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Crítica

Crítica

Poderia Me Perdoar? - Um Clichê Biográfico com Algumas Boas Surpresas

3/2/2019

Poderia me Perdoar? apresenta atuação surpreendente de Melissa McCarthy enquanto caminha pelo conhecido clichê das biografias cinematográficas. Confira!

escrito por
Luis Henrique Franco

Poderia me Perdoar? apresenta atuação surpreendente de Melissa McCarthy enquanto caminha pelo conhecido clichê das biografias cinematográficas. Confira!

escrito por
Luis Henrique Franco
3/2/2019

Lee Israel (Melissa McCarthy) é uma escritora que já figurou entre os melhores autores do New York Times, mas cuja insistência em se afastar de todos ao seu redor e de se dedicar a biografias a fizeram seguir por um caminho de fracassos que a colocaram em uma crise financeira. Quando parece que a situação não possui nenhuma saída, ela descobre o extraordinário mundo dos colecionadores de cartas, e passa a forjar, de maneira muito profissional, cartas de diversas personalidades do passado e vendê-las para conseguir se sustentar.

Poderia me Perdoar? é uma biografia como muitas que surgem nos meses próximos ao Oscar, e não é nem de longe a mais surpreendente desse ano. O roteiro, baseado no livro escrito pela própria Lee Israel, apresenta situações extremamente conhecidas para o público e se torna mais previsível conforme avança. O ritmo das ações também torna o longa um tanto cansativo e demorado demais, com algumas cenas que poderiam ser cortadas ou reduzidas. Ainda assim, é uma história interessante com bons momentos, alternando entre um sarcasmo melodramático de seus personagens principais e situações de tensão que deixam o espectador apreensivo.

Conhecida por seus papéis em comédias extravagantes e exageradas, Melissa McCarthy é talvez a maior surpresa desse filme, conseguindo se afastar de seu tipo tradicional de comédia e se valer de um humor mais sutil que se adequa bastante ao comportamento de sua personagem. Ela também é capaz de dar todo um peso de dramaticidade e tristeza à mesma e consegue manter uma atuação convincente, embora não extraordinária. O peso da vida da personagem se reflete na maneira como a atriz a interpreta, fazendo valer sua indicação ao Oscar, embora não o suficiente para receber o prêmio, em face das demais competidoras.

Richard E. Grant dá vida a Jack Hock, um vigarista que se torna amigo de Lee Israel e a ajuda a tramar e executar seus planos. Sua atuação é bastante chamativa e em vários momentos se sobrepõe à de McCarthy, mas é recheada de trejeitos um tanto estereotipados e que acabam por tirar um pouco a complexidade de seu personagem. Sua performance se mistura bem com a da protagonista, formando uma dupla de personagens que se complementa e se fortalece ao longo da narrativa. Por si só, porém, sua atuação não é das melhores e poderia facilmente perder lugar para outras possíveis atuações, caso o filme trabalhasse mais seus outros coadjuvantes. Como, porém, o enredo gira em torno prioritariamente de Lee e Jack, a atuação de Grant acaba por ganhar mais destaque, mesmo que muitas vezes aparente ser nada mais do que um alívio cômico.

A trama básica de Poderia me Perdoar? Gira em torno das ações criminosas de Lee e as consequências das mesmas. Discutindo desde o que é boa literatura até os grandes nomes do passado e as dificuldades que escritores têm para encontrar sua inspiração, o filme pega essa personagem tão polêmica e monta uma história que busca nos fazer simpatizar com ela e enxergar o seu lado, tirando um pouco da imagem demoníaca construída sobre uma criminosa que chegou inclusive a ser procurada pelo FBI. Tocante em alguns sentidos, mas cansativos em outro, o maior problema desse longa é não conseguir trabalhar muito além da fórmula já pré-estabelecida, o que o faz desaparecer diante de outras produções semelhantes, mas que receberam muito mais notoriedade por conta de um trabalho mais bem feito.

