Crítica

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Escape Room: Uma Boa Premissa, mas um Final a Desejar

1/2/2019

Escape Room tem uma boa premissa para filmes de terror, mas falha em conseguir mantê-la até o final. Confira a nossa crítica!

escrito por
Luis Henrique Franco

Escape Room tem uma boa premissa para filmes de terror, mas falha em conseguir mantê-la até o final. Confira a nossa crítica!

escrito por
Luis Henrique Franco
1/2/2019

O conceito de “escape rooms” (salas de fuga) já é bem disseminado na sociedade atual, e se tornou um passatempo bem popular entre as pessoas, onde o objetivo é seguir pistas colocadas dentro de um ambiente para desvendar um segredo final antes que o tempo acabe. Quando bem-feitas, essas situações provocam tensão nos participantes e inclusive uma pontada de ansiedade em decorrência da aproximação do fim do tempo. Assim sendo, as “escape rooms” logo se tornariam o combustível perfeito para produções de terror no cinema, e foi o que aconteceu.

Escape Room faz o trabalho já conhecido de qualquer filme de terror e junta um grupo de pessoas diferentes em um mesmo local. Essas pessoas foram todas convidadas por um indivíduo misterioso para participarem de seu jogo de fuga, do qual afirmam que ninguém jamais conseguiu completar. Contudo, o que parece ser uma brincadeira inofensiva logo assume as proporções de uma armadilha mortal, onde os participantes correm contra o tempo e contra situações intensas de extrema adversidade para passarem pelas diferentes salas e diferentes ambientes planejados. Logo, a tensão e a paranoia vão tomando conta dos jogadores à medida que os desafios vão ceifando a vida deles, um a um.

O conceito por trás de Escape Room é um modelo clássico do terror, mas que dificilmente é bem aproveitado no cinema atual. A ideia da claustrofobia causada por um ambiente fechado e aparentemente sem saída, somada à tensão de se correr contra o tempo antes que a catástrofe maior atinja todos os participantes, criam um ambiente de perpétua ansiedade e conflito no espectador, que nos primeiros momentos se coloca na situação dos personagens e sofre junto com eles, sente o desespero deles em achar todas as pistas o mais rápido possível. É também uma boa saída do filme, que opta por apelas mais para o lado da tensão do que para o de armadilhas sanguinárias e exageradas. Na realidade, para um filme de terror atual, quase não há sangue em todo o filme, o que acaba sendo um ponto positivo por mostrar que o terror não precisa desse tipo de artimanha para surpreender.

Os personagens, por mais que estejam muito apegados a tipos clichês desse gênero de filme, conseguem ganhar a nossa atenção e se fazer interessantes, embora o desenvolvimento dos mesmos não seja o melhor já visto e esbarre justamente na problemática dos clichês, o que impede praticamente todos os personagens de serem mais do que suas funções originais no filme determinam. O vilão é praticamente inexistente (literalmente, a única aparição dele se dá por uma mensagem em uma tela de computador, onde sua imagem está embaçada e sua voz modificada), o que é o primeiro erro do filme. Quando se parte da premissa de que alguém planejou esse encontro de pessoas para um fim diabólico, é sempre bom que a audiência tenha uma ligeira noção de quem essa pessoa é.

A partir da metade da trama, porém, parece ao público que faltou a mesma inspiração do começo para terminar o filme, e as situações nas quais os personagens se envolvem se tornam mais aceleradas, como se os produtores de repente tivessem ficado com pressa de terminar um filme que caminhava com um ritmo bom. O resultado é o uso de diversos clichês de terror, principalmente o irritante “todos os participantes têm algo em comum”, que já foi um belo tiro pela culatra para outras franquias como Jogos Mortais. Mais do que isso, o filme coloca para o espectador situações que parecem nos querer fazer de trouxa, apresentando resultados e continuações que são fruto de ações completamente impossíveis pelo que havíamos presenciado antes, além de um desperdício gigantesco de personagens que poderiam oferecer muito mais, como é o caso de Jason (Jay Ellis), completamente subaproveitado justamente por cair em um clichê de personagem.

Escape Room se torna notável por conseguir inovar dentro de um subgênero do terror que já demonstrava sinais de desgaste. É triste ver a ideia do enclausuramento e da claustrofobia descerem cada vez mais para o nível da violência gratuita do desmembramento sanguinário de personagens, e esse novo filme foi um alívio por ter conseguido evitar essa premissa. Contudo, seu final demonstra um certo receio de manter um ritmo mais lento e que alimenta a tensão.

Um último ponto cansativo: O filme perde uma chance excelente de terminar em um momento que, ao mesmo tempo em que alimenta expectativas para uma continuação, ainda dá um gostinho bom pelo que pode vir pela frente. Ao invés disso, temos uma extensão desnecessária do longa e que nos leva a um final que ainda promete uma continuação, mas que ainda assim alimenta um desânimo no espectador.

