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Artigo em Lista

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In Memoriam: Personalidades que Perdemos em 2018

31/12/2018

A morte é parte da vida, e algo inevitável para qualquer ser humano, mas isso não quer dizer que não sentimos dor ou tristeza quando alguém parte para sempre. Nesse texto, homenageamos aqueles que partiram em 2018

escrito por
Luis Henrique Franco

A morte é parte da vida, e algo inevitável para qualquer ser humano, mas isso não quer dizer que não sentimos dor ou tristeza quando alguém parte para sempre. Nesse texto, homenageamos aqueles que partiram em 2018

escrito por
Luis Henrique Franco
31/12/2018

A morte é parte da vida, e algo inevitável para qualquer ser humano, mas isso não quer dizer que não sentimos dor ou tristeza quando alguém parte para sempre. Isso também acontece quando famosos pelos quais tínhamos apreço e simpatia nos deixam.

2018 foi um ano de muitas perdas. Grandes astros da música, da Tv e do cinema faleceram esse ano, deixando diversas pessoas com um aperto no coração. Essa é a nossa homenagem para aqueles que partiram esse ano, mas que sempre serão lembrados por todos os seus inúmeros fãs.

DOLORES O’RIORDAN

A cantora Dolores O’Riordan nasceu na Irlanda, em 6 de setembro de 1971. É considerada como a maior cantora de seu país. Seus principais trabalhos foram feitos em seu tempo de vocalista pela banda The Cranberries, da qual foi a mais notória integrante. Despontando com seu álbum de estreia, Everybody Else Is Doing It, So Why Can’t We?, a banda se tornou uma das mais bem sucedidas dos anos 90, vendendo mais de 60 milhões de cópias só nos Estados Unidos. Ao longo de sua atuação, The Cranberries conquistou quatro álbuns na top 20 da Billboard 200 e oito top 20 singles na Modern Rock Tracks, Entre os quais  se destacam músicas como "Linger", "Zombie", "Dreams", "Ode to My Family", "Ridiculous Thoughs", nas quais ganhava força a voz icônica de O’Riordan, capaz de dar grande força e sentimento às suas letras.

Em 2003, Dolores se afastou da banda para tentar uma carreira solo. Em 2007, lançou o álbum Are You Listening?, que ganhou o European Breaking Borders Awards, prêmio concedido pela União Europeia a artistas do continente que tenham obtido grande sucesso em seu primeiro lançamento, com o intuito de incentivar a produção cultural nos países membros. Com mais de 71 shows entre turnês e eventos, Dolores continuou revivendo sucessos do The Cranberries, misturados às músicas de sua carreira solo, realizando shows mais intimistas e em locais com menor capacidade do que os estádios onde a banda costumava tocar. Ainda assim, seus concertos esgotavam rapidamente, com destaque para o show em Santiago, no Chile, onde os ingressos acabaram tão rapidamente que centenas de pessoas ficaram do lado de fora do Teatro Caupolicán.

Em 2009, após lançar seu novo álbum, No Baggage, Dolores afirmou que a The Cranberries iria se reunir novamente. Em 2012, a banda retorna para lançar seu novo álbum, The Roses, seu sexto trabalho de estúdio.

Em 15 de janeiro de 2018, a cantora foi encontrada morta em Londres, onde a banda se encontrava para a realização de gravações. O laudo apontou que ela morreu afogada em uma banheira após sofrer uma intoxicação alcoólica. Dolores tinha 46 anos.

URSULA K. LE GUIN

Escritora, ficcionista, tradutora, poetisa, ensaísta e editora estado-unidense, Ursula Le Guin nasceu em Berkeley, na Califórnia, em 21 de outubro de 1929. Sua obra inclui mais de cinquenta romances e dezenas de contos, ensaios e poemas. Seus trabalhos, em geral, pertenciam ao gênero da ficção científica e fantasia, ambientados em mundos alternativos e que abordam temas complexos de política, psicologia, filosofia, antropologia, sexualidade, religião, etnografia e biologia.

Descrita em 2016 pelo The New York Times como “a maior escritora de ficção científica dos Estados Unidos ainda viva”, Ursula obteve seu primeiro grande sucesso literário em 1969, com a publicação de A Mão Esquerda da Escuridão, romance aclamado pela crítica e que se tornou a primeira obra da autora a figurar entre os best-sellers do mercado americano. O livro consolidou sua carreira e sedimentou e popularizou o movimento new wave da ficção científica, do qual fazem parte outras grandes obras como Duna (Frank Herbert) e Um Estranho Numa Terra Estranha (Robert A. Heinlein). Ao mesmo tempo, Ursula inovava no gênero da ficção, adicionando temas como feminismo e identidade de gênero a suas obras.

Entre 1970 e 1971, ela lançou a revista Amazing Stories e a ficção O Tormento dos Céus e, em 1974, ganhou os prêmios Hugo e Nebula por Os Despossuídos, que deu enorme vazão aos ideias anarquistas da escritora. Ao longo dos anos, Ursula transitou entre subgêneros da ficção, como o realismo mágico e o pós-modernismo, trabalhando também em roteiros e adaptações para o cinema. Por sua vasta obra, foi eleita Grã-Mestre da Ficção Científica da Science Fiction and Fantasy Writers of America. Em 2009, a autora se desassociou da Authors Guild em protesto contra o apoio de organização à Google Books. Em 2014, foi prestigiada com a Medalha da National Book Foundation.

Em seus últimos anos, Ursula Le Guin ainda participava de encontros de fãs e entregas de prêmios, embora problemas de saúde a mantivessem presa a regiões próximas à sua casa em Portland. A autora faleceu em 22 de janeiro de 2018, aos 88 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada, mas seu filho confirmou que a sua saúde estava bem debilitada nos últimos tempos.

STEPHEN HAWKING

Um dos maiores físicos da atualidade, Stephen Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, em Oxford. Doutor em cosmologia e professor emérito da Universidade de Cambridge. Seu principal interesse na faculdade era matemática, mas logo desenvolveu interesse por termodinâmica, relatividade e mecânica quântica, e tornou-se membro honorário da Trinity Hall em Cambridge, onde obteve seu doutorado.

Portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença neurodegenerativa que paralisa progressivamente os músculos do corpo, Hawking sempre teve que lutar por sua saúde. Em 1985, teve que fazer uma traqueostomia após contrair pneumonia em uma visita ao CERN da Suíça. Gradualmente perdendo o movimento nos braços e nas pernas, passou a depender de uma cadeira elétrica. Recentemente, tinha que usar os músculos de sua bochecha para ativar o sintetizador de voz e já não conseguia controlar sua cadeira elétrica sozinho, o que levou muitos cientistas a temerem que ele sofresse de síndrome de encarceramento. Ainda assim, o cientista sempre se manteve presente e dando palestras e aulas, mesmo em estágios mais avançados da doença.

Seus avanços em cosmologia teórica e gravidade quântica foram diversos. Em 1971, provou o primeiro de muitos teoremas da singularidade, demonstrando que as singularidades no espaço-tempo são uma característica da relatividade geral. Junto com Bardeen e Carter, Hawking propôs as quatro leis da mecânica dos buracos negros. Em 74, calculou que buracos negros deveriam criar ou emitir partículas subatômicas, que ficaram conhecidas como radiação Hawking. Ele também participou dos primeiros desenvolvimentos da teoria da inflação cósmica, teoria que propunha-se a solucionar os principais problemas do modelo padrão do Big Bang. Entre seus diversos livros, os mais famosos são Uma Breve História do Tempo, O Universo Numa Casca de Noz e Uma Nova História do Tempo.

Em 1986, foi nomeado pelo papa João Paulo II como membro da Pontifícia Academia de Ciências. Em 2015, uniu-se ao empresário Yuri Milner e anunciou a intenção de fornecer 100 milhões em financiamento ao longo da próxima década para os pesquisadores do SETI que permitiria que novos levantamentos de dados rádio-ópticos pudessem ocorrer usando os mais avançados telescópios.

Ídolo da cultura pop, apareceu em diversos programas e séries como Star Trek, Os Simpsons, Futurama e The Big Bang Theory.

Em 14 de março, Stephen Hawking morreu em sua casa em Cambridge, aos 76 anos, devido a complicações causadas por sua doença degenerativa.

MILOS FORMAN

Milos Forman foi um diretor de cinema checo nascido em 18 de fevereiro de 1932 e filho de protestantes. Seus pais morreram durante a ocupação nazista. Durante a invasão soviética em 1968, mudou-se para os Estados Unidos e obteve cidadania americana em 1977. Sua carreira na Checoslováquia consistia de filmes de comédia, majoritariamente. Muitas de suas obras se tornaram grandes referências no país, como Amores de uma Loira e O Baile dos Bombeiros.

Nos Estados Unidos, Milos Forman começou a produzir filmes em 1971, quando lançou Taking Off, filme que faturou o Prêmio Especial do Juri no Festival de Cannes. Em 1975, dirigiu Um Estranho no Ninho, o maior filme de sua carreira e certamente o mais famoso, sendo o segundo filme na história a faturar as cinco principais categorias do Oscar (Filme, Diretor, Atriz, Ator e Roteiro). Em 1979, dirigiu uma adaptação cinematográfica do musical Hair. Em 1984, faturou seu segundo Oscar como diretor pelo filme Amadeus, que levaria também mais sete prêmios, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator para F. Murray Abraham. Forman seria novamente indicado para Diretor pelo filme O Povo Contra Larry Flint, mas não venceu esse ano.

O diretor também produziu O Mundo de Andy, filme que conta a história do comediante Andy Kaufman e que rendeu um Globo de Ouro ao ator Jim Carrey. Forman também dirigiu a biografia do pintor Francisco Goya, Os Fantasmas de Goya, em 2006.

Em 14 de abril de 2018, o diretor faleceu aos 86 anos em Hartford, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi divulgada, apenas definida como uma “breve doença”.

DONA IVONE LARA

Yvonne Lara da Costa nasceu no Rio de Janeiro, em 1922 e foi uma cantora e compositora brasileira, muitas vezes reverenciada como a Rainha e a Grande Dama do Samba. Criada pelos tios a partir de seus dezesseis anos, aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba, além de ter aulas de cantos com Lucília Guimarães, esposa do maestro Villa-Lobos.

Compôs o samba "Nascida para Sofrer", que se tornou o hino da escola de samba Prazer da Serrinha. Em 1947, passou a desfilar na ala das baianas da escola Império Serrano e compôs o samba "Não Me Perguntes". O grande sucesso, contudo, veio em 1965, com "Os Cinco Bailes da História do Rio", que a tornou a primeira mulher a fazer parte da ala dos compositores da escola. Teve músicas gravadas por uma grande diversidade de intérpretes como Clara Nunes, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Gal Costa e Maria Bethânia, essas duas últimas que imortalizaram um de seus maiores sucessos, a música "Sonho Meu", música feita em parceria com Délcio Carvalho. Em 2008, Ivone Lara interpretou a música "Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço", que depois seria incluída em um álbum com seus maiores sucessos.

Em 2010, foi homenageada na 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira e, em 2012, recebeu homenagem no grupo de acesso da Império Serrano. Em 2015, entrou para a lista das Dez Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.

Dona Ivone Lara morreu em 16 de abril de 2018, aos 96 anos, em consequência de um quadro de insuficiência cardiorrespiratória.

NELSON PEREIRA DOS SANTOS

Considerado um dos mais importantes diretores de cinema brasileiro, Nelson Pereira dos Santos nasceu em 22 de outubro de 1928, em São Paulo. Foi um dos precursores do Cinema Novo, movimento que tomou o país nas décadas de 1960 e 1970 e se tornou a resposta para a instabilidade social e classista do Brasil, com filmes destacados pela ênfase na questão social e no intelectualismo.

Bacharel em direito pela Universidade de São Paulo, Nelson começou sua carreira cinematográfica ainda em 1949, quando dirigiu o curta-metragem Juventude. Em 1955 e 1957, lançou seus dois primeiros longa-metragens, Rio, 40 graus e Rio, Zona Norte, esse segundo tendo obtido reconhecimento como um dos 100 filmes brasileiros mais importantes de todos os tempos. Contudo, sua grande obra-prima veio em 1963, com o filme Vidas Secas, baseado na obra de Graciliano Ramos, que recebeu diversas premiações, sendo indicado à Palma de Ouro pelo festival de Cannes. Nelson Pereira voltaria a adaptar Graciliano Ramos em 1984, quando dirigiu o drama Memórias do Cárcere. Em anos mais recentes, o diretor também se aventurou pelo gênero do documentário, sendo o primeiro Raízes do Brasil, de 2004, baseado na obra escrita por Sérgio Buarque de Holanda.