Poderia me Perdoar? Estreia no dia 7 de fevereiro e concorre a três categorias no Oscar: Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Adaptado. Confira!

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Direção: 
Criação:
Roteirista 1
Roteirista 2
Roteirista 3
Diretor 1
Diretor 2
Diretor 3
Elenco Principal:
Ator 1
Ator 2
Ator 3
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Poderia me Perdoar? apresenta atuação surpreendente de Melissa McCarthy enquanto caminha pelo conhecido clichê das biografias cinematográficas. Confira!

crítica por
Luis Henrique Franco
3/2/2019

Lee Israel (Melissa McCarthy) é uma escritora que já figurou entre os melhores autores do New York Times, mas cuja insistência em se afastar de todos ao seu redor e de se dedicar a biografias a fizeram seguir por um caminho de fracassos que a colocaram em uma crise financeira. Quando parece que a situação não possui nenhuma saída, ela descobre o extraordinário mundo dos colecionadores de cartas, e passa a forjar, de maneira muito profissional, cartas de diversas personalidades do passado e vendê-las para conseguir se sustentar.

Poderia me Perdoar? é uma biografia como muitas que surgem nos meses próximos ao Oscar, e não é nem de longe a mais surpreendente desse ano. O roteiro, baseado no livro escrito pela própria Lee Israel, apresenta situações extremamente conhecidas para o público e se torna mais previsível conforme avança. O ritmo das ações também torna o longa um tanto cansativo e demorado demais, com algumas cenas que poderiam ser cortadas ou reduzidas. Ainda assim, é uma história interessante com bons momentos, alternando entre um sarcasmo melodramático de seus personagens principais e situações de tensão que deixam o espectador apreensivo.

Conhecida por seus papéis em comédias extravagantes e exageradas, Melissa McCarthy é talvez a maior surpresa desse filme, conseguindo se afastar de seu tipo tradicional de comédia e se valer de um humor mais sutil que se adequa bastante ao comportamento de sua personagem. Ela também é capaz de dar todo um peso de dramaticidade e tristeza à mesma e consegue manter uma atuação convincente, embora não extraordinária. O peso da vida da personagem se reflete na maneira como a atriz a interpreta, fazendo valer sua indicação ao Oscar, embora não o suficiente para receber o prêmio, em face das demais competidoras.

Richard E. Grant dá vida a Jack Hock, um vigarista que se torna amigo de Lee Israel e a ajuda a tramar e executar seus planos. Sua atuação é bastante chamativa e em vários momentos se sobrepõe à de McCarthy, mas é recheada de trejeitos um tanto estereotipados e que acabam por tirar um pouco a complexidade de seu personagem. Sua performance se mistura bem com a da protagonista, formando uma dupla de personagens que se complementa e se fortalece ao longo da narrativa. Por si só, porém, sua atuação não é das melhores e poderia facilmente perder lugar para outras possíveis atuações, caso o filme trabalhasse mais seus outros coadjuvantes. Como, porém, o enredo gira em torno prioritariamente de Lee e Jack, a atuação de Grant acaba por ganhar mais destaque, mesmo que muitas vezes aparente ser nada mais do que um alívio cômico.

A trama básica de Poderia me Perdoar? Gira em torno das ações criminosas de Lee e as consequências das mesmas. Discutindo desde o que é boa literatura até os grandes nomes do passado e as dificuldades que escritores têm para encontrar sua inspiração, o filme pega essa personagem tão polêmica e monta uma história que busca nos fazer simpatizar com ela e enxergar o seu lado, tirando um pouco da imagem demoníaca construída sobre uma criminosa que chegou inclusive a ser procurada pelo FBI. Tocante em alguns sentidos, mas cansativos em outro, o maior problema desse longa é não conseguir trabalhar muito além da fórmula já pré-estabelecida, o que o faz desaparecer diante de outras produções semelhantes, mas que receberam muito mais notoriedade por conta de um trabalho mais bem feito.

Poderia me Perdoar? Estreia no dia 7 de fevereiro e concorre a três categorias no Oscar: Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Adaptado. Confira!

