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Crítica: Às Cegas - O Bom Contraste entre Drama e Tensão

8/12/2020

Após sofrer um ataque, Ellen perde a sua visão e precisa se adaptar à sua vida sob uma nova condição. Contudo, ela sente que ainda está em perigo, pois seu agressor permanece por perto.

escrito por
Luis Henrique Franco

Após sofrer um ataque, Ellen perde a sua visão e precisa se adaptar à sua vida sob uma nova condição. Contudo, ela sente que ainda está em perigo, pois seu agressor permanece por perto.

escrito por
Luis Henrique Franco
8/12/2020

Ellen é uma jovem violinista que adquiriu certa fama e que, certa noite, sofre um ataque que a deixa cega para sempre. Aterrorizada pela sua nova condição, ela começa a se adaptar a um mundo sem a visão enquanto espera que a polícia capture o seu agressor. Confinada em um apartamento seguro, ela logo começa a pressentir que a pessoa que a atacou pode estar mais perto do que parece. O que começa como uma suspeita logo assume ares de paranoia conforme o terror vai a dominando por completo.

A ideia de um filme de suspense com um protagonista cego ou surdo não é nova. De fato, ela já foi usada em filmes como O Homem nas Trevas (2016) e Hush (2016), e a ideia é justamente trabalhar uma situação que por si só já seria tensa e terrível, agregando o fator de que o protagonista não terá alguma coisa que a maioria dos espectadores possui. Dessa forma, mesmo momentos que não seriam tão assustadores tornam-se muito mais alarmantes, pois sabemos que tais pessoas não dispõem dos meios para superar aquela questão normalmente.

Às Cegas segue exatamente esse estilo, o que faz com que não seja um filme muito inovador. Contudo, existem certos cuidados na elaboração desse longa que o fazem digno de ser assistido. Em primeiro lugar, não se trata apenas de um suspense com uma personagem cega. O filme, mais do que outros do mesmo gênero, explora bastante os dramas da personagem diante de sua condição, mostrando suas dificuldades, inseguranças e limitações. Madelaine Petsch concede uma atuação excelente ao retratar todas as constantes dificuldades que Ellen sofre, inclusive para se mover distâncias banais.

O filme também trata muito bem a questão da percepção. Sendo cega, Ellen não sabe como é o mundo à sua volta, de forma que boa parte do que vemos é a sua imaginação dando forma ao universo que a circunda. Essa questão também contribui muito para o suspense da trama, pois diante de cenários que a princípio parecem absurdos e inverossímeis, somos levados a questionar se aquilo tudo não passa de uma ilusão da personagem.

A paranoia é trabalhada de forma a nos deixar na incerteza sobre o que está acontecendo. O roteiro usa de artifícios como a negação dos outros personagens para alguns acontecimentos e a própria impossibilidade de algumas coisas terem ocorrido para nos fazer duvidar da nossa protagonista, e assim manter seu final uma surpresa para o público. É de se apontar que tal final pode não ser tão surpreendente, e alguns pontos deles serem até previsíveis, mas ainda assim entrega algo bastante interessante dentro das condições em que o filme se apresenta.

Com um cenário praticamente único e um elenco reduzido, as possibilidades de surpresa do filme são um pouco limitadas. Mesmo assim, é surpreendente como o roteiro consegue usar desse espaço e desses personagens para ludibriar o público em diversos pontos, nos fazendo acreditar em algo para logo em seguida colocar essa mesma questão em dúvida. Além disso, o espaço e elenco pequeno trabalham também uma ideia de isolamento e os terrores que isso pode causar quando extremamente prolongados.

Às Cegas é um suspense divertido de se assistir. Consegue mostrar o drama da situação ao mesmo tempo em que expõe uma narrativa bastante marcada pela tensão e a apreensão. Talvez não seja o filme mais inovador de todos, mas entrega aquilo que se propõe e o faz de uma maneira que garante um bom entretenimento para seus espectadores.