Em 2007, Nelson Pereira dos Santos foi reconhecido por seus trabalhos com uma posição na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 7, cujo patrono é Castro Alves. Tornou-se, assim, o primeiro cineasta a ocupar um lugar na Academia.

O diretor faleceu aos 89 anos, em 21 de abril de 2018, em decorrência de um câncer de fígado associado com uma falência múltipla de órgãos.

AVICII

Tim Bergling, conhecido pelo nome artístico de Avicii, foi um DJ e produtor musical de EDM sueco, nascido em 8 de setembro de 1989, em Estocolmo. Começou seus trabalhos em 2007, quando assinou com a gravadora Dejfitts Plays e, em 2010, lançou a canção "Seek Romance", que alcançou o top 20 em diversos países, como Bélgica, França, Suécia e Reino Unido. Em 2011, lançou "Levels", que atingiu o top 10 em diversos países e abriu caminho para o DJ trilhar seus maiores sucessos com diversas parcerias: "Sunshine", gravado com David Guetta; "Fade into Darkness", com Leona Lewis; e "I Could Be The One", com Nicky Romero.

EM 2013, apresentou e lançou seu primeiro álbum de estúdio, True. Muitas de suas novas faixas continham caráter experimental, como a canção "Wake me Up", música que depois passou a estabelecer um recorde de 14 semanas como o número 1 na Billboard Dance/Electronic Songs, e se tornou o single de vendas mais rápidas do Reino Unido. Ainda em 2013, Avicii lançaria mais dois singles do álbum, "Hey Brother" e "Addicted to You". Em 2014, lançou o single "Lay me Down" e colaborou com Chris Martin e a banda Coldplay na faixa "Sky Full of Stars".

Em 2016, Avicii anunciou que se aposentaria de se apresentar ao vivo e em turnês e, em 28 de agosto, realizou sua última apresentação ao vivo em Ibiza. Ele continuou produzindo e, em agosto de 2017, lançou um EP de seis faixas intitulado AVICI (01).

O DJ foi encontrado morto em 20 de abril de 2018, na cidade de Mascate, em Omã. No dia 26, familiares emitiram um comunicado que deu a entender que Avicii teria cometido suicídio, hipótese confirmada dias depois, quando o laudo médico alegou que ele teria morrido de ferimentos autoinfligidos com uma garrafa de champanhe.

TOM WOLFE

Conhecido por seu estilo cheio de ironia, o jornalista e escritor americano Tom Wolfe nasceu em 2 de março de 1930 e foi considerado, entre os anos de 1960 e 1970, o pai do New Journalism nos Estados Unidos. Incentivado nas artes por sua família, começou a escrever com 9 anos e, durante seus anos de graduação, tornou-se editor do jornal de esportes da Universidade Washington and Lee.

Em 1952, tornou-se repórter do jornal Springfield Union, enquanto ainda finalizava sua tese. Em 1959, foi contratado pelo Washington Post, onde impressionou seus editores por seu interesse pelo ambiente suburbano, em detrimento da capital. Nos seus anos pelo Post, Wolfe fez uso de experimentações com técnicas ficcionais de escrita de texto, o que o levou para o New York Herald Tribune, onde suas tendências à quebra das convenções do jornalismo impresso. Em 1964, após um polêmico artigo publicado na revista Esquire, o escritor publicou seu primeiro livro,  The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby, uma coletânea de seus trabalhos no Herald Tribune, Esquire e outros veículos. Nascia assim o Novo Jornalismo, onde jornalistas e ensaístas passaram a se valer de técnicas literárias, misturando-as com os conceitos jornalísticos tradicionais. Nesse modelo, destaca-se o livro de Wolfe O Teste do Ácido do Refresco Elétrico, notável pelo seu uso de onomatopeias, livre-associações e o uso pouco ortodoxo da pontuação. Fizeram parte do Novo Jornalismo também autores como Truman Capote, Gay Talese e Joan Didion.

Tom Wolfe também experimentou no gênero de ficção, com um estilo balzaquiano de descrição do ambiente e dos personagens e com um texto repleto de ironia. Seu primeiro livro nesse gênero foi A Fogueira das Vaidades (1987). Uma década depois, em 1998, ele escreveria Um Homem por Inteiro.

O autor morreu em 14 de maio de 2018, aos 88 anos. Ele havia sido internado em um hospital por conta de uma infecção e acabou por falecer.

ARETHA FRANKLIN

Aretha Franklyn foi uma cantora e compositora de gospel e soul, nascida em Memphis, nos Estados Unidos, em 25 de março de 1942. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a maior cantora de todos os tempos e se tornou um ícone da música negra. Por seu talento, tornou-se a primeira mulher a fazer parte do Rock & Roll Hall of Fame e recebeu o título de “Rainha do Soul”.

Ainda aos dez anos, Aretha começou a cantar na igreja de seu pai, onde se tornou bastante famosa e passou a receber visitas de inúmeras celebridades ligadas ao soul. Em 1956, quando tinha apenas 14 anos, Aretha lança seu primeiro álbum. Mais tarde, se muda para Nova York para se aventurar na música secular. Não demorou muito para ela começar a atrair a atenção de grandes estúdios, como o Motown Records e a Columbia Records, com a qual assinou contrato em 1961. Sob a tutela do produtor John Hammond, Aretha gravou nove álbuns entre 1961 e 1966, embora nenhum deles tenha feito muito sucesso. Em 67, Aretha deixou a Columbia e migrou para a Atlantic Records, onde gravou seu primeiro grande sucesso, "I Never Loved a Man The Way I Love You". Mas foi em abril daquele ano que seu maior sucesso foi lançado, "Respect", música anteriormente gravada por Otis Redding, mas que obteve maior sucesso na voz de Aretha, atingindo a primeira posição nas paradas de R&B e de música Pop, logo se tornando uma música que remetia aos direitos civis e ao feminismo.

Em 1980, ano em que assinou com a Arista Records, Aretha realizou uma performance no Royal Albert Hall em presença da Rainha Elizabeth II. Em 1981, voltou à disputa pelas primeiras colocações com o álbum Jump to It, cuja faixa-título figurou entre os 40 Singles Pop por seis anos. Em 1985, buscando um som mais jovem em sua música, Aretha lançou o álbum Who’s Zoomin’ Who, seu primeiro a receber certificação platina após ultrapassar 1 milhão de cópias vendidas. Durante esses anos, gravou inúmeros duetos de sucesso com cantores como George Benson e George Michael. Em 1998, retornou ao Top 40 após lançar "A Rose Is Still A Rose", produzida em conjunto com a cantora Lauryn Hill. No mesmo ano, Aretha atraiu enorme audiência com sua performance de "Nessun dorma" na cerimônia do Grammy Awards, onde substituiu o tenor Luciano Pavarotti.

Dona de uma flexibilidade vocal e inteligência interpretativa, Aretha conquistou o mundo com sua poderosa voz, extremamente elogiada por seus arranjos e interpretações. Descrita como “A Voz dos Movimentos dos Direitos Civis”, “A Voz da América Negra”, Aretha foi extremamente homenageada em sua carreira por todas as suas conquistas, tendo recebido uma estrela na Calçada da Fama em 79, entrado para o Rock and Roll Hall of Fame em 87, premiada com o Grammy Legend Award em 91 por sua contribuição à música e sendo condecorada em 2005 com a Medalha Presidencial da Liberdade, dada pelo presidente George W. Bush por seus “serviços aos Estados Unidos”.

Aretha enfrentava problemas de saúde desde 2010, quando foi diagnosticada com Câncer. Ainda assim, ela continuou a realizar apresentações, embora mais restritas, ao longo dos anos. Em 13 de agosto de 2018, seu quadro piorou e, no dia 16, aos 76 anos, a cantora veio a falecer em sua casa em Detroit devido a um câncer de pâncreas.

BEATRIZ SEGALL

Beatriz Segall foi uma atriz brasileira que atuou na televisão, no cinema e no teatro, sendo extremamente famosa por interpretar a vilã Odete Roitman na novela Vale Tudo. Nascida no Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1926, começou a estudar teatro no início dos anos 50, tendo trabalhado com Henriette Morineau. Foi nos anos 50 também que ela estreou no cinema, no filme A Beleza do Diabo.

Foi extremamente premiada por sua carreira teatral, entre os quais se destacam os prêmios Governador do estado, Shell e Mambembe. Sua obra inclui inúmeras peças clássicas, como Hamlet, Frank V e A Longa Noite de Cristal. Em 1964, passou a integra o Teatro Oficina.

Mas foi na televisão que a atriz obteve mais destaque, sendo intérprete de diversas personagens marcantes, como Lourdes Mesquita, da novela Água Viva, Norah Brandão de Pai Herói, Eunice em Champanhe, Clotilde Jordão de Anjo Mau e a icônica Odete Roitman de Vale Tudo, ainda hoje considerada como uma das maiores vilãs da história da televisão brasileira, cujo sucesso inspira até hoje as vilãs das novelas e cujo jargão “Quem matou Odete Roitman?” é lembrado até hoje. Em 2006, após nove anos sem integrar o elenco fixo de uma novela, aceitou o convite para viver Bárbara em Bicho do Mato. Em 2011, voltou para a Rede Globo para viver Maria Beatriz em Lara com Z e, em 2012, atuou na novela Lado a Lado, onde interpreta Madame Besançon.

Beatriz Segall faleceu em 5 de setembro de 2018, aos 92 anos. A causa da morte não foi divulgada.

BURT REYNOLDS

Com mais de 90 filmes na carreira e 300 aparições na TV, Burt Reynolds foi uma das personalidades mais famosas dos estados Unidos. Nascido em Waycross, em 11 de fevereiro de 1936, Burt teve sua primeira atuação na peça Outward Bound, para a qual recebeu o papel principal e pela qual recebeu o Prêmio de Artes Dramáticas do Estado da Flórida em 1956.

A estreia do ator na Broadway aconteceu em Look, We’ve Come Through. Depois disso, Reynolds fez sua estreia na TV com a série Riverboat, de 1959 a 1961. No mesmo período, apareceu em dois episódios de Blue Angels e, em 1963, fez uma participação em The Twilight Zone. Sua estreia no cinema, porém, aconteceu em 1961, com Angel Baby. A partir daí, o ator foi incentivado por Clint Eastwood a usar sua fama na TV para assegurar papéis de protagonista em filmes de baixo orçamento, o que o tornou reconhecido como um ator principal financiável e abriu caminho para os filmes americanos de grande orçamento, o que o levou ao filme que o lançou como um grande sucesso, Deliverance, de 1972. Após a saída de Sean Connery, foi dada a chance a Reynolds para viver o espião James Bond, mas ele recusou, alegando que um americano não poderia interpretar o espião inglês. Em 1974, atuou em Golpe Baixo e, em 1975, fez Amor, Eterno Amor.

Apesar de sua fama, Reynolds sempre arcou com problemas financeiros devido a seu estilo de vida extravagante, o que o levou a declarar falência em 1996. No mesmo ano, porém, obteve grande sucesso com o filme Striptease e, no ano seguindo, foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em Boogie Nights, pelo qual recebeu o Globo de Ouro. Esses dois trabalhos conseguiram reestruturar a sua carreira. Em 2005, atuou na readaptação de Golpe Baixo ao lado de Adam Sandler, mas ao contrário do primeiro filme, pelo qual havia sido indicado ao Globo de Ouro, nessa nova produção foi indicado ao Framboesa de Ouro por Pior Coajuvante.

Burt Reynolds morreu em 6 de setembro de 2018, vítima de um ataque cardíaco. Ele tinha 82 anos.

MR. CATRA

Wagner Domingues Costa, conhecido como Mr. Catra, foi um cantor e rapper brasileiro nascido no Rio de Janeiro em 5 de novembro de 1968. Seu trabalho no ramo da música começou ainda em meados dos anos 80, quando fundou a banda de rock O Beco, que chegou a fazer sucesso em festas particulares e faculdades.

Nos anos 90, criou a empresa Rapsoulfunk, gravadora, grife de mode e organizadora de bailes funk e shows de hip hop. Em 94, lançou o disco O Bonde dos Justos, onde constava seu primeiro hit, "Vida na Cadeia". A empresa seria responsável, em 2004, pela contratação de artistas do hip hop para participar do Festival Hip Hop Manifesta, o maior da América do Sul, que contou com a presença dos rappers Ja Rule e Snoop Dogg. Catra também fez parte do Partido Popular Poder para a Maioria no começo dos anos 2000, mas abandonou o projeto após divergências com Celso Athayde. Em meado dos anos 2000, voltou a ganhar notoriedade por causa de seus funks paródicos, como a música "Adultério". Nesses anos, destacou-se no cenário do funk, lançando álbuns como Humildade é Tudo e Poder da Favela. Entre 2009 e 2015, fez diversas aparições em músicas e clipes de outros artistas, até retornar para o universo do rock com a banda Mr. Catra e os Templários.