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Poderia me Perdoar? apresenta atuação surpreendente de Melissa McCarthy enquanto caminha pelo conhecido clichê das biografias cinematográficas. Confira!

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Luis Henrique Franco
3/2/2019
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Poderia me Perdoar? apresenta atuação surpreendente de Melissa McCarthy enquanto caminha pelo conhecido clichê das biografias cinematográficas. Confira!

escrito por
Luis Henrique Franco
3/2/2019

Lee Israel (Melissa McCarthy) é uma escritora que já figurou entre os melhores autores do New York Times, mas cuja insistência em se afastar de todos ao seu redor e de se dedicar a biografias a fizeram seguir por um caminho de fracassos que a colocaram em uma crise financeira. Quando parece que a situação não possui nenhuma saída, ela descobre o extraordinário mundo dos colecionadores de cartas, e passa a forjar, de maneira muito profissional, cartas de diversas personalidades do passado e vendê-las para conseguir se sustentar.

Poderia me Perdoar? é uma biografia como muitas que surgem nos meses próximos ao Oscar, e não é nem de longe a mais surpreendente desse ano. O roteiro, baseado no livro escrito pela própria Lee Israel, apresenta situações extremamente conhecidas para o público e se torna mais previsível conforme avança. O ritmo das ações também torna o longa um tanto cansativo e demorado demais, com algumas cenas que poderiam ser cortadas ou reduzidas. Ainda assim, é uma história interessante com bons momentos, alternando entre um sarcasmo melodramático de seus personagens principais e situações de tensão que deixam o espectador apreensivo.

Conhecida por seus papéis em comédias extravagantes e exageradas, Melissa McCarthy é talvez a maior surpresa desse filme, conseguindo se afastar de seu tipo tradicional de comédia e se valer de um humor mais sutil que se adequa bastante ao comportamento de sua personagem. Ela também é capaz de dar todo um peso de dramaticidade e tristeza à mesma e consegue manter uma atuação convincente, embora não extraordinária. O peso da vida da personagem se reflete na maneira como a atriz a interpreta, fazendo valer sua indicação ao Oscar, embora não o suficiente para receber o prêmio, em face das demais competidoras.

Richard E. Grant dá vida a Jack Hock, um vigarista que se torna amigo de Lee Israel e a ajuda a tramar e executar seus planos. Sua atuação é bastante chamativa e em vários momentos se sobrepõe à de McCarthy, mas é recheada de trejeitos um tanto estereotipados e que acabam por tirar um pouco a complexidade de seu personagem. Sua performance se mistura bem com a da protagonista, formando uma dupla de personagens que se complementa e se fortalece ao longo da narrativa. Por si só, porém, sua atuação não é das melhores e poderia facilmente perder lugar para outras possíveis atuações, caso o filme trabalhasse mais seus outros coadjuvantes. Como, porém, o enredo gira em torno prioritariamente de Lee e Jack, a atuação de Grant acaba por ganhar mais destaque, mesmo que muitas vezes aparente ser nada mais do que um alívio cômico.

A trama básica de Poderia me Perdoar? Gira em torno das ações criminosas de Lee e as consequências das mesmas. Discutindo desde o que é boa literatura até os grandes nomes do passado e as dificuldades que escritores têm para encontrar sua inspiração, o filme pega essa personagem tão polêmica e monta uma história que busca nos fazer simpatizar com ela e enxergar o seu lado, tirando um pouco da imagem demoníaca construída sobre uma criminosa que chegou inclusive a ser procurada pelo FBI. Tocante em alguns sentidos, mas cansativos em outro, o maior problema desse longa é não conseguir trabalhar muito além da fórmula já pré-estabelecida, o que o faz desaparecer diante de outras produções semelhantes, mas que receberam muito mais notoriedade por conta de um trabalho mais bem feito.

Poderia me Perdoar? Estreia no dia 7 de fevereiro e concorre a três categorias no Oscar: Melhor Atriz, Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Adaptado. Confira!

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