Para os interessados, Escape Room chega aos cinemas dia 7 de fevereiro.

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Escape Room

Escape Room

Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
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Escape Room tem uma boa premissa para filmes de terror, mas falha em conseguir mantê-la até o final. Confira a nossa crítica!

crítica por
Luis Henrique Franco
1/2/2019

O conceito de “escape rooms” (salas de fuga) já é bem disseminado na sociedade atual, e se tornou um passatempo bem popular entre as pessoas, onde o objetivo é seguir pistas colocadas dentro de um ambiente para desvendar um segredo final antes que o tempo acabe. Quando bem-feitas, essas situações provocam tensão nos participantes e inclusive uma pontada de ansiedade em decorrência da aproximação do fim do tempo. Assim sendo, as “escape rooms” logo se tornariam o combustível perfeito para produções de terror no cinema, e foi o que aconteceu.

Escape Room faz o trabalho já conhecido de qualquer filme de terror e junta um grupo de pessoas diferentes em um mesmo local. Essas pessoas foram todas convidadas por um indivíduo misterioso para participarem de seu jogo de fuga, do qual afirmam que ninguém jamais conseguiu completar. Contudo, o que parece ser uma brincadeira inofensiva logo assume as proporções de uma armadilha mortal, onde os participantes correm contra o tempo e contra situações intensas de extrema adversidade para passarem pelas diferentes salas e diferentes ambientes planejados. Logo, a tensão e a paranoia vão tomando conta dos jogadores à medida que os desafios vão ceifando a vida deles, um a um.

O conceito por trás de Escape Room é um modelo clássico do terror, mas que dificilmente é bem aproveitado no cinema atual. A ideia da claustrofobia causada por um ambiente fechado e aparentemente sem saída, somada à tensão de se correr contra o tempo antes que a catástrofe maior atinja todos os participantes, criam um ambiente de perpétua ansiedade e conflito no espectador, que nos primeiros momentos se coloca na situação dos personagens e sofre junto com eles, sente o desespero deles em achar todas as pistas o mais rápido possível. É também uma boa saída do filme, que opta por apelas mais para o lado da tensão do que para o de armadilhas sanguinárias e exageradas. Na realidade, para um filme de terror atual, quase não há sangue em todo o filme, o que acaba sendo um ponto positivo por mostrar que o terror não precisa desse tipo de artimanha para surpreender.

Os personagens, por mais que estejam muito apegados a tipos clichês desse gênero de filme, conseguem ganhar a nossa atenção e se fazer interessantes, embora o desenvolvimento dos mesmos não seja o melhor já visto e esbarre justamente na problemática dos clichês, o que impede praticamente todos os personagens de serem mais do que suas funções originais no filme determinam. O vilão é praticamente inexistente (literalmente, a única aparição dele se dá por uma mensagem em uma tela de computador, onde sua imagem está embaçada e sua voz modificada), o que é o primeiro erro do filme. Quando se parte da premissa de que alguém planejou esse encontro de pessoas para um fim diabólico, é sempre bom que a audiência tenha uma ligeira noção de quem essa pessoa é.

A partir da metade da trama, porém, parece ao público que faltou a mesma inspiração do começo para terminar o filme, e as situações nas quais os personagens se envolvem se tornam mais aceleradas, como se os produtores de repente tivessem ficado com pressa de terminar um filme que caminhava com um ritmo bom. O resultado é o uso de diversos clichês de terror, principalmente o irritante “todos os participantes têm algo em comum”, que já foi um belo tiro pela culatra para outras franquias como Jogos Mortais. Mais do que isso, o filme coloca para o espectador situações que parecem nos querer fazer de trouxa, apresentando resultados e continuações que são fruto de ações completamente impossíveis pelo que havíamos presenciado antes, além de um desperdício gigantesco de personagens que poderiam oferecer muito mais, como é o caso de Jason (Jay Ellis), completamente subaproveitado justamente por cair em um clichê de personagem.

Escape Room se torna notável por conseguir inovar dentro de um subgênero do terror que já demonstrava sinais de desgaste. É triste ver a ideia do enclausuramento e da claustrofobia descerem cada vez mais para o nível da violência gratuita do desmembramento sanguinário de personagens, e esse novo filme foi um alívio por ter conseguido evitar essa premissa. Contudo, seu final demonstra um certo receio de manter um ritmo mais lento e que alimenta a tensão.

Um último ponto cansativo: O filme perde uma chance excelente de terminar em um momento que, ao mesmo tempo em que alimenta expectativas para uma continuação, ainda dá um gostinho bom pelo que pode vir pela frente. Ao invés disso, temos uma extensão desnecessária do longa e que nos leva a um final que ainda promete uma continuação, mas que ainda assim alimenta um desânimo no espectador.