O filme estreia nessa sexta-feira, dia 11 de dezembro, às 23h30, no canal TNT.

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Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
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Após sofrer um ataque, Ellen perde a sua visão e precisa se adaptar à sua vida sob uma nova condição. Contudo, ela sente que ainda está em perigo, pois seu agressor permanece por perto.

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Luis Henrique Franco
8/12/2020

Ellen é uma jovem violinista que adquiriu certa fama e que, certa noite, sofre um ataque que a deixa cega para sempre. Aterrorizada pela sua nova condição, ela começa a se adaptar a um mundo sem a visão enquanto espera que a polícia capture o seu agressor. Confinada em um apartamento seguro, ela logo começa a pressentir que a pessoa que a atacou pode estar mais perto do que parece. O que começa como uma suspeita logo assume ares de paranoia conforme o terror vai a dominando por completo.

A ideia de um filme de suspense com um protagonista cego ou surdo não é nova. De fato, ela já foi usada em filmes como O Homem nas Trevas (2016) e Hush (2016), e a ideia é justamente trabalhar uma situação que por si só já seria tensa e terrível, agregando o fator de que o protagonista não terá alguma coisa que a maioria dos espectadores possui. Dessa forma, mesmo momentos que não seriam tão assustadores tornam-se muito mais alarmantes, pois sabemos que tais pessoas não dispõem dos meios para superar aquela questão normalmente.

Às Cegas segue exatamente esse estilo, o que faz com que não seja um filme muito inovador. Contudo, existem certos cuidados na elaboração desse longa que o fazem digno de ser assistido. Em primeiro lugar, não se trata apenas de um suspense com uma personagem cega. O filme, mais do que outros do mesmo gênero, explora bastante os dramas da personagem diante de sua condição, mostrando suas dificuldades, inseguranças e limitações. Madelaine Petsch concede uma atuação excelente ao retratar todas as constantes dificuldades que Ellen sofre, inclusive para se mover distâncias banais.

O filme também trata muito bem a questão da percepção. Sendo cega, Ellen não sabe como é o mundo à sua volta, de forma que boa parte do que vemos é a sua imaginação dando forma ao universo que a circunda. Essa questão também contribui muito para o suspense da trama, pois diante de cenários que a princípio parecem absurdos e inverossímeis, somos levados a questionar se aquilo tudo não passa de uma ilusão da personagem.

A paranoia é trabalhada de forma a nos deixar na incerteza sobre o que está acontecendo. O roteiro usa de artifícios como a negação dos outros personagens para alguns acontecimentos e a própria impossibilidade de algumas coisas terem ocorrido para nos fazer duvidar da nossa protagonista, e assim manter seu final uma surpresa para o público. É de se apontar que tal final pode não ser tão surpreendente, e alguns pontos deles serem até previsíveis, mas ainda assim entrega algo bastante interessante dentro das condições em que o filme se apresenta.

Com um cenário praticamente único e um elenco reduzido, as possibilidades de surpresa do filme são um pouco limitadas. Mesmo assim, é surpreendente como o roteiro consegue usar desse espaço e desses personagens para ludibriar o público em diversos pontos, nos fazendo acreditar em algo para logo em seguida colocar essa mesma questão em dúvida. Além disso, o espaço e elenco pequeno trabalham também uma ideia de isolamento e os terrores que isso pode causar quando extremamente prolongados.

Às Cegas é um suspense divertido de se assistir. Consegue mostrar o drama da situação ao mesmo tempo em que expõe uma narrativa bastante marcada pela tensão e a apreensão. Talvez não seja o filme mais inovador de todos, mas entrega aquilo que se propõe e o faz de uma maneira que garante um bom entretenimento para seus espectadores.

O filme estreia nessa sexta-feira, dia 11 de dezembro, às 23h30, no canal TNT.

