Três amigas se juntam depois de um longo tempo separadas e, junto com seus namorados, decidem visitar um parque coma temática do terror. Em meio aos atores fantasiados e as atrações aterrorizantes, o grupo começa a ser seguido e caçado por um assassino mascarado, um psicopata que gosta de fazer desses parques do terror o ambiente para seus crimes.

Com uma narrativa bem clichê dos filmes do gênero de terror Slasher, Parque do Inferno pouco surpreende com um enredo batido e previsível, o que tira muito dos sustos que a história tenta criar. Contudo, a falta de originalidade é o menor dos problemas desse filme, visto que muitas outras produções também se basearam em fórmulas totalmente batidas e ainda assim foram capazes de surpreender o público. Essa produção, no entanto, tem problemas para se desenvolver mesmo dentro de uma fórmula já definida. Chegamos ao ponto em que o simples fato de ter um assassino stalkeando as vítimas já não é mais tão aterrorizante para os espectadores.
Não bastasse isso, o filme ainda peca por introduzir Jump-Scares e falsos momentos de tensão demais. Alguns até são bem feitos, como é o caso da cena do carrinho da montanha russa, mas a grande maioria serve apenas como uma distração cansativa. Até seria interessante usar esse fator, considerando a temática do parque de horrores, e o fato de o assassino se vestir igual aos atores, tornando muito difícil distinguir quem é o “monstro” real ali dentro, é o ponto alto da trama. Mas esse apelo mais que exagerado aos Jump-Scares torna-se uma faca de dois gumes, pois tira a tensão das cenas de horror real. Chega um ponto em que já vimos tantas cenas de tensão acabarem por não resultar em nada que não mais nos importamos tanto com as cenas em que algo acontece.

Isso tudo considerando que iremos nos importar em algum momento, porque o trabalho dos personagens é outro ponto muito negativo do filme. As características, questões e conflitos dos protagonistas não são exatamente muito chamativas, e algumas até parecem um tanto forçadas. O filme não trabalha adequadamente aspectos que seriam interessantes em cada um dos personagens e acaba novamente caindo em conceitos estereotipados e cansativos. É difícil torcer para relacionamentos amorosos que parecem ser empurrados ou nos importarmos com uma “Back-story” das personagens que não chega a ser, realmente, desenvolvida. O assassino até seria um ponto forte, por incorporar a ideia de um humano misterioso e sem rosto, não um ser sobrenatural, mas um homem de carne e osso, um perseguidor real, que poderia realmente existir. Mas, novamente, o filme esbarra na questão do “Já vimos isso antes”.

Parque do inferno estreia dia 22 de novembro em todo o Brasil.