Pé Ele Não Vai Longe!

escrito por
Luis Henrique Franco

John Callahan é um homem extremamente displicente e alcoólatra que vê sua vida mudar após um acidente de carro. Confira a crítica de A Pé Ele Não Vai Longe!

escrito por
Luis Henrique Franco
19/12/2018

John Callahan é um homem extremamente displicente e com sérios problemas de alcoolismo que vê a sua vida mudar radicalmente após um acidente de carro o transformar em um tetraplégico. Tendo que combater seu vício e achar um novo sentido para a sua vida, ele começa a desenhar quadrinhos de humor, apresentando algumas piadas extremamente pesadas que logo o levam a ser duramente criticado pelos leitores dos jornais. Sem se importar muito com as críticas, ele rapidamente procura se recuperar de todo o mal que lhe foi causado e que ele causou.

Joaquim Phoenix presenteia o público com uma atuação que ressalta os principais problemas e questionamentos de seu personagem, assim com a sua dor, sua tristeza e sua depressão, além de sua dependência gigantesca do álcool. Seu lado mais forte, porém, ainda é a sua ironia, sua displicência (somada a um pouco de arrogância) e seu jeito de fazer piadas, muitas vezes em momentos inapropriados e que refletem bem a conduta de seu personagem para com as outras pessoas.

O filme é uma biografia clássica do cinema americano, que reflete sobre más decisões e suas consequências, assim como a superação de obstáculos que parecem intransponíveis. Entretanto, o formato já extremamente conhecido e de fórmula previsível não deixa de trazer algumas surpresas, como a contínua melancolia de alguns personagens, que levam a cenas bem reflexivas em diversos momentos. Os episódios de conversas entre Callahan e seu amigo da Alcoólicos Anônimos, Donny (Jonah Hill) reforçam ideias inusitadas sobre a superação de problemas que geralmente não são mostradas nesse tipo de filme.

As boas atuações desse filme ficam a cargo de Phoenix e Hill. Outros personagens não tem a interpretação tão expressiva ou simplesmente não têm tempo suficiente de filme para que seus personagens se tornem peças chamativas do enredo. É o caso dos personagens de Jack Black e Rooney Mara, ambos com a sua importância na trama, mas sem muito tempo de cena para poderem estabelecer uma atuação sólida e chamativa o suficiente.

Baseado na vida real do cartunista John Callahan, que faleceu em 2010, o filme traz também um enfoque para as piadas e os quadrinhos controversos do artista, com várias cenas animadas mostrando tirinhas feitas por Callahan e lhes dando vida, e vários momentos onde as críticas aparecem na forma de cartas de leitores indignados com o que é publicado. Fosse um filme voltado para a obra do homem, seria até um longa questionável em vários momentos. Contudo, essa arte cheia de problemas ocupa apenas uma parte da história e não chega a ser o seu ponto central, mas uma consequência importante de outros aspectos levantados pelo enredo.

A Pé Ele Não Vai Longe é um filme extremamente bem feito e bem típico do cinema americano, e não seria surpresa ver a produção chegar à disputa pelo Oscar 2019 que se aproxima. Contudo, não deve ser um filme que fature inúmeras indicações, talvez aparecendo mais nos quesitos de atores e em uma possível indicação de diretor para Gus Van Sant.

O filme tem estreia marcada para 27 de dezembro. Confira!

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Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
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John Callahan é um homem extremamente displicente e alcoólatra que vê sua vida mudar após um acidente de carro. Confira a crítica de A Pé Ele Não Vai Longe!

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Luis Henrique Franco
19/12/2018

John Callahan é um homem extremamente displicente e com sérios problemas de alcoolismo que vê a sua vida mudar radicalmente após um acidente de carro o transformar em um tetraplégico. Tendo que combater seu vício e achar um novo sentido para a sua vida, ele começa a desenhar quadrinhos de humor, apresentando algumas piadas extremamente pesadas que logo o levam a ser duramente criticado pelos leitores dos jornais. Sem se importar muito com as críticas, ele rapidamente procura se recuperar de todo o mal que lhe foi causado e que ele causou.

Joaquim Phoenix presenteia o público com uma atuação que ressalta os principais problemas e questionamentos de seu personagem, assim com a sua dor, sua tristeza e sua depressão, além de sua dependência gigantesca do álcool. Seu lado mais forte, porém, ainda é a sua ironia, sua displicência (somada a um pouco de arrogância) e seu jeito de fazer piadas, muitas vezes em momentos inapropriados e que refletem bem a conduta de seu personagem para com as outras pessoas.

O filme é uma biografia clássica do cinema americano, que reflete sobre más decisões e suas consequências, assim como a superação de obstáculos que parecem intransponíveis. Entretanto, o formato já extremamente conhecido e de fórmula previsível não deixa de trazer algumas surpresas, como a contínua melancolia de alguns personagens, que levam a cenas bem reflexivas em diversos momentos. Os episódios de conversas entre Callahan e seu amigo da Alcoólicos Anônimos, Donny (Jonah Hill) reforçam ideias inusitadas sobre a superação de problemas que geralmente não são mostradas nesse tipo de filme.