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Após sofrer um ataque, Ellen perde a sua visão e precisa se adaptar à sua vida sob uma nova condição. Contudo, ela sente que ainda está em perigo, pois seu agressor permanece por perto.

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Luis Henrique Franco
8/12/2020
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Após sofrer um ataque, Ellen perde a sua visão e precisa se adaptar à sua vida sob uma nova condição. Contudo, ela sente que ainda está em perigo, pois seu agressor permanece por perto.

escrito por
Luis Henrique Franco
8/12/2020

Ellen é uma jovem violinista que adquiriu certa fama e que, certa noite, sofre um ataque que a deixa cega para sempre. Aterrorizada pela sua nova condição, ela começa a se adaptar a um mundo sem a visão enquanto espera que a polícia capture o seu agressor. Confinada em um apartamento seguro, ela logo começa a pressentir que a pessoa que a atacou pode estar mais perto do que parece. O que começa como uma suspeita logo assume ares de paranoia conforme o terror vai a dominando por completo.

A ideia de um filme de suspense com um protagonista cego ou surdo não é nova. De fato, ela já foi usada em filmes como O Homem nas Trevas (2016) e Hush (2016), e a ideia é justamente trabalhar uma situação que por si só já seria tensa e terrível, agregando o fator de que o protagonista não terá alguma coisa que a maioria dos espectadores possui. Dessa forma, mesmo momentos que não seriam tão assustadores tornam-se muito mais alarmantes, pois sabemos que tais pessoas não dispõem dos meios para superar aquela questão normalmente.

Às Cegas segue exatamente esse estilo, o que faz com que não seja um filme muito inovador. Contudo, existem certos cuidados na elaboração desse longa que o fazem digno de ser assistido. Em primeiro lugar, não se trata apenas de um suspense com uma personagem cega. O filme, mais do que outros do mesmo gênero, explora bastante os dramas da personagem diante de sua condição, mostrando suas dificuldades, inseguranças e limitações. Madelaine Petsch concede uma atuação excelente ao retratar todas as constantes dificuldades que Ellen sofre, inclusive para se mover distâncias banais.

O filme também trata muito bem a questão da percepção. Sendo cega, Ellen não sabe como é o mundo à sua volta, de forma que boa parte do que vemos é a sua imaginação dando forma ao universo que a circunda. Essa questão também contribui muito para o suspense da trama, pois diante de cenários que a princípio parecem absurdos e inverossímeis, somos levados a questionar se aquilo tudo não passa de uma ilusão da personagem.

A paranoia é trabalhada de forma a nos deixar na incerteza sobre o que está acontecendo. O roteiro usa de artifícios como a negação dos outros personagens para alguns acontecimentos e a própria impossibilidade de algumas coisas terem ocorrido para nos fazer duvidar da nossa protagonista, e assim manter seu final uma surpresa para o público. É de se apontar que tal final pode não ser tão surpreendente, e alguns pontos deles serem até previsíveis, mas ainda assim entrega algo bastante interessante dentro das condições em que o filme se apresenta.

Com um cenário praticamente único e um elenco reduzido, as possibilidades de surpresa do filme são um pouco limitadas. Mesmo assim, é surpreendente como o roteiro consegue usar desse espaço e desses personagens para ludibriar o público em diversos pontos, nos fazendo acreditar em algo para logo em seguida colocar essa mesma questão em dúvida. Além disso, o espaço e elenco pequeno trabalham também uma ideia de isolamento e os terrores que isso pode causar quando extremamente prolongados.

Às Cegas é um suspense divertido de se assistir. Consegue mostrar o drama da situação ao mesmo tempo em que expõe uma narrativa bastante marcada pela tensão e a apreensão. Talvez não seja o filme mais inovador de todos, mas entrega aquilo que se propõe e o faz de uma maneira que garante um bom entretenimento para seus espectadores.

O filme estreia nessa sexta-feira, dia 11 de dezembro, às 23h30, no canal TNT.

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