No items found.

Crítica

Crítica

Intimidade entre Estranhos: Tudo, menos intimidade, para o público

5/12/2018

Intimidade entre Estranhos explora a relação de um casal e o jovem síndico do seu prédio e tenta criar um laço de aproximação com seu público. Confira a crítica

escrito por
Luis Henrique Franco

Intimidade entre Estranhos explora a relação de um casal e o jovem síndico do seu prédio e tenta criar um laço de aproximação com seu público. Confira a crítica

escrito por
Luis Henrique Franco
5/12/2018

Uma mulher se muda para um apartamento no Rio de Janeiro a fim de dar incentivo à carreira de ator de seu marido, que trabalha em uma minissérie bíblica. O prédio onde os dois passam a morar é gerenciado por um rapaz solitário e mal-humorado que herdou todo o edifício de sua avó. Está definido o espaço onde ocorre a grande maioria das cenas de Intimidade entre Estranhos.

O filme passa boa parte de sua trama acompanhando o desenvolvimento dos relacionamentos de Maria (Rafaela Mandelli) com seu marido Pedro (Milhem Cortaz) e com o síndico de seu prédio, o jovem Horácio (Gabriel Contente). Sem grandes momentos narrativos, o filme é um romance que se desenvolve muito lentamente, o que por um lado é bom para explicar alguns problemas que vão aparecendo entre os personagens, como o alcoolismo de Pedro, a depressão de Maria e Horácio, o relacionamento desse com a avó, etc. Por outro lado, a lentidão do roteiro acaba por fazer o filme ficar extremamente cansativo e longo.

Um outro problema, que contribui para o cansaço da história, são seus personagens. Nenhum deles é realmente carismático e as atuações convencem muito pouco. Em muitos momentos até se tenta criar um vínculo com alguns deles, mas a superexposição das questões que cada personagem enfrenta só faz o espectador sentir ainda mais cansaço. E as relações também são mal construídas, parecendo, em alguns momentos, empurradas de qualquer jeito para fazer a trama seguir no caminho que o diretor deseja.

A única coisa que funciona para criar a dita “intimidade” que dá nome ao filme é a ambientação, com um espaço que se restringe bastante ao prédio onde ambos moram, alternando entre o apartamento do casal, o de Horácio e a área de piscina. Câmeras aproximadas e closes nos personagens em momentos de interação também ajudam a nos aproximar da situação, mas são tentativas que não são acompanhadas por atuações maçantes e repetitivas demais.

E como se não bastasse o enredo cansativo, o final armado é completamente inesperado no pior sentido, porque cria uma sensação de "tudo tem que acabar bem para todo mundo". Novamente, é uma cena um tanto quanto forçada, onde as relações entre os personagens não são nada convincentes, principalmente em razão de tudo pelo qual eles passaram ao longo do filme. É como se, chegando aos momentos finais, tudo que foi mostrado fosse negado e voltasse ao que era a princípio, como se nada tivesse mudado.

Intimidade entre Estranhos é um filme que até tenta inovar no gênero de drama e romance do cinema nacional, e se baseia em uma ideia interessante, mas mal executada. O filme estreia dia 13 de dezembro nos cinemas.

No items found.
botão de dar play no vídeo
No items found.

Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
saiba mais sobre o filme
saiba mais sobre a série

Intimidade entre Estranhos explora a relação de um casal e o jovem síndico do seu prédio e tenta criar um laço de aproximação com seu público. Confira a crítica

crítica por
Luis Henrique Franco
5/12/2018

Uma mulher se muda para um apartamento no Rio de Janeiro a fim de dar incentivo à carreira de ator de seu marido, que trabalha em uma minissérie bíblica. O prédio onde os dois passam a morar é gerenciado por um rapaz solitário e mal-humorado que herdou todo o edifício de sua avó. Está definido o espaço onde ocorre a grande maioria das cenas de Intimidade entre Estranhos.

O filme passa boa parte de sua trama acompanhando o desenvolvimento dos relacionamentos de Maria (Rafaela Mandelli) com seu marido Pedro (Milhem Cortaz) e com o síndico de seu prédio, o jovem Horácio (Gabriel Contente). Sem grandes momentos narrativos, o filme é um romance que se desenvolve muito lentamente, o que por um lado é bom para explicar alguns problemas que vão aparecendo entre os personagens, como o alcoolismo de Pedro, a depressão de Maria e Horácio, o relacionamento desse com a avó, etc. Por outro lado, a lentidão do roteiro acaba por fazer o filme ficar extremamente cansativo e longo.