As boas atuações desse filme ficam a cargo de Phoenix e Hill. Outros personagens não tem a interpretação tão expressiva ou simplesmente não têm tempo suficiente de filme para que seus personagens se tornem peças chamativas do enredo. É o caso dos personagens de Jack Black e Rooney Mara, ambos com a sua importância na trama, mas sem muito tempo de cena para poderem estabelecer uma atuação sólida e chamativa o suficiente.

Baseado na vida real do cartunista John Callahan, que faleceu em 2010, o filme traz também um enfoque para as piadas e os quadrinhos controversos do artista, com várias cenas animadas mostrando tirinhas feitas por Callahan e lhes dando vida, e vários momentos onde as críticas aparecem na forma de cartas de leitores indignados com o que é publicado. Fosse um filme voltado para a obra do homem, seria até um longa questionável em vários momentos. Contudo, essa arte cheia de problemas ocupa apenas uma parte da história e não chega a ser o seu ponto central, mas uma consequência importante de outros aspectos levantados pelo enredo.

A Pé Ele Não Vai Longe é um filme extremamente bem feito e bem típico do cinema americano, e não seria surpresa ver a produção chegar à disputa pelo Oscar 2019 que se aproxima. Contudo, não deve ser um filme que fature inúmeras indicações, talvez aparecendo mais nos quesitos de atores e em uma possível indicação de diretor para Gus Van Sant.

O filme tem estreia marcada para 27 de dezembro. Confira!

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John Callahan é um homem extremamente displicente e alcoólatra que vê sua vida mudar após um acidente de carro. Confira a crítica de A Pé Ele Não Vai Longe!

escrito por
Luis Henrique Franco
19/12/2018
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John Callahan é um homem extremamente displicente e alcoólatra que vê sua vida mudar após um acidente de carro. Confira a crítica de A Pé Ele Não Vai Longe!

escrito por
Luis Henrique Franco
19/12/2018

John Callahan é um homem extremamente displicente e com sérios problemas de alcoolismo que vê a sua vida mudar radicalmente após um acidente de carro o transformar em um tetraplégico. Tendo que combater seu vício e achar um novo sentido para a sua vida, ele começa a desenhar quadrinhos de humor, apresentando algumas piadas extremamente pesadas que logo o levam a ser duramente criticado pelos leitores dos jornais. Sem se importar muito com as críticas, ele rapidamente procura se recuperar de todo o mal que lhe foi causado e que ele causou.

Joaquim Phoenix presenteia o público com uma atuação que ressalta os principais problemas e questionamentos de seu personagem, assim com a sua dor, sua tristeza e sua depressão, além de sua dependência gigantesca do álcool. Seu lado mais forte, porém, ainda é a sua ironia, sua displicência (somada a um pouco de arrogância) e seu jeito de fazer piadas, muitas vezes em momentos inapropriados e que refletem bem a conduta de seu personagem para com as outras pessoas.

O filme é uma biografia clássica do cinema americano, que reflete sobre más decisões e suas consequências, assim como a superação de obstáculos que parecem intransponíveis. Entretanto, o formato já extremamente conhecido e de fórmula previsível não deixa de trazer algumas surpresas, como a contínua melancolia de alguns personagens, que levam a cenas bem reflexivas em diversos momentos. Os episódios de conversas entre Callahan e seu amigo da Alcoólicos Anônimos, Donny (Jonah Hill) reforçam ideias inusitadas sobre a superação de problemas que geralmente não são mostradas nesse tipo de filme.

As boas atuações desse filme ficam a cargo de Phoenix e Hill. Outros personagens não tem a interpretação tão expressiva ou simplesmente não têm tempo suficiente de filme para que seus personagens se tornem peças chamativas do enredo. É o caso dos personagens de Jack Black e Rooney Mara, ambos com a sua importância na trama, mas sem muito tempo de cena para poderem estabelecer uma atuação sólida e chamativa o suficiente.

Baseado na vida real do cartunista John Callahan, que faleceu em 2010, o filme traz também um enfoque para as piadas e os quadrinhos controversos do artista, com várias cenas animadas mostrando tirinhas feitas por Callahan e lhes dando vida, e vários momentos onde as críticas aparecem na forma de cartas de leitores indignados com o que é publicado. Fosse um filme voltado para a obra do homem, seria até um longa questionável em vários momentos. Contudo, essa arte cheia de problemas ocupa apenas uma parte da história e não chega a ser o seu ponto central, mas uma consequência importante de outros aspectos levantados pelo enredo.

A Pé Ele Não Vai Longe é um filme extremamente bem feito e bem típico do cinema americano, e não seria surpresa ver a produção chegar à disputa pelo Oscar 2019 que se aproxima. Contudo, não deve ser um filme que fature inúmeras indicações, talvez aparecendo mais nos quesitos de atores e em uma possível indicação de diretor para Gus Van Sant.

O filme tem estreia marcada para 27 de dezembro. Confira!

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