Mr. Catra era formado em direito, falava cinco idiomas e era pai de 32 filhos, número surpreendente que o tornou famoso e levou à criação de inúmeras piadas, como “ele é o pai do mundo todo”. Sua ligação simbólica emblemática com o sexo o levou a ser convidado para entregar o 4° Prêmio Sexy Hot, considerado o “Oscar da Indústria Pornô Brasileira”, em 2017.

Em 9 de setembro de 2018, o cantor faleceu devido a complicações de um câncer no estômago, que ele havia descoberto no ano anterior. Ele tinha 49 anos de idade.

STAN LEE

Nascido em Nova York em 28 de dezembro de 1922, Stan Lee foi um escritor, editor, publicitário, empresário e produtor, mais conhecido por seu papel como editor-chefe da Marvel Comics. Em colaboração com Jack Kirby, Steve Ditko e outros artistas, ele foi o criador de heróis como o Homem-Aranha, o Hulk, o Doutor Estranho, o Demolidor, o Pantera Negra e os X-Men.

Desde pequeno, Lee gostava de escrever. Em 1939, tornou-se assistente da Timeline Comics. Seu primeiro trabalho foi um conto intitulado Captain America Foils the Traitor’s Revenge, mas sua primeira cocriação de super-heróis foi o Destroyer, em Mystic Comics #6. Em 1941, Lee foi nomeado editor interino, onde demonstrou talento para negócios que o levou a permanecer como editor-chefe da divisão de revistas em quadrinhos. Já em meados de 1950, passou a escrever histórias em vários gêneros, incluindo faroeste, romance e horror, e enfrentou as tentativas do governo de acusar as revistas em quadrinhos de “corromper as mentes dos jovens com imagens de violência e sexualidade ambígua”.

No final da década de 50, visando competir com o sucesso da DC Comics e sua revitalização dos super-heróis, o chefe de Lee, Martin Goodman, o designou para criar uma nova equipe de heróis. Lee aceitou o desafio e, ouvindo a um conselho de sua esposa, deu a seus heróis uma humanidade defeituosa que destruiu o arquétipo do herói perfeito, sem problemas sérios ou pessoais. Seus personagens brigavam entre si, tinham ataques de vaidade e melancolia, ficavam entediados e mesmo doentes, capturando a imaginação tanto de adolescentes quanto de um público mais velho. Começando com o Quarteto Fantástico, a equipe de Lee logo tinha um novo panteão de heróis, que incluíam o Hulk, o Thor, o Homem de Ferro, o Demolidor e os X-Men, além do extremamente bem-sucedido Homem-Aranha. Além disso, foram revividos também personagens dos anos 40, como o Capitão América e o Namor. A revolução de Lee na indústria dos quadrinhos foi além de personagens e enredos, criando um senso de comunidade entre os fãs. Para ele, a ideia era transformar a equipe dos quadrinhos em “amigos” dos leitores. E assim se deram os primeiros anos da Marvel Comics.

As histórias da Marvel também foram se tornando mais atuais com o passar dos anos, abordando questões como a Guerra do Vietnã, eleições e movimento estudantil, além de introduzir uma variedade muito maior de super-heróis, como o Pantera Negra, primeiro protagonista negro de uma história de super-heróis. Em 1971, Lee ajudou, indiretamente, a reformar o Comics Code Authority quando, após aceitar escrever uma história sobre os perigos do uso de drogas para o U.S. Department of Health, criou um enredo onde o melhor amigo do Homem-Aranha, Harry Osborn, se torna um consumidor e um viciado, algo que foi recusado pelo  Comics Code e levou a história a ser publicada sem o selo, obtendo boas vendos e recebendo elogios pelos esforços socialmente conscientes, forçando a organização a afrouxar seu código.

Em 1972, Lee deixou de escrever histórias em quadrinhos para se tornar publisher. Ainda assim, era o rosto da Marvel Comics e fazia diversas aparições públicas para os fãs e para anunciar novidades no universo dos heróis. Em 1981, mudou-se para a Califórnia para desenvolver as propriedades de TV e Cinema da Marvel. Desde então, e mais frequentemente nos anos 2000 e com a criação do Universo Cinematográfico da Marvel, Lee tem feito aparições e cameos nos principais filmes de super-heróis, tornando-se uma marca registrada e levando fãs e sempre esperarem pelo momento em que ele vai aparecer.

Em 2017, Stan Lee havia sofrido um surto de pneumonia, o que tornou sua saúde mais debilitada. Em 12 de novembro de 2018, foi levado às pressas para um hospital em Los Angeles, onde veio a falecer devido a uma pneumonia por aspiração e que resultou em uma parada cardíaca e respiratória. Lee tinha 95 anos. Diversas homenagens circularam pela internet, pelos sites da Marvel e inclusive pela NFL Brasil.

BERNARDO BERTOLUCCI

Bertolucci foi um cineasta e roteirista italiano, nascido em Parma, em 16 de março de 1941. Fez sua estreia em 1962, mas só obteve reconhecimento em seu segundo filme, Antes da Revolução. Em 1967, foi roteirista de Era Uma Vez no Oeste, um dos mais aclamados filmes de Sérgio Leone.

Em 1971, dirigiu seu primeiro filme nos Estados Unidos, O Conformista, que chegou a ser indicado para Melhor Roteiro Adaptado. Em 1972, concorreu pela primeira vez como Melhor Diretor por O Último Tango de Paris, considerado por muitos como sua grande obra prima, mas que foi o centro de inúmeras polêmicas envolvendo o diretor e o ator Marlon Brando por conta de a cena de sexo entre Brando e a atriz Maria Schneider não estar no roteiro e não ter sido planejada junto a ela. O que presenciamos em tela é um estupro, e as lágrimas da atriz são de verdade. Schneider já havia acusado a situação há muitos anos, mas foi só há alguns anos, quando o próprio Bertolucci confessou que a cena havia sido discutida e improvisada apenas entre ele e Brando que a polêmica foi novamente revivida. O diretor inclusive defendeu a cena, dizendo que pretendia extrair a reação mais real possível da atriz. A discussão em volta dessa cena diz respeito a diversos fatores de cultura de estupro e normalização da agressão, mas só nos últimos três a quatro anos Bertolucci tem sido repreendido pelo seu comportamento.

O diretor italiano também criou outros filmes, como o ambicioso 1900 e o drama La Luna. Em 1987, dirigiu O Último Imperador, filme que faturou nove Oscars, incluindo o de Melhor Diretor e o de Melhor Filme. Seguiram-se a esse filme O Céu que nos Protege, O Pequeno Buda e Beleza Roubada.

Bertolucci faleceu aos 77 anos em Roma, no dia 26 de novembro de 2018. A causa não foi divulgada.

STEPHEN HILLENBURG

Biólogo marinho nascido em Oklahoma, nos Estados Unidos, em 21 de agosto de 1961, Stephen Hillenburg desenvolveu um gosto extremamente peculiar por esponjas marinhas durante os seus estudos. Isso serviu de inspiração para o seu mais renomado trabalho. Cartunista e animador, Hillenburg foi o criador do desenho animado Bob Esponja, lançado em 1999.

O icônico personagem teve como inspiração uma esponja de pratos. Mais tarde, outros personagens foram se juntando ao desenho, que hoje já se encontra em sua 10ª temporada (indo para a 11ª), possui mais de 218 episódios e se tornou um fenômeno mundial, até para públicos mais velhos. Além dele, porém, Hillenburg também trabalhou ao lado de Joe Murray na animação A Vida Moderna de Rocko, que foi ao ar de 1993 a 1996.

Em março de 2017, o cartunista foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa rara. Ele morreu vítima de complicações trazidas pela doença em 26 de novembro de 2018, aos 57 anos.

MENÇÕES HONROSAS

Terence Marsh – Diretor de arte estado-unidense, vencedor do Oscar por Doutor Jivago e por Oliver!. Faleceu em 9 de janeiro, vítima de câncer.

Mark Salling – Ator e músico americano, que ficou famoso por sua atuação na série Glee. Mark foi encontrado morto em 30 de janeiro. Exames apontaram que o ator se enforcou enquanto aguardava sentença pelo caso de pornografia infantil pelo qual respondia.

Pat Torpey – Baterista americano que ficou famoso pela banda Mr. Big. Faleceu no dia 7 de fevereiro por decorrência de complicações do Mal de Parkinson que enfrentava há alguns anos.

Reg E. Cathey – Ator americano, conhecido por seus papéis em séries como The Wire, House of Cards e Luke Cage. Morreu no dia 9 de fevereiro em decorrência de um câncer no pulmão.

Jóhann Jóhannsson – Compositor islandês, conhecido no cinema por seus trabalhos de banda sonora para filmes como A Chegada e A Teoria de Tudo. Foi encontrado morto em seu apartamento em 9 de fevereiro, vítima de uma overdose de cocaína.

Tônia Carrero – Atriz brasileira que revolucionou o teatro nacional ao trazer um repertório de peças clássicas para o país. Morreu aos 95 anos no dia 3 de março, vítima de uma parada cardíaca.

Miranda – Produtor musical brasileiro que revelou inúmeras bandas do país, como O Rappa, Raimundos e Skank. Morreu em 22 de março depois de sofrer um mal súbito em sua casa.

Isao Takahata – Cineasta, animador, roteirista e produtor japonês, co-fundador dos Studios Ghibli e diretor de filmes como Túmulo dos Vagalumes. Faleceu de câncer no pulmão em 5 de abril.

R. Lee Ermey – Militar a ator norte-americano, conhecido principalmente por seu papel como o sargento Hartman em Nascido para Matar. Morreu vítima de uma pneumonia em 15 de abril.

Margot Kidder – Atris franco-canadense que obteve fama pelo papel de Lois Lane no clássico filme do Superman de 1978. Cometeu suicídio no dia 13 de maio.

Roberto Farias – Diretor de cinema e televisão brasileiro, conhecido por filmes como Assalto ao Trem Pagador e Roberto Carlos em Ritmo de Aventura e por minisséries como As Noivas de Copacabana. Morreu em 14 de maio, enquanto se internava para tratar um câncer.

Philip Roth – Escritor estado-unidense, conhecido por obras como Goodbye, Columbus e Pastoral Americana. Faleceu em 22 de maio, vítima de insuficiência cardíaca.

Anthony Bourdain – Chef e apresentador americano, famoso por seu programa no Travel Channel, Anthony Bourdain: No Reservations. Enforcou-se com um cinto em 8 de junho.

XXXTentacion – Rapper americano, que ficou famoso pela canção "Look at Me!". Morreu no dia 18 de junho, vítima de um ferimento por arma de fogo.

Vinnie Paul Abbott – Baterista americano do gênero Heavy Metal e co-fundador da banda Pantera. Sofreu um infarto em 22 de junho.

Steve Ditko – Desenhista e roteirista estado-unidense, conhecido por ser o co-criador do Homem Aranha e seus vilões, além de outros personagens como o Dr. Estranho, Capitão Átomo e Questão. Foi encontrado morto em 29 de junho, vítima de um ataque cardíaco.

Angela Maria – Atriz e cantora brasileira, dita como uma das melhores vozes da MPB e Rainha do Rádio de 1954, cantou inúmeras músicas como "Babalu", "Gente Humilde", "Cinderela" e "Orgulho". Morreu dia 29 de setembro devido a uma infecção generalizada e parada cardíaca.

Scott Wilson – Ator estado-unidense, conhecido por interpretar o personagem Hershel Greene, na série The Walking Dead. Morreu em 6 de outubro, por complicações de uma leucemia.

William Goldman – Escritor e roteirista americano, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro por Butch Cassidy (1969) e Todos os Homens do Presidente (1976), faleceu devido a um câncer colorretal e pneumonia em 16 de novembro.

Penny Marshall – atriz e diretora americana, conhecida por seu papel na série Laverne & Shirley. Foi a primeira mulher a dirigir um filme que arrecadou mais de 100 milhões de dólares (Quero ser Grande). Faleceu em 17 de dezembro, vítima de problemas relacionados à Diabetes.

Miúcha – Cantora e compositora brasileira, irmã de Chico Buarque. Morreu em decorrência de uma parada respiratória, em 27 de dezembro.

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A morte é parte da vida, e algo inevitável para qualquer ser humano, mas isso não quer dizer que não sentimos dor ou tristeza quando alguém parte para sempre. Nesse texto, homenageamos aqueles que partiram em 2018

crítica por
Luis Henrique Franco
31/12/2018

A morte é parte da vida, e algo inevitável para qualquer ser humano, mas isso não quer dizer que não sentimos dor ou tristeza quando alguém parte para sempre. Isso também acontece quando famosos pelos quais tínhamos apreço e simpatia nos deixam.