Um outro problema, que contribui para o cansaço da história, são seus personagens. Nenhum deles é realmente carismático e as atuações convencem muito pouco. Em muitos momentos até se tenta criar um vínculo com alguns deles, mas a superexposição das questões que cada personagem enfrenta só faz o espectador sentir ainda mais cansaço. E as relações também são mal construídas, parecendo, em alguns momentos, empurradas de qualquer jeito para fazer a trama seguir no caminho que o diretor deseja.

A única coisa que funciona para criar a dita “intimidade” que dá nome ao filme é a ambientação, com um espaço que se restringe bastante ao prédio onde ambos moram, alternando entre o apartamento do casal, o de Horácio e a área de piscina. Câmeras aproximadas e closes nos personagens em momentos de interação também ajudam a nos aproximar da situação, mas são tentativas que não são acompanhadas por atuações maçantes e repetitivas demais.

E como se não bastasse o enredo cansativo, o final armado é completamente inesperado no pior sentido, porque cria uma sensação de "tudo tem que acabar bem para todo mundo". Novamente, é uma cena um tanto quanto forçada, onde as relações entre os personagens não são nada convincentes, principalmente em razão de tudo pelo qual eles passaram ao longo do filme. É como se, chegando aos momentos finais, tudo que foi mostrado fosse negado e voltasse ao que era a princípio, como se nada tivesse mudado.

Intimidade entre Estranhos é um filme que até tenta inovar no gênero de drama e romance do cinema nacional, e se baseia em uma ideia interessante, mas mal executada. O filme estreia dia 13 de dezembro nos cinemas.

confira o trailer

Crítica

Intimidade entre Estranhos explora a relação de um casal e o jovem síndico do seu prédio e tenta criar um laço de aproximação com seu público. Confira a crítica

escrito por
Luis Henrique Franco
5/12/2018
nascimento

Intimidade entre Estranhos explora a relação de um casal e o jovem síndico do seu prédio e tenta criar um laço de aproximação com seu público. Confira a crítica

escrito por
Luis Henrique Franco
5/12/2018

Uma mulher se muda para um apartamento no Rio de Janeiro a fim de dar incentivo à carreira de ator de seu marido, que trabalha em uma minissérie bíblica. O prédio onde os dois passam a morar é gerenciado por um rapaz solitário e mal-humorado que herdou todo o edifício de sua avó. Está definido o espaço onde ocorre a grande maioria das cenas de Intimidade entre Estranhos.

O filme passa boa parte de sua trama acompanhando o desenvolvimento dos relacionamentos de Maria (Rafaela Mandelli) com seu marido Pedro (Milhem Cortaz) e com o síndico de seu prédio, o jovem Horácio (Gabriel Contente). Sem grandes momentos narrativos, o filme é um romance que se desenvolve muito lentamente, o que por um lado é bom para explicar alguns problemas que vão aparecendo entre os personagens, como o alcoolismo de Pedro, a depressão de Maria e Horácio, o relacionamento desse com a avó, etc. Por outro lado, a lentidão do roteiro acaba por fazer o filme ficar extremamente cansativo e longo.

Um outro problema, que contribui para o cansaço da história, são seus personagens. Nenhum deles é realmente carismático e as atuações convencem muito pouco. Em muitos momentos até se tenta criar um vínculo com alguns deles, mas a superexposição das questões que cada personagem enfrenta só faz o espectador sentir ainda mais cansaço. E as relações também são mal construídas, parecendo, em alguns momentos, empurradas de qualquer jeito para fazer a trama seguir no caminho que o diretor deseja.

A única coisa que funciona para criar a dita “intimidade” que dá nome ao filme é a ambientação, com um espaço que se restringe bastante ao prédio onde ambos moram, alternando entre o apartamento do casal, o de Horácio e a área de piscina. Câmeras aproximadas e closes nos personagens em momentos de interação também ajudam a nos aproximar da situação, mas são tentativas que não são acompanhadas por atuações maçantes e repetitivas demais.

E como se não bastasse o enredo cansativo, o final armado é completamente inesperado no pior sentido, porque cria uma sensação de "tudo tem que acabar bem para todo mundo". Novamente, é uma cena um tanto quanto forçada, onde as relações entre os personagens não são nada convincentes, principalmente em razão de tudo pelo qual eles passaram ao longo do filme. É como se, chegando aos momentos finais, tudo que foi mostrado fosse negado e voltasse ao que era a princípio, como se nada tivesse mudado.

Intimidade entre Estranhos é um filme que até tenta inovar no gênero de drama e romance do cinema nacional, e se baseia em uma ideia interessante, mas mal executada. O filme estreia dia 13 de dezembro nos cinemas.

ARTIGOS relacionados

deixe seu comentário