Para os interessados, Escape Room chega aos cinemas dia 7 de fevereiro.

confira o trailer

Crítica

Escape Room tem uma boa premissa para filmes de terror, mas falha em conseguir mantê-la até o final. Confira a nossa crítica!

escrito por
Luis Henrique Franco
1/2/2019
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Escape Room tem uma boa premissa para filmes de terror, mas falha em conseguir mantê-la até o final. Confira a nossa crítica!

escrito por
Luis Henrique Franco
1/2/2019

O conceito de “escape rooms” (salas de fuga) já é bem disseminado na sociedade atual, e se tornou um passatempo bem popular entre as pessoas, onde o objetivo é seguir pistas colocadas dentro de um ambiente para desvendar um segredo final antes que o tempo acabe. Quando bem-feitas, essas situações provocam tensão nos participantes e inclusive uma pontada de ansiedade em decorrência da aproximação do fim do tempo. Assim sendo, as “escape rooms” logo se tornariam o combustível perfeito para produções de terror no cinema, e foi o que aconteceu.

Escape Room faz o trabalho já conhecido de qualquer filme de terror e junta um grupo de pessoas diferentes em um mesmo local. Essas pessoas foram todas convidadas por um indivíduo misterioso para participarem de seu jogo de fuga, do qual afirmam que ninguém jamais conseguiu completar. Contudo, o que parece ser uma brincadeira inofensiva logo assume as proporções de uma armadilha mortal, onde os participantes correm contra o tempo e contra situações intensas de extrema adversidade para passarem pelas diferentes salas e diferentes ambientes planejados. Logo, a tensão e a paranoia vão tomando conta dos jogadores à medida que os desafios vão ceifando a vida deles, um a um.

O conceito por trás de Escape Room é um modelo clássico do terror, mas que dificilmente é bem aproveitado no cinema atual. A ideia da claustrofobia causada por um ambiente fechado e aparentemente sem saída, somada à tensão de se correr contra o tempo antes que a catástrofe maior atinja todos os participantes, criam um ambiente de perpétua ansiedade e conflito no espectador, que nos primeiros momentos se coloca na situação dos personagens e sofre junto com eles, sente o desespero deles em achar todas as pistas o mais rápido possível. É também uma boa saída do filme, que opta por apelas mais para o lado da tensão do que para o de armadilhas sanguinárias e exageradas. Na realidade, para um filme de terror atual, quase não há sangue em todo o filme, o que acaba sendo um ponto positivo por mostrar que o terror não precisa desse tipo de artimanha para surpreender.

Os personagens, por mais que estejam muito apegados a tipos clichês desse gênero de filme, conseguem ganhar a nossa atenção e se fazer interessantes, embora o desenvolvimento dos mesmos não seja o melhor já visto e esbarre justamente na problemática dos clichês, o que impede praticamente todos os personagens de serem mais do que suas funções originais no filme determinam. O vilão é praticamente inexistente (literalmente, a única aparição dele se dá por uma mensagem em uma tela de computador, onde sua imagem está embaçada e sua voz modificada), o que é o primeiro erro do filme. Quando se parte da premissa de que alguém planejou esse encontro de pessoas para um fim diabólico, é sempre bom que a audiência tenha uma ligeira noção de quem essa pessoa é.

A partir da metade da trama, porém, parece ao público que faltou a mesma inspiração do começo para terminar o filme, e as situações nas quais os personagens se envolvem se tornam mais aceleradas, como se os produtores de repente tivessem ficado com pressa de terminar um filme que caminhava com um ritmo bom. O resultado é o uso de diversos clichês de terror, principalmente o irritante “todos os participantes têm algo em comum”, que já foi um belo tiro pela culatra para outras franquias como Jogos Mortais. Mais do que isso, o filme coloca para o espectador situações que parecem nos querer fazer de trouxa, apresentando resultados e continuações que são fruto de ações completamente impossíveis pelo que havíamos presenciado antes, além de um desperdício gigantesco de personagens que poderiam oferecer muito mais, como é o caso de Jason (Jay Ellis), completamente subaproveitado justamente por cair em um clichê de personagem.

Escape Room se torna notável por conseguir inovar dentro de um subgênero do terror que já demonstrava sinais de desgaste. É triste ver a ideia do enclausuramento e da claustrofobia descerem cada vez mais para o nível da violência gratuita do desmembramento sanguinário de personagens, e esse novo filme foi um alívio por ter conseguido evitar essa premissa. Contudo, seu final demonstra um certo receio de manter um ritmo mais lento e que alimenta a tensão.

Um último ponto cansativo: O filme perde uma chance excelente de terminar em um momento que, ao mesmo tempo em que alimenta expectativas para uma continuação, ainda dá um gostinho bom pelo que pode vir pela frente. Ao invés disso, temos uma extensão desnecessária do longa e que nos leva a um final que ainda promete uma continuação, mas que ainda assim alimenta um desânimo no espectador.

Para os interessados, Escape Room chega aos cinemas dia 7 de fevereiro.

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