2018 foi um ano de muitas perdas. Grandes astros da música, da Tv e do cinema faleceram esse ano, deixando diversas pessoas com um aperto no coração. Essa é a nossa homenagem para aqueles que partiram esse ano, mas que sempre serão lembrados por todos os seus inúmeros fãs.

DOLORES O’RIORDAN

A cantora Dolores O’Riordan nasceu na Irlanda, em 6 de setembro de 1971. É considerada como a maior cantora de seu país. Seus principais trabalhos foram feitos em seu tempo de vocalista pela banda The Cranberries, da qual foi a mais notória integrante. Despontando com seu álbum de estreia, Everybody Else Is Doing It, So Why Can’t We?, a banda se tornou uma das mais bem sucedidas dos anos 90, vendendo mais de 60 milhões de cópias só nos Estados Unidos. Ao longo de sua atuação, The Cranberries conquistou quatro álbuns na top 20 da Billboard 200 e oito top 20 singles na Modern Rock Tracks, Entre os quais  se destacam músicas como "Linger", "Zombie", "Dreams", "Ode to My Family", "Ridiculous Thoughs", nas quais ganhava força a voz icônica de O’Riordan, capaz de dar grande força e sentimento às suas letras.

Em 2003, Dolores se afastou da banda para tentar uma carreira solo. Em 2007, lançou o álbum Are You Listening?, que ganhou o European Breaking Borders Awards, prêmio concedido pela União Europeia a artistas do continente que tenham obtido grande sucesso em seu primeiro lançamento, com o intuito de incentivar a produção cultural nos países membros. Com mais de 71 shows entre turnês e eventos, Dolores continuou revivendo sucessos do The Cranberries, misturados às músicas de sua carreira solo, realizando shows mais intimistas e em locais com menor capacidade do que os estádios onde a banda costumava tocar. Ainda assim, seus concertos esgotavam rapidamente, com destaque para o show em Santiago, no Chile, onde os ingressos acabaram tão rapidamente que centenas de pessoas ficaram do lado de fora do Teatro Caupolicán.

Em 2009, após lançar seu novo álbum, No Baggage, Dolores afirmou que a The Cranberries iria se reunir novamente. Em 2012, a banda retorna para lançar seu novo álbum, The Roses, seu sexto trabalho de estúdio.

Em 15 de janeiro de 2018, a cantora foi encontrada morta em Londres, onde a banda se encontrava para a realização de gravações. O laudo apontou que ela morreu afogada em uma banheira após sofrer uma intoxicação alcoólica. Dolores tinha 46 anos.

URSULA K. LE GUIN

Escritora, ficcionista, tradutora, poetisa, ensaísta e editora estado-unidense, Ursula Le Guin nasceu em Berkeley, na Califórnia, em 21 de outubro de 1929. Sua obra inclui mais de cinquenta romances e dezenas de contos, ensaios e poemas. Seus trabalhos, em geral, pertenciam ao gênero da ficção científica e fantasia, ambientados em mundos alternativos e que abordam temas complexos de política, psicologia, filosofia, antropologia, sexualidade, religião, etnografia e biologia.

Descrita em 2016 pelo The New York Times como “a maior escritora de ficção científica dos Estados Unidos ainda viva”, Ursula obteve seu primeiro grande sucesso literário em 1969, com a publicação de A Mão Esquerda da Escuridão, romance aclamado pela crítica e que se tornou a primeira obra da autora a figurar entre os best-sellers do mercado americano. O livro consolidou sua carreira e sedimentou e popularizou o movimento new wave da ficção científica, do qual fazem parte outras grandes obras como Duna (Frank Herbert) e Um Estranho Numa Terra Estranha (Robert A. Heinlein). Ao mesmo tempo, Ursula inovava no gênero da ficção, adicionando temas como feminismo e identidade de gênero a suas obras.

Entre 1970 e 1971, ela lançou a revista Amazing Stories e a ficção O Tormento dos Céus e, em 1974, ganhou os prêmios Hugo e Nebula por Os Despossuídos, que deu enorme vazão aos ideias anarquistas da escritora. Ao longo dos anos, Ursula transitou entre subgêneros da ficção, como o realismo mágico e o pós-modernismo, trabalhando também em roteiros e adaptações para o cinema. Por sua vasta obra, foi eleita Grã-Mestre da Ficção Científica da Science Fiction and Fantasy Writers of America. Em 2009, a autora se desassociou da Authors Guild em protesto contra o apoio de organização à Google Books. Em 2014, foi prestigiada com a Medalha da National Book Foundation.

Em seus últimos anos, Ursula Le Guin ainda participava de encontros de fãs e entregas de prêmios, embora problemas de saúde a mantivessem presa a regiões próximas à sua casa em Portland. A autora faleceu em 22 de janeiro de 2018, aos 88 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada, mas seu filho confirmou que a sua saúde estava bem debilitada nos últimos tempos.

STEPHEN HAWKING

Um dos maiores físicos da atualidade, Stephen Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, em Oxford. Doutor em cosmologia e professor emérito da Universidade de Cambridge. Seu principal interesse na faculdade era matemática, mas logo desenvolveu interesse por termodinâmica, relatividade e mecânica quântica, e tornou-se membro honorário da Trinity Hall em Cambridge, onde obteve seu doutorado.

Portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença neurodegenerativa que paralisa progressivamente os músculos do corpo, Hawking sempre teve que lutar por sua saúde. Em 1985, teve que fazer uma traqueostomia após contrair pneumonia em uma visita ao CERN da Suíça. Gradualmente perdendo o movimento nos braços e nas pernas, passou a depender de uma cadeira elétrica. Recentemente, tinha que usar os músculos de sua bochecha para ativar o sintetizador de voz e já não conseguia controlar sua cadeira elétrica sozinho, o que levou muitos cientistas a temerem que ele sofresse de síndrome de encarceramento. Ainda assim, o cientista sempre se manteve presente e dando palestras e aulas, mesmo em estágios mais avançados da doença.

Seus avanços em cosmologia teórica e gravidade quântica foram diversos. Em 1971, provou o primeiro de muitos teoremas da singularidade, demonstrando que as singularidades no espaço-tempo são uma característica da relatividade geral. Junto com Bardeen e Carter, Hawking propôs as quatro leis da mecânica dos buracos negros. Em 74, calculou que buracos negros deveriam criar ou emitir partículas subatômicas, que ficaram conhecidas como radiação Hawking. Ele também participou dos primeiros desenvolvimentos da teoria da inflação cósmica, teoria que propunha-se a solucionar os principais problemas do modelo padrão do Big Bang. Entre seus diversos livros, os mais famosos são Uma Breve História do Tempo, O Universo Numa Casca de Noz e Uma Nova História do Tempo.

Em 1986, foi nomeado pelo papa João Paulo II como membro da Pontifícia Academia de Ciências. Em 2015, uniu-se ao empresário Yuri Milner e anunciou a intenção de fornecer 100 milhões em financiamento ao longo da próxima década para os pesquisadores do SETI que permitiria que novos levantamentos de dados rádio-ópticos pudessem ocorrer usando os mais avançados telescópios.

Ídolo da cultura pop, apareceu em diversos programas e séries como Star Trek, Os Simpsons, Futurama e The Big Bang Theory.

Em 14 de março, Stephen Hawking morreu em sua casa em Cambridge, aos 76 anos, devido a complicações causadas por sua doença degenerativa.

MILOS FORMAN

Milos Forman foi um diretor de cinema checo nascido em 18 de fevereiro de 1932 e filho de protestantes. Seus pais morreram durante a ocupação nazista. Durante a invasão soviética em 1968, mudou-se para os Estados Unidos e obteve cidadania americana em 1977. Sua carreira na Checoslováquia consistia de filmes de comédia, majoritariamente. Muitas de suas obras se tornaram grandes referências no país, como Amores de uma Loira e O Baile dos Bombeiros.

Nos Estados Unidos, Milos Forman começou a produzir filmes em 1971, quando lançou Taking Off, filme que faturou o Prêmio Especial do Juri no Festival de Cannes. Em 1975, dirigiu Um Estranho no Ninho, o maior filme de sua carreira e certamente o mais famoso, sendo o segundo filme na história a faturar as cinco principais categorias do Oscar (Filme, Diretor, Atriz, Ator e Roteiro). Em 1979, dirigiu uma adaptação cinematográfica do musical Hair. Em 1984, faturou seu segundo Oscar como diretor pelo filme Amadeus, que levaria também mais sete prêmios, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator para F. Murray Abraham. Forman seria novamente indicado para Diretor pelo filme O Povo Contra Larry Flint, mas não venceu esse ano.

O diretor também produziu O Mundo de Andy, filme que conta a história do comediante Andy Kaufman e que rendeu um Globo de Ouro ao ator Jim Carrey. Forman também dirigiu a biografia do pintor Francisco Goya, Os Fantasmas de Goya, em 2006.

Em 14 de abril de 2018, o diretor faleceu aos 86 anos em Hartford, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi divulgada, apenas definida como uma “breve doença”.

DONA IVONE LARA

Yvonne Lara da Costa nasceu no Rio de Janeiro, em 1922 e foi uma cantora e compositora brasileira, muitas vezes reverenciada como a Rainha e a Grande Dama do Samba. Criada pelos tios a partir de seus dezesseis anos, aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba, além de ter aulas de cantos com Lucília Guimarães, esposa do maestro Villa-Lobos.

Compôs o samba "Nascida para Sofrer", que se tornou o hino da escola de samba Prazer da Serrinha. Em 1947, passou a desfilar na ala das baianas da escola Império Serrano e compôs o samba "Não Me Perguntes". O grande sucesso, contudo, veio em 1965, com "Os Cinco Bailes da História do Rio", que a tornou a primeira mulher a fazer parte da ala dos compositores da escola. Teve músicas gravadas por uma grande diversidade de intérpretes como Clara Nunes, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Gal Costa e Maria Bethânia, essas duas últimas que imortalizaram um de seus maiores sucessos, a música "Sonho Meu", música feita em parceria com Délcio Carvalho. Em 2008, Ivone Lara interpretou a música "Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço", que depois seria incluída em um álbum com seus maiores sucessos.

Em 2010, foi homenageada na 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira e, em 2012, recebeu homenagem no grupo de acesso da Império Serrano. Em 2015, entrou para a lista das Dez Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.

Dona Ivone Lara morreu em 16 de abril de 2018, aos 96 anos, em consequência de um quadro de insuficiência cardiorrespiratória.

NELSON PEREIRA DOS SANTOS

Considerado um dos mais importantes diretores de cinema brasileiro, Nelson Pereira dos Santos nasceu em 22 de outubro de 1928, em São Paulo. Foi um dos precursores do Cinema Novo, movimento que tomou o país nas décadas de 1960 e 1970 e se tornou a resposta para a instabilidade social e classista do Brasil, com filmes destacados pela ênfase na questão social e no intelectualismo.

Bacharel em direito pela Universidade de São Paulo, Nelson começou sua carreira cinematográfica ainda em 1949, quando dirigiu o curta-metragem Juventude. Em 1955 e 1957, lançou seus dois primeiros longa-metragens, Rio, 40 graus e Rio, Zona Norte, esse segundo tendo obtido reconhecimento como um dos 100 filmes brasileiros mais importantes de todos os tempos. Contudo, sua grande obra-prima veio em 1963, com o filme Vidas Secas, baseado na obra de Graciliano Ramos, que recebeu diversas premiações, sendo indicado à Palma de Ouro pelo festival de Cannes. Nelson Pereira voltaria a adaptar Graciliano Ramos em 1984, quando dirigiu o drama Memórias do Cárcere. Em anos mais recentes, o diretor também se aventurou pelo gênero do documentário, sendo o primeiro Raízes do Brasil, de 2004, baseado na obra escrita por Sérgio Buarque de Holanda.

Em 2007, Nelson Pereira dos Santos foi reconhecido por seus trabalhos com uma posição na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 7, cujo patrono é Castro Alves. Tornou-se, assim, o primeiro cineasta a ocupar um lugar na Academia.

O diretor faleceu aos 89 anos, em 21 de abril de 2018, em decorrência de um câncer de fígado associado com uma falência múltipla de órgãos.

AVICII

Tim Bergling, conhecido pelo nome artístico de Avicii, foi um DJ e produtor musical de EDM sueco, nascido em 8 de setembro de 1989, em Estocolmo. Começou seus trabalhos em 2007, quando assinou com a gravadora Dejfitts Plays e, em 2010, lançou a canção "Seek Romance", que alcançou o top 20 em diversos países, como Bélgica, França, Suécia e Reino Unido. Em 2011, lançou "Levels", que atingiu o top 10 em diversos países e abriu caminho para o DJ trilhar seus maiores sucessos com diversas parcerias: "Sunshine", gravado com David Guetta; "Fade into Darkness", com Leona Lewis; e "I Could Be The One", com Nicky Romero.

EM 2013, apresentou e lançou seu primeiro álbum de estúdio, True. Muitas de suas novas faixas continham caráter experimental, como a canção "Wake me Up", música que depois passou a estabelecer um recorde de 14 semanas como o número 1 na Billboard Dance/Electronic Songs, e se tornou o single de vendas mais rápidas do Reino Unido. Ainda em 2013, Avicii lançaria mais dois singles do álbum, "Hey Brother" e "Addicted to You". Em 2014, lançou o single "Lay me Down" e colaborou com Chris Martin e a banda Coldplay na faixa "Sky Full of Stars".

Em 2016, Avicii anunciou que se aposentaria de se apresentar ao vivo e em turnês e, em 28 de agosto, realizou sua última apresentação ao vivo em Ibiza. Ele continuou produzindo e, em agosto de 2017, lançou um EP de seis faixas intitulado AVICI (01).

O DJ foi encontrado morto em 20 de abril de 2018, na cidade de Mascate, em Omã. No dia 26, familiares emitiram um comunicado que deu a entender que Avicii teria cometido suicídio, hipótese confirmada dias depois, quando o laudo médico alegou que ele teria morrido de ferimentos autoinfligidos com uma garrafa de champanhe.

TOM WOLFE

Conhecido por seu estilo cheio de ironia, o jornalista e escritor americano Tom Wolfe nasceu em 2 de março de 1930 e foi considerado, entre os anos de 1960 e 1970, o pai do New Journalism nos Estados Unidos. Incentivado nas artes por sua família, começou a escrever com 9 anos e, durante seus anos de graduação, tornou-se editor do jornal de esportes da Universidade Washington and Lee.

Em 1952, tornou-se repórter do jornal Springfield Union, enquanto ainda finalizava sua tese. Em 1959, foi contratado pelo Washington Post, onde impressionou seus editores por seu interesse pelo ambiente suburbano, em detrimento da capital. Nos seus anos pelo Post, Wolfe fez uso de experimentações com técnicas ficcionais de escrita de texto, o que o levou para o New York Herald Tribune, onde suas tendências à quebra das convenções do jornalismo impresso. Em 1964, após um polêmico artigo publicado na revista Esquire, o escritor publicou seu primeiro livro,  The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby, uma coletânea de seus trabalhos no Herald Tribune, Esquire e outros veículos. Nascia assim o Novo Jornalismo, onde jornalistas e ensaístas passaram a se valer de técnicas literárias, misturando-as com os conceitos jornalísticos tradicionais. Nesse modelo, destaca-se o livro de Wolfe O Teste do Ácido do Refresco Elétrico, notável pelo seu uso de onomatopeias, livre-associações e o uso pouco ortodoxo da pontuação. Fizeram parte do Novo Jornalismo também autores como Truman Capote, Gay Talese e Joan Didion.

Tom Wolfe também experimentou no gênero de ficção, com um estilo balzaquiano de descrição do ambiente e dos personagens e com um texto repleto de ironia. Seu primeiro livro nesse gênero foi A Fogueira das Vaidades (1987). Uma década depois, em 1998, ele escreveria Um Homem por Inteiro.

O autor morreu em 14 de maio de 2018, aos 88 anos. Ele havia sido internado em um hospital por conta de uma infecção e acabou por falecer.

ARETHA FRANKLIN

Aretha Franklyn foi uma cantora e compositora de gospel e soul, nascida em Memphis, nos Estados Unidos, em 25 de março de 1942. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a maior cantora de todos os tempos e se tornou um ícone da música negra. Por seu talento, tornou-se a primeira mulher a fazer parte do Rock & Roll Hall of Fame e recebeu o título de “Rainha do Soul”.

Ainda aos dez anos, Aretha começou a cantar na igreja de seu pai, onde se tornou bastante famosa e passou a receber visitas de inúmeras celebridades ligadas ao soul. Em 1956, quando tinha apenas 14 anos, Aretha lança seu primeiro álbum. Mais tarde, se muda para Nova York para se aventurar na música secular. Não demorou muito para ela começar a atrair a atenção de grandes estúdios, como o Motown Records e a Columbia Records, com a qual assinou contrato em 1961. Sob a tutela do produtor John Hammond, Aretha gravou nove álbuns entre 1961 e 1966, embora nenhum deles tenha feito muito sucesso. Em 67, Aretha deixou a Columbia e migrou para a Atlantic Records, onde gravou seu primeiro grande sucesso, "I Never Loved a Man The Way I Love You". Mas foi em abril daquele ano que seu maior sucesso foi lançado, "Respect", música anteriormente gravada por Otis Redding, mas que obteve maior sucesso na voz de Aretha, atingindo a primeira posição nas paradas de R&B e de música Pop, logo se tornando uma música que remetia aos direitos civis e ao feminismo.

Em 1980, ano em que assinou com a Arista Records, Aretha realizou uma performance no Royal Albert Hall em presença da Rainha Elizabeth II. Em 1981, voltou à disputa pelas primeiras colocações com o álbum Jump to It, cuja faixa-título figurou entre os 40 Singles Pop por seis anos. Em 1985, buscando um som mais jovem em sua música, Aretha lançou o álbum Who’s Zoomin’ Who, seu primeiro a receber certificação platina após ultrapassar 1 milhão de cópias vendidas. Durante esses anos, gravou inúmeros duetos de sucesso com cantores como George Benson e George Michael. Em 1998, retornou ao Top 40 após lançar "A Rose Is Still A Rose", produzida em conjunto com a cantora Lauryn Hill. No mesmo ano, Aretha atraiu enorme audiência com sua performance de "Nessun dorma" na cerimônia do Grammy Awards, onde substituiu o tenor Luciano Pavarotti.

Dona de uma flexibilidade vocal e inteligência interpretativa, Aretha conquistou o mundo com sua poderosa voz, extremamente elogiada por seus arranjos e interpretações. Descrita como “A Voz dos Movimentos dos Direitos Civis”, “A Voz da América Negra”, Aretha foi extremamente homenageada em sua carreira por todas as suas conquistas, tendo recebido uma estrela na Calçada da Fama em 79, entrado para o Rock and Roll Hall of Fame em 87, premiada com o Grammy Legend Award em 91 por sua contribuição à música e sendo condecorada em 2005 com a Medalha Presidencial da Liberdade, dada pelo presidente George W. Bush por seus “serviços aos Estados Unidos”.

Aretha enfrentava problemas de saúde desde 2010, quando foi diagnosticada com Câncer. Ainda assim, ela continuou a realizar apresentações, embora mais restritas, ao longo dos anos. Em 13 de agosto de 2018, seu quadro piorou e, no dia 16, aos 76 anos, a cantora veio a falecer em sua casa em Detroit devido a um câncer de pâncreas.

BEATRIZ SEGALL

Beatriz Segall foi uma atriz brasileira que atuou na televisão, no cinema e no teatro, sendo extremamente famosa por interpretar a vilã Odete Roitman na novela Vale Tudo. Nascida no Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1926, começou a estudar teatro no início dos anos 50, tendo trabalhado com Henriette Morineau. Foi nos anos 50 também que ela estreou no cinema, no filme A Beleza do Diabo.

Foi extremamente premiada por sua carreira teatral, entre os quais se destacam os prêmios Governador do estado, Shell e Mambembe. Sua obra inclui inúmeras peças clássicas, como Hamlet, Frank V e A Longa Noite de Cristal. Em 1964, passou a integra o Teatro Oficina.

Mas foi na televisão que a atriz obteve mais destaque, sendo intérprete de diversas personagens marcantes, como Lourdes Mesquita, da novela Água Viva, Norah Brandão de Pai Herói, Eunice em Champanhe, Clotilde Jordão de Anjo Mau e a icônica Odete Roitman de Vale Tudo, ainda hoje considerada como uma das maiores vilãs da história da televisão brasileira, cujo sucesso inspira até hoje as vilãs das novelas e cujo jargão “Quem matou Odete Roitman?” é lembrado até hoje. Em 2006, após nove anos sem integrar o elenco fixo de uma novela, aceitou o convite para viver Bárbara em Bicho do Mato. Em 2011, voltou para a Rede Globo para viver Maria Beatriz em Lara com Z e, em 2012, atuou na novela Lado a Lado, onde interpreta Madame Besançon.

Beatriz Segall faleceu em 5 de setembro de 2018, aos 92 anos. A causa da morte não foi divulgada.

BURT REYNOLDS

Com mais de 90 filmes na carreira e 300 aparições na TV, Burt Reynolds foi uma das personalidades mais famosas dos estados Unidos. Nascido em Waycross, em 11 de fevereiro de 1936, Burt teve sua primeira atuação na peça Outward Bound, para a qual recebeu o papel principal e pela qual recebeu o Prêmio de Artes Dramáticas do Estado da Flórida em 1956.

A estreia do ator na Broadway aconteceu em Look, We’ve Come Through. Depois disso, Reynolds fez sua estreia na TV com a série Riverboat, de 1959 a 1961. No mesmo período, apareceu em dois episódios de Blue Angels e, em 1963, fez uma participação em The Twilight Zone. Sua estreia no cinema, porém, aconteceu em 1961, com Angel Baby. A partir daí, o ator foi incentivado por Clint Eastwood a usar sua fama na TV para assegurar papéis de protagonista em filmes de baixo orçamento, o que o tornou reconhecido como um ator principal financiável e abriu caminho para os filmes americanos de grande orçamento, o que o levou ao filme que o lançou como um grande sucesso, Deliverance, de 1972. Após a saída de Sean Connery, foi dada a chance a Reynolds para viver o espião James Bond, mas ele recusou, alegando que um americano não poderia interpretar o espião inglês. Em 1974, atuou em Golpe Baixo e, em 1975, fez Amor, Eterno Amor.

Apesar de sua fama, Reynolds sempre arcou com problemas financeiros devido a seu estilo de vida extravagante, o que o levou a declarar falência em 1996. No mesmo ano, porém, obteve grande sucesso com o filme Striptease e, no ano seguindo, foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em Boogie Nights, pelo qual recebeu o Globo de Ouro. Esses dois trabalhos conseguiram reestruturar a sua carreira. Em 2005, atuou na readaptação de Golpe Baixo ao lado de Adam Sandler, mas ao contrário do primeiro filme, pelo qual havia sido indicado ao Globo de Ouro, nessa nova produção foi indicado ao Framboesa de Ouro por Pior Coajuvante.

Burt Reynolds morreu em 6 de setembro de 2018, vítima de um ataque cardíaco. Ele tinha 82 anos.

MR. CATRA

Wagner Domingues Costa, conhecido como Mr. Catra, foi um cantor e rapper brasileiro nascido no Rio de Janeiro em 5 de novembro de 1968. Seu trabalho no ramo da música começou ainda em meados dos anos 80, quando fundou a banda de rock O Beco, que chegou a fazer sucesso em festas particulares e faculdades.

Nos anos 90, criou a empresa Rapsoulfunk, gravadora, grife de mode e organizadora de bailes funk e shows de hip hop. Em 94, lançou o disco O Bonde dos Justos, onde constava seu primeiro hit, "Vida na Cadeia". A empresa seria responsável, em 2004, pela contratação de artistas do hip hop para participar do Festival Hip Hop Manifesta, o maior da América do Sul, que contou com a presença dos rappers Ja Rule e Snoop Dogg. Catra também fez parte do Partido Popular Poder para a Maioria no começo dos anos 2000, mas abandonou o projeto após divergências com Celso Athayde. Em meado dos anos 2000, voltou a ganhar notoriedade por causa de seus funks paródicos, como a música "Adultério". Nesses anos, destacou-se no cenário do funk, lançando álbuns como Humildade é Tudo e Poder da Favela. Entre 2009 e 2015, fez diversas aparições em músicas e clipes de outros artistas, até retornar para o universo do rock com a banda Mr. Catra e os Templários.

Mr. Catra era formado em direito, falava cinco idiomas e era pai de 32 filhos, número surpreendente que o tornou famoso e levou à criação de inúmeras piadas, como “ele é o pai do mundo todo”. Sua ligação simbólica emblemática com o sexo o levou a ser convidado para entregar o 4° Prêmio Sexy Hot, considerado o “Oscar da Indústria Pornô Brasileira”, em 2017.

Em 9 de setembro de 2018, o cantor faleceu devido a complicações de um câncer no estômago, que ele havia descoberto no ano anterior. Ele tinha 49 anos de idade.

STAN LEE

Nascido em Nova York em 28 de dezembro de 1922, Stan Lee foi um escritor, editor, publicitário, empresário e produtor, mais conhecido por seu papel como editor-chefe da Marvel Comics. Em colaboração com Jack Kirby, Steve Ditko e outros artistas, ele foi o criador de heróis como o Homem-Aranha, o Hulk, o Doutor Estranho, o Demolidor, o Pantera Negra e os X-Men.

Desde pequeno, Lee gostava de escrever. Em 1939, tornou-se assistente da Timeline Comics. Seu primeiro trabalho foi um conto intitulado Captain America Foils the Traitor’s Revenge, mas sua primeira cocriação de super-heróis foi o Destroyer, em Mystic Comics #6. Em 1941, Lee foi nomeado editor interino, onde demonstrou talento para negócios que o levou a permanecer como editor-chefe da divisão de revistas em quadrinhos. Já em meados de 1950, passou a escrever histórias em vários gêneros, incluindo faroeste, romance e horror, e enfrentou as tentativas do governo de acusar as revistas em quadrinhos de “corromper as mentes dos jovens com imagens de violência e sexualidade ambígua”.

No final da década de 50, visando competir com o sucesso da DC Comics e sua revitalização dos super-heróis, o chefe de Lee, Martin Goodman, o designou para criar uma nova equipe de heróis. Lee aceitou o desafio e, ouvindo a um conselho de sua esposa, deu a seus heróis uma humanidade defeituosa que destruiu o arquétipo do herói perfeito, sem problemas sérios ou pessoais. Seus personagens brigavam entre si, tinham ataques de vaidade e melancolia, ficavam entediados e mesmo doentes, capturando a imaginação tanto de adolescentes quanto de um público mais velho. Começando com o Quarteto Fantástico, a equipe de Lee logo tinha um novo panteão de heróis, que incluíam o Hulk, o Thor, o Homem de Ferro, o Demolidor e os X-Men, além do extremamente bem-sucedido Homem-Aranha. Além disso, foram revividos também personagens dos anos 40, como o Capitão América e o Namor. A revolução de Lee na indústria dos quadrinhos foi além de personagens e enredos, criando um senso de comunidade entre os fãs. Para ele, a ideia era transformar a equipe dos quadrinhos em “amigos” dos leitores. E assim se deram os primeiros anos da Marvel Comics.

As histórias da Marvel também foram se tornando mais atuais com o passar dos anos, abordando questões como a Guerra do Vietnã, eleições e movimento estudantil, além de introduzir uma variedade muito maior de super-heróis, como o Pantera Negra, primeiro protagonista negro de uma história de super-heróis. Em 1971, Lee ajudou, indiretamente, a reformar o Comics Code Authority quando, após aceitar escrever uma história sobre os perigos do uso de drogas para o U.S. Department of Health, criou um enredo onde o melhor amigo do Homem-Aranha, Harry Osborn, se torna um consumidor e um viciado, algo que foi recusado pelo  Comics Code e levou a história a ser publicada sem o selo, obtendo boas vendos e recebendo elogios pelos esforços socialmente conscientes, forçando a organização a afrouxar seu código.

Em 1972, Lee deixou de escrever histórias em quadrinhos para se tornar publisher. Ainda assim, era o rosto da Marvel Comics e fazia diversas aparições públicas para os fãs e para anunciar novidades no universo dos heróis. Em 1981, mudou-se para a Califórnia para desenvolver as propriedades de TV e Cinema da Marvel. Desde então, e mais frequentemente nos anos 2000 e com a criação do Universo Cinematográfico da Marvel, Lee tem feito aparições e cameos nos principais filmes de super-heróis, tornando-se uma marca registrada e levando fãs e sempre esperarem pelo momento em que ele vai aparecer.

Em 2017, Stan Lee havia sofrido um surto de pneumonia, o que tornou sua saúde mais debilitada. Em 12 de novembro de 2018, foi levado às pressas para um hospital em Los Angeles, onde veio a falecer devido a uma pneumonia por aspiração e que resultou em uma parada cardíaca e respiratória. Lee tinha 95 anos. Diversas homenagens circularam pela internet, pelos sites da Marvel e inclusive pela NFL Brasil.

BERNARDO BERTOLUCCI

Bertolucci foi um cineasta e roteirista italiano, nascido em Parma, em 16 de março de 1941. Fez sua estreia em 1962, mas só obteve reconhecimento em seu segundo filme, Antes da Revolução. Em 1967, foi roteirista de Era Uma Vez no Oeste, um dos mais aclamados filmes de Sérgio Leone.

Em 1971, dirigiu seu primeiro filme nos Estados Unidos, O Conformista, que chegou a ser indicado para Melhor Roteiro Adaptado. Em 1972, concorreu pela primeira vez como Melhor Diretor por O Último Tango de Paris, considerado por muitos como sua grande obra prima, mas que foi o centro de inúmeras polêmicas envolvendo o diretor e o ator Marlon Brando por conta de a cena de sexo entre Brando e a atriz Maria Schneider não estar no roteiro e não ter sido planejada junto a ela. O que presenciamos em tela é um estupro, e as lágrimas da atriz são de verdade. Schneider já havia acusado a situação há muitos anos, mas foi só há alguns anos, quando o próprio Bertolucci confessou que a cena havia sido discutida e improvisada apenas entre ele e Brando que a polêmica foi novamente revivida. O diretor inclusive defendeu a cena, dizendo que pretendia extrair a reação mais real possível da atriz. A discussão em volta dessa cena diz respeito a diversos fatores de cultura de estupro e normalização da agressão, mas só nos últimos três a quatro anos Bertolucci tem sido repreendido pelo seu comportamento.

O diretor italiano também criou outros filmes, como o ambicioso 1900 e o drama La Luna. Em 1987, dirigiu O Último Imperador, filme que faturou nove Oscars, incluindo o de Melhor Diretor e o de Melhor Filme. Seguiram-se a esse filme O Céu que nos Protege, O Pequeno Buda e Beleza Roubada.

Bertolucci faleceu aos 77 anos em Roma, no dia 26 de novembro de 2018. A causa não foi divulgada.

STEPHEN HILLENBURG

Biólogo marinho nascido em Oklahoma, nos Estados Unidos, em 21 de agosto de 1961, Stephen Hillenburg desenvolveu um gosto extremamente peculiar por esponjas marinhas durante os seus estudos. Isso serviu de inspiração para o seu mais renomado trabalho. Cartunista e animador, Hillenburg foi o criador do desenho animado Bob Esponja, lançado em 1999.

O icônico personagem teve como inspiração uma esponja de pratos. Mais tarde, outros personagens foram se juntando ao desenho, que hoje já se encontra em sua 10ª temporada (indo para a 11ª), possui mais de 218 episódios e se tornou um fenômeno mundial, até para públicos mais velhos. Além dele, porém, Hillenburg também trabalhou ao lado de Joe Murray na animação A Vida Moderna de Rocko, que foi ao ar de 1993 a 1996.

Em março de 2017, o cartunista foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa rara. Ele morreu vítima de complicações trazidas pela doença em 26 de novembro de 2018, aos 57 anos.

MENÇÕES HONROSAS

Terence Marsh – Diretor de arte estado-unidense, vencedor do Oscar por Doutor Jivago e por Oliver!. Faleceu em 9 de janeiro, vítima de câncer.

Mark Salling – Ator e músico americano, que ficou famoso por sua atuação na série Glee. Mark foi encontrado morto em 30 de janeiro. Exames apontaram que o ator se enforcou enquanto aguardava sentença pelo caso de pornografia infantil pelo qual respondia.

Pat Torpey – Baterista americano que ficou famoso pela banda Mr. Big. Faleceu no dia 7 de fevereiro por decorrência de complicações do Mal de Parkinson que enfrentava há alguns anos.

Reg E. Cathey – Ator americano, conhecido por seus papéis em séries como The Wire, House of Cards e Luke Cage. Morreu no dia 9 de fevereiro em decorrência de um câncer no pulmão.

Jóhann Jóhannsson – Compositor islandês, conhecido no cinema por seus trabalhos de banda sonora para filmes como A Chegada e A Teoria de Tudo. Foi encontrado morto em seu apartamento em 9 de fevereiro, vítima de uma overdose de cocaína.

Tônia Carrero – Atriz brasileira que revolucionou o teatro nacional ao trazer um repertório de peças clássicas para o país. Morreu aos 95 anos no dia 3 de março, vítima de uma parada cardíaca.

Miranda – Produtor musical brasileiro que revelou inúmeras bandas do país, como O Rappa, Raimundos e Skank. Morreu em 22 de março depois de sofrer um mal súbito em sua casa.

Isao Takahata – Cineasta, animador, roteirista e produtor japonês, co-fundador dos Studios Ghibli e diretor de filmes como Túmulo dos Vagalumes. Faleceu de câncer no pulmão em 5 de abril.

R. Lee Ermey – Militar a ator norte-americano, conhecido principalmente por seu papel como o sargento Hartman em Nascido para Matar. Morreu vítima de uma pneumonia em 15 de abril.

Margot Kidder – Atris franco-canadense que obteve fama pelo papel de Lois Lane no clássico filme do Superman de 1978. Cometeu suicídio no dia 13 de maio.

Roberto Farias – Diretor de cinema e televisão brasileiro, conhecido por filmes como Assalto ao Trem Pagador e Roberto Carlos em Ritmo de Aventura e por minisséries como As Noivas de Copacabana. Morreu em 14 de maio, enquanto se internava para tratar um câncer.

Philip Roth – Escritor estado-unidense, conhecido por obras como Goodbye, Columbus e Pastoral Americana. Faleceu em 22 de maio, vítima de insuficiência cardíaca.

Anthony Bourdain – Chef e apresentador americano, famoso por seu programa no Travel Channel, Anthony Bourdain: No Reservations. Enforcou-se com um cinto em 8 de junho.

XXXTentacion – Rapper americano, que ficou famoso pela canção "Look at Me!". Morreu no dia 18 de junho, vítima de um ferimento por arma de fogo.

Vinnie Paul Abbott – Baterista americano do gênero Heavy Metal e co-fundador da banda Pantera. Sofreu um infarto em 22 de junho.

Steve Ditko – Desenhista e roteirista estado-unidense, conhecido por ser o co-criador do Homem Aranha e seus vilões, além de outros personagens como o Dr. Estranho, Capitão Átomo e Questão. Foi encontrado morto em 29 de junho, vítima de um ataque cardíaco.

Angela Maria – Atriz e cantora brasileira, dita como uma das melhores vozes da MPB e Rainha do Rádio de 1954, cantou inúmeras músicas como "Babalu", "Gente Humilde", "Cinderela" e "Orgulho". Morreu dia 29 de setembro devido a uma infecção generalizada e parada cardíaca.

Scott Wilson – Ator estado-unidense, conhecido por interpretar o personagem Hershel Greene, na série The Walking Dead. Morreu em 6 de outubro, por complicações de uma leucemia.

William Goldman – Escritor e roteirista americano, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro por Butch Cassidy (1969) e Todos os Homens do Presidente (1976), faleceu devido a um câncer colorretal e pneumonia em 16 de novembro.

Penny Marshall – atriz e diretora americana, conhecida por seu papel na série Laverne & Shirley. Foi a primeira mulher a dirigir um filme que arrecadou mais de 100 milhões de dólares (Quero ser Grande). Faleceu em 17 de dezembro, vítima de problemas relacionados à Diabetes.

Miúcha – Cantora e compositora brasileira, irmã de Chico Buarque. Morreu em decorrência de uma parada respiratória, em 27 de dezembro.

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Artigo em Lista

A morte é parte da vida, e algo inevitável para qualquer ser humano, mas isso não quer dizer que não sentimos dor ou tristeza quando alguém parte para sempre. Nesse texto, homenageamos aqueles que partiram em 2018

escrito por
Luis Henrique Franco
31/12/2018
nascimento

A morte é parte da vida, e algo inevitável para qualquer ser humano, mas isso não quer dizer que não sentimos dor ou tristeza quando alguém parte para sempre. Nesse texto, homenageamos aqueles que partiram em 2018

escrito por
Luis Henrique Franco
31/12/2018

A morte é parte da vida, e algo inevitável para qualquer ser humano, mas isso não quer dizer que não sentimos dor ou tristeza quando alguém parte para sempre. Isso também acontece quando famosos pelos quais tínhamos apreço e simpatia nos deixam.

2018 foi um ano de muitas perdas. Grandes astros da música, da Tv e do cinema faleceram esse ano, deixando diversas pessoas com um aperto no coração. Essa é a nossa homenagem para aqueles que partiram esse ano, mas que sempre serão lembrados por todos os seus inúmeros fãs.

DOLORES O’RIORDAN

A cantora Dolores O’Riordan nasceu na Irlanda, em 6 de setembro de 1971. É considerada como a maior cantora de seu país. Seus principais trabalhos foram feitos em seu tempo de vocalista pela banda The Cranberries, da qual foi a mais notória integrante. Despontando com seu álbum de estreia, Everybody Else Is Doing It, So Why Can’t We?, a banda se tornou uma das mais bem sucedidas dos anos 90, vendendo mais de 60 milhões de cópias só nos Estados Unidos. Ao longo de sua atuação, The Cranberries conquistou quatro álbuns na top 20 da Billboard 200 e oito top 20 singles na Modern Rock Tracks, Entre os quais  se destacam músicas como "Linger", "Zombie", "Dreams", "Ode to My Family", "Ridiculous Thoughs", nas quais ganhava força a voz icônica de O’Riordan, capaz de dar grande força e sentimento às suas letras.

Em 2003, Dolores se afastou da banda para tentar uma carreira solo. Em 2007, lançou o álbum Are You Listening?, que ganhou o European Breaking Borders Awards, prêmio concedido pela União Europeia a artistas do continente que tenham obtido grande sucesso em seu primeiro lançamento, com o intuito de incentivar a produção cultural nos países membros. Com mais de 71 shows entre turnês e eventos, Dolores continuou revivendo sucessos do The Cranberries, misturados às músicas de sua carreira solo, realizando shows mais intimistas e em locais com menor capacidade do que os estádios onde a banda costumava tocar. Ainda assim, seus concertos esgotavam rapidamente, com destaque para o show em Santiago, no Chile, onde os ingressos acabaram tão rapidamente que centenas de pessoas ficaram do lado de fora do Teatro Caupolicán.

Em 2009, após lançar seu novo álbum, No Baggage, Dolores afirmou que a The Cranberries iria se reunir novamente. Em 2012, a banda retorna para lançar seu novo álbum, The Roses, seu sexto trabalho de estúdio.

Em 15 de janeiro de 2018, a cantora foi encontrada morta em Londres, onde a banda se encontrava para a realização de gravações. O laudo apontou que ela morreu afogada em uma banheira após sofrer uma intoxicação alcoólica. Dolores tinha 46 anos.

URSULA K. LE GUIN

Escritora, ficcionista, tradutora, poetisa, ensaísta e editora estado-unidense, Ursula Le Guin nasceu em Berkeley, na Califórnia, em 21 de outubro de 1929. Sua obra inclui mais de cinquenta romances e dezenas de contos, ensaios e poemas. Seus trabalhos, em geral, pertenciam ao gênero da ficção científica e fantasia, ambientados em mundos alternativos e que abordam temas complexos de política, psicologia, filosofia, antropologia, sexualidade, religião, etnografia e biologia.

Descrita em 2016 pelo The New York Times como “a maior escritora de ficção científica dos Estados Unidos ainda viva”, Ursula obteve seu primeiro grande sucesso literário em 1969, com a publicação de A Mão Esquerda da Escuridão, romance aclamado pela crítica e que se tornou a primeira obra da autora a figurar entre os best-sellers do mercado americano. O livro consolidou sua carreira e sedimentou e popularizou o movimento new wave da ficção científica, do qual fazem parte outras grandes obras como Duna (Frank Herbert) e Um Estranho Numa Terra Estranha (Robert A. Heinlein). Ao mesmo tempo, Ursula inovava no gênero da ficção, adicionando temas como feminismo e identidade de gênero a suas obras.

Entre 1970 e 1971, ela lançou a revista Amazing Stories e a ficção O Tormento dos Céus e, em 1974, ganhou os prêmios Hugo e Nebula por Os Despossuídos, que deu enorme vazão aos ideias anarquistas da escritora. Ao longo dos anos, Ursula transitou entre subgêneros da ficção, como o realismo mágico e o pós-modernismo, trabalhando também em roteiros e adaptações para o cinema. Por sua vasta obra, foi eleita Grã-Mestre da Ficção Científica da Science Fiction and Fantasy Writers of America. Em 2009, a autora se desassociou da Authors Guild em protesto contra o apoio de organização à Google Books. Em 2014, foi prestigiada com a Medalha da National Book Foundation.

Em seus últimos anos, Ursula Le Guin ainda participava de encontros de fãs e entregas de prêmios, embora problemas de saúde a mantivessem presa a regiões próximas à sua casa em Portland. A autora faleceu em 22 de janeiro de 2018, aos 88 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada, mas seu filho confirmou que a sua saúde estava bem debilitada nos últimos tempos.

STEPHEN HAWKING

Um dos maiores físicos da atualidade, Stephen Hawking nasceu em 8 de janeiro de 1942, em Oxford. Doutor em cosmologia e professor emérito da Universidade de Cambridge. Seu principal interesse na faculdade era matemática, mas logo desenvolveu interesse por termodinâmica, relatividade e mecânica quântica, e tornou-se membro honorário da Trinity Hall em Cambridge, onde obteve seu doutorado.

Portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença neurodegenerativa que paralisa progressivamente os músculos do corpo, Hawking sempre teve que lutar por sua saúde. Em 1985, teve que fazer uma traqueostomia após contrair pneumonia em uma visita ao CERN da Suíça. Gradualmente perdendo o movimento nos braços e nas pernas, passou a depender de uma cadeira elétrica. Recentemente, tinha que usar os músculos de sua bochecha para ativar o sintetizador de voz e já não conseguia controlar sua cadeira elétrica sozinho, o que levou muitos cientistas a temerem que ele sofresse de síndrome de encarceramento. Ainda assim, o cientista sempre se manteve presente e dando palestras e aulas, mesmo em estágios mais avançados da doença.

Seus avanços em cosmologia teórica e gravidade quântica foram diversos. Em 1971, provou o primeiro de muitos teoremas da singularidade, demonstrando que as singularidades no espaço-tempo são uma característica da relatividade geral. Junto com Bardeen e Carter, Hawking propôs as quatro leis da mecânica dos buracos negros. Em 74, calculou que buracos negros deveriam criar ou emitir partículas subatômicas, que ficaram conhecidas como radiação Hawking. Ele também participou dos primeiros desenvolvimentos da teoria da inflação cósmica, teoria que propunha-se a solucionar os principais problemas do modelo padrão do Big Bang. Entre seus diversos livros, os mais famosos são Uma Breve História do Tempo, O Universo Numa Casca de Noz e Uma Nova História do Tempo.

Em 1986, foi nomeado pelo papa João Paulo II como membro da Pontifícia Academia de Ciências. Em 2015, uniu-se ao empresário Yuri Milner e anunciou a intenção de fornecer 100 milhões em financiamento ao longo da próxima década para os pesquisadores do SETI que permitiria que novos levantamentos de dados rádio-ópticos pudessem ocorrer usando os mais avançados telescópios.

Ídolo da cultura pop, apareceu em diversos programas e séries como Star Trek, Os Simpsons, Futurama e The Big Bang Theory.

Em 14 de março, Stephen Hawking morreu em sua casa em Cambridge, aos 76 anos, devido a complicações causadas por sua doença degenerativa.

MILOS FORMAN

Milos Forman foi um diretor de cinema checo nascido em 18 de fevereiro de 1932 e filho de protestantes. Seus pais morreram durante a ocupação nazista. Durante a invasão soviética em 1968, mudou-se para os Estados Unidos e obteve cidadania americana em 1977. Sua carreira na Checoslováquia consistia de filmes de comédia, majoritariamente. Muitas de suas obras se tornaram grandes referências no país, como Amores de uma Loira e O Baile dos Bombeiros.

Nos Estados Unidos, Milos Forman começou a produzir filmes em 1971, quando lançou Taking Off, filme que faturou o Prêmio Especial do Juri no Festival de Cannes. Em 1975, dirigiu Um Estranho no Ninho, o maior filme de sua carreira e certamente o mais famoso, sendo o segundo filme na história a faturar as cinco principais categorias do Oscar (Filme, Diretor, Atriz, Ator e Roteiro). Em 1979, dirigiu uma adaptação cinematográfica do musical Hair. Em 1984, faturou seu segundo Oscar como diretor pelo filme Amadeus, que levaria também mais sete prêmios, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator para F. Murray Abraham. Forman seria novamente indicado para Diretor pelo filme O Povo Contra Larry Flint, mas não venceu esse ano.

O diretor também produziu O Mundo de Andy, filme que conta a história do comediante Andy Kaufman e que rendeu um Globo de Ouro ao ator Jim Carrey. Forman também dirigiu a biografia do pintor Francisco Goya, Os Fantasmas de Goya, em 2006.

Em 14 de abril de 2018, o diretor faleceu aos 86 anos em Hartford, nos Estados Unidos. A causa da morte não foi divulgada, apenas definida como uma “breve doença”.

DONA IVONE LARA

Yvonne Lara da Costa nasceu no Rio de Janeiro, em 1922 e foi uma cantora e compositora brasileira, muitas vezes reverenciada como a Rainha e a Grande Dama do Samba. Criada pelos tios a partir de seus dezesseis anos, aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba, além de ter aulas de cantos com Lucília Guimarães, esposa do maestro Villa-Lobos.

Compôs o samba "Nascida para Sofrer", que se tornou o hino da escola de samba Prazer da Serrinha. Em 1947, passou a desfilar na ala das baianas da escola Império Serrano e compôs o samba "Não Me Perguntes". O grande sucesso, contudo, veio em 1965, com "Os Cinco Bailes da História do Rio", que a tornou a primeira mulher a fazer parte da ala dos compositores da escola. Teve músicas gravadas por uma grande diversidade de intérpretes como Clara Nunes, Caetano Veloso, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Gal Costa e Maria Bethânia, essas duas últimas que imortalizaram um de seus maiores sucessos, a música "Sonho Meu", música feita em parceria com Délcio Carvalho. Em 2008, Ivone Lara interpretou a música "Mas Quem Disse Que Eu Te Esqueço", que depois seria incluída em um álbum com seus maiores sucessos.

Em 2010, foi homenageada na 21ª edição do Prêmio da Música Brasileira e, em 2012, recebeu homenagem no grupo de acesso da Império Serrano. Em 2015, entrou para a lista das Dez Grandes Mulheres que Marcaram a História do Rio.

Dona Ivone Lara morreu em 16 de abril de 2018, aos 96 anos, em consequência de um quadro de insuficiência cardiorrespiratória.

NELSON PEREIRA DOS SANTOS

Considerado um dos mais importantes diretores de cinema brasileiro, Nelson Pereira dos Santos nasceu em 22 de outubro de 1928, em São Paulo. Foi um dos precursores do Cinema Novo, movimento que tomou o país nas décadas de 1960 e 1970 e se tornou a resposta para a instabilidade social e classista do Brasil, com filmes destacados pela ênfase na questão social e no intelectualismo.

Bacharel em direito pela Universidade de São Paulo, Nelson começou sua carreira cinematográfica ainda em 1949, quando dirigiu o curta-metragem Juventude. Em 1955 e 1957, lançou seus dois primeiros longa-metragens, Rio, 40 graus e Rio, Zona Norte, esse segundo tendo obtido reconhecimento como um dos 100 filmes brasileiros mais importantes de todos os tempos. Contudo, sua grande obra-prima veio em 1963, com o filme Vidas Secas, baseado na obra de Graciliano Ramos, que recebeu diversas premiações, sendo indicado à Palma de Ouro pelo festival de Cannes. Nelson Pereira voltaria a adaptar Graciliano Ramos em 1984, quando dirigiu o drama Memórias do Cárcere. Em anos mais recentes, o diretor também se aventurou pelo gênero do documentário, sendo o primeiro Raízes do Brasil, de 2004, baseado na obra escrita por Sérgio Buarque de Holanda.

Em 2007, Nelson Pereira dos Santos foi reconhecido por seus trabalhos com uma posição na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 7, cujo patrono é Castro Alves. Tornou-se, assim, o primeiro cineasta a ocupar um lugar na Academia.

O diretor faleceu aos 89 anos, em 21 de abril de 2018, em decorrência de um câncer de fígado associado com uma falência múltipla de órgãos.

AVICII

Tim Bergling, conhecido pelo nome artístico de Avicii, foi um DJ e produtor musical de EDM sueco, nascido em 8 de setembro de 1989, em Estocolmo. Começou seus trabalhos em 2007, quando assinou com a gravadora Dejfitts Plays e, em 2010, lançou a canção "Seek Romance", que alcançou o top 20 em diversos países, como Bélgica, França, Suécia e Reino Unido. Em 2011, lançou "Levels", que atingiu o top 10 em diversos países e abriu caminho para o DJ trilhar seus maiores sucessos com diversas parcerias: "Sunshine", gravado com David Guetta; "Fade into Darkness", com Leona Lewis; e "I Could Be The One", com Nicky Romero.

EM 2013, apresentou e lançou seu primeiro álbum de estúdio, True. Muitas de suas novas faixas continham caráter experimental, como a canção "Wake me Up", música que depois passou a estabelecer um recorde de 14 semanas como o número 1 na Billboard Dance/Electronic Songs, e se tornou o single de vendas mais rápidas do Reino Unido. Ainda em 2013, Avicii lançaria mais dois singles do álbum, "Hey Brother" e "Addicted to You". Em 2014, lançou o single "Lay me Down" e colaborou com Chris Martin e a banda Coldplay na faixa "Sky Full of Stars".

Em 2016, Avicii anunciou que se aposentaria de se apresentar ao vivo e em turnês e, em 28 de agosto, realizou sua última apresentação ao vivo em Ibiza. Ele continuou produzindo e, em agosto de 2017, lançou um EP de seis faixas intitulado AVICI (01).

O DJ foi encontrado morto em 20 de abril de 2018, na cidade de Mascate, em Omã. No dia 26, familiares emitiram um comunicado que deu a entender que Avicii teria cometido suicídio, hipótese confirmada dias depois, quando o laudo médico alegou que ele teria morrido de ferimentos autoinfligidos com uma garrafa de champanhe.

TOM WOLFE

Conhecido por seu estilo cheio de ironia, o jornalista e escritor americano Tom Wolfe nasceu em 2 de março de 1930 e foi considerado, entre os anos de 1960 e 1970, o pai do New Journalism nos Estados Unidos. Incentivado nas artes por sua família, começou a escrever com 9 anos e, durante seus anos de graduação, tornou-se editor do jornal de esportes da Universidade Washington and Lee.

Em 1952, tornou-se repórter do jornal Springfield Union, enquanto ainda finalizava sua tese. Em 1959, foi contratado pelo Washington Post, onde impressionou seus editores por seu interesse pelo ambiente suburbano, em detrimento da capital. Nos seus anos pelo Post, Wolfe fez uso de experimentações com técnicas ficcionais de escrita de texto, o que o levou para o New York Herald Tribune, onde suas tendências à quebra das convenções do jornalismo impresso. Em 1964, após um polêmico artigo publicado na revista Esquire, o escritor publicou seu primeiro livro,  The Kandy-Kolored Tangerine-Flake Streamline Baby, uma coletânea de seus trabalhos no Herald Tribune, Esquire e outros veículos. Nascia assim o Novo Jornalismo, onde jornalistas e ensaístas passaram a se valer de técnicas literárias, misturando-as com os conceitos jornalísticos tradicionais. Nesse modelo, destaca-se o livro de Wolfe O Teste do Ácido do Refresco Elétrico, notável pelo seu uso de onomatopeias, livre-associações e o uso pouco ortodoxo da pontuação. Fizeram parte do Novo Jornalismo também autores como Truman Capote, Gay Talese e Joan Didion.

Tom Wolfe também experimentou no gênero de ficção, com um estilo balzaquiano de descrição do ambiente e dos personagens e com um texto repleto de ironia. Seu primeiro livro nesse gênero foi A Fogueira das Vaidades (1987). Uma década depois, em 1998, ele escreveria Um Homem por Inteiro.

O autor morreu em 14 de maio de 2018, aos 88 anos. Ele havia sido internado em um hospital por conta de uma infecção e acabou por falecer.

ARETHA FRANKLIN

Aretha Franklyn foi uma cantora e compositora de gospel e soul, nascida em Memphis, nos Estados Unidos, em 25 de março de 1942. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a maior cantora de todos os tempos e se tornou um ícone da música negra. Por seu talento, tornou-se a primeira mulher a fazer parte do Rock & Roll Hall of Fame e recebeu o título de “Rainha do Soul”.

Ainda aos dez anos, Aretha começou a cantar na igreja de seu pai, onde se tornou bastante famosa e passou a receber visitas de inúmeras celebridades ligadas ao soul. Em 1956, quando tinha apenas 14 anos, Aretha lança seu primeiro álbum. Mais tarde, se muda para Nova York para se aventurar na música secular. Não demorou muito para ela começar a atrair a atenção de grandes estúdios, como o Motown Records e a Columbia Records, com a qual assinou contrato em 1961. Sob a tutela do produtor John Hammond, Aretha gravou nove álbuns entre 1961 e 1966, embora nenhum deles tenha feito muito sucesso. Em 67, Aretha deixou a Columbia e migrou para a Atlantic Records, onde gravou seu primeiro grande sucesso, "I Never Loved a Man The Way I Love You". Mas foi em abril daquele ano que seu maior sucesso foi lançado, "Respect", música anteriormente gravada por Otis Redding, mas que obteve maior sucesso na voz de Aretha, atingindo a primeira posição nas paradas de R&B e de música Pop, logo se tornando uma música que remetia aos direitos civis e ao feminismo.

Em 1980, ano em que assinou com a Arista Records, Aretha realizou uma performance no Royal Albert Hall em presença da Rainha Elizabeth II. Em 1981, voltou à disputa pelas primeiras colocações com o álbum Jump to It, cuja faixa-título figurou entre os 40 Singles Pop por seis anos. Em 1985, buscando um som mais jovem em sua música, Aretha lançou o álbum Who’s Zoomin’ Who, seu primeiro a receber certificação platina após ultrapassar 1 milhão de cópias vendidas. Durante esses anos, gravou inúmeros duetos de sucesso com cantores como George Benson e George Michael. Em 1998, retornou ao Top 40 após lançar "A Rose Is Still A Rose", produzida em conjunto com a cantora Lauryn Hill. No mesmo ano, Aretha atraiu enorme audiência com sua performance de "Nessun dorma" na cerimônia do Grammy Awards, onde substituiu o tenor Luciano Pavarotti.

Dona de uma flexibilidade vocal e inteligência interpretativa, Aretha conquistou o mundo com sua poderosa voz, extremamente elogiada por seus arranjos e interpretações. Descrita como “A Voz dos Movimentos dos Direitos Civis”, “A Voz da América Negra”, Aretha foi extremamente homenageada em sua carreira por todas as suas conquistas, tendo recebido uma estrela na Calçada da Fama em 79, entrado para o Rock and Roll Hall of Fame em 87, premiada com o Grammy Legend Award em 91 por sua contribuição à música e sendo condecorada em 2005 com a Medalha Presidencial da Liberdade, dada pelo presidente George W. Bush por seus “serviços aos Estados Unidos”.

Aretha enfrentava problemas de saúde desde 2010, quando foi diagnosticada com Câncer. Ainda assim, ela continuou a realizar apresentações, embora mais restritas, ao longo dos anos. Em 13 de agosto de 2018, seu quadro piorou e, no dia 16, aos 76 anos, a cantora veio a falecer em sua casa em Detroit devido a um câncer de pâncreas.

BEATRIZ SEGALL

Beatriz Segall foi uma atriz brasileira que atuou na televisão, no cinema e no teatro, sendo extremamente famosa por interpretar a vilã Odete Roitman na novela Vale Tudo. Nascida no Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1926, começou a estudar teatro no início dos anos 50, tendo trabalhado com Henriette Morineau. Foi nos anos 50 também que ela estreou no cinema, no filme A Beleza do Diabo.

Foi extremamente premiada por sua carreira teatral, entre os quais se destacam os prêmios Governador do estado, Shell e Mambembe. Sua obra inclui inúmeras peças clássicas, como Hamlet, Frank V e A Longa Noite de Cristal. Em 1964, passou a integra o Teatro Oficina.

Mas foi na televisão que a atriz obteve mais destaque, sendo intérprete de diversas personagens marcantes, como Lourdes Mesquita, da novela Água Viva, Norah Brandão de Pai Herói, Eunice em Champanhe, Clotilde Jordão de Anjo Mau e a icônica Odete Roitman de Vale Tudo, ainda hoje considerada como uma das maiores vilãs da história da televisão brasileira, cujo sucesso inspira até hoje as vilãs das novelas e cujo jargão “Quem matou Odete Roitman?” é lembrado até hoje. Em 2006, após nove anos sem integrar o elenco fixo de uma novela, aceitou o convite para viver Bárbara em Bicho do Mato. Em 2011, voltou para a Rede Globo para viver Maria Beatriz em Lara com Z e, em 2012, atuou na novela Lado a Lado, onde interpreta Madame Besançon.

Beatriz Segall faleceu em 5 de setembro de 2018, aos 92 anos. A causa da morte não foi divulgada.

BURT REYNOLDS

Com mais de 90 filmes na carreira e 300 aparições na TV, Burt Reynolds foi uma das personalidades mais famosas dos estados Unidos. Nascido em Waycross, em 11 de fevereiro de 1936, Burt teve sua primeira atuação na peça Outward Bound, para a qual recebeu o papel principal e pela qual recebeu o Prêmio de Artes Dramáticas do Estado da Flórida em 1956.

A estreia do ator na Broadway aconteceu em Look, We’ve Come Through. Depois disso, Reynolds fez sua estreia na TV com a série Riverboat, de 1959 a 1961. No mesmo período, apareceu em dois episódios de Blue Angels e, em 1963, fez uma participação em The Twilight Zone. Sua estreia no cinema, porém, aconteceu em 1961, com Angel Baby. A partir daí, o ator foi incentivado por Clint Eastwood a usar sua fama na TV para assegurar papéis de protagonista em filmes de baixo orçamento, o que o tornou reconhecido como um ator principal financiável e abriu caminho para os filmes americanos de grande orçamento, o que o levou ao filme que o lançou como um grande sucesso, Deliverance, de 1972. Após a saída de Sean Connery, foi dada a chance a Reynolds para viver o espião James Bond, mas ele recusou, alegando que um americano não poderia interpretar o espião inglês. Em 1974, atuou em Golpe Baixo e, em 1975, fez Amor, Eterno Amor.

Apesar de sua fama, Reynolds sempre arcou com problemas financeiros devido a seu estilo de vida extravagante, o que o levou a declarar falência em 1996. No mesmo ano, porém, obteve grande sucesso com o filme Striptease e, no ano seguindo, foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu papel em Boogie Nights, pelo qual recebeu o Globo de Ouro. Esses dois trabalhos conseguiram reestruturar a sua carreira. Em 2005, atuou na readaptação de Golpe Baixo ao lado de Adam Sandler, mas ao contrário do primeiro filme, pelo qual havia sido indicado ao Globo de Ouro, nessa nova produção foi indicado ao Framboesa de Ouro por Pior Coajuvante.

Burt Reynolds morreu em 6 de setembro de 2018, vítima de um ataque cardíaco. Ele tinha 82 anos.

MR. CATRA

Wagner Domingues Costa, conhecido como Mr. Catra, foi um cantor e rapper brasileiro nascido no Rio de Janeiro em 5 de novembro de 1968. Seu trabalho no ramo da música começou ainda em meados dos anos 80, quando fundou a banda de rock O Beco, que chegou a fazer sucesso em festas particulares e faculdades.

Nos anos 90, criou a empresa Rapsoulfunk, gravadora, grife de mode e organizadora de bailes funk e shows de hip hop. Em 94, lançou o disco O Bonde dos Justos, onde constava seu primeiro hit, "Vida na Cadeia". A empresa seria responsável, em 2004, pela contratação de artistas do hip hop para participar do Festival Hip Hop Manifesta, o maior da América do Sul, que contou com a presença dos rappers Ja Rule e Snoop Dogg. Catra também fez parte do Partido Popular Poder para a Maioria no começo dos anos 2000, mas abandonou o projeto após divergências com Celso Athayde. Em meado dos anos 2000, voltou a ganhar notoriedade por causa de seus funks paródicos, como a música "Adultério". Nesses anos, destacou-se no cenário do funk, lançando álbuns como Humildade é Tudo e Poder da Favela. Entre 2009 e 2015, fez diversas aparições em músicas e clipes de outros artistas, até retornar para o universo do rock com a banda Mr. Catra e os Templários.

Mr. Catra era formado em direito, falava cinco idiomas e era pai de 32 filhos, número surpreendente que o tornou famoso e levou à criação de inúmeras piadas, como “ele é o pai do mundo todo”. Sua ligação simbólica emblemática com o sexo o levou a ser convidado para entregar o 4° Prêmio Sexy Hot, considerado o “Oscar da Indústria Pornô Brasileira”, em 2017.

Em 9 de setembro de 2018, o cantor faleceu devido a complicações de um câncer no estômago, que ele havia descoberto no ano anterior. Ele tinha 49 anos de idade.

STAN LEE

Nascido em Nova York em 28 de dezembro de 1922, Stan Lee foi um escritor, editor, publicitário, empresário e produtor, mais conhecido por seu papel como editor-chefe da Marvel Comics. Em colaboração com Jack Kirby, Steve Ditko e outros artistas, ele foi o criador de heróis como o Homem-Aranha, o Hulk, o Doutor Estranho, o Demolidor, o Pantera Negra e os X-Men.

Desde pequeno, Lee gostava de escrever. Em 1939, tornou-se assistente da Timeline Comics. Seu primeiro trabalho foi um conto intitulado Captain America Foils the Traitor’s Revenge, mas sua primeira cocriação de super-heróis foi o Destroyer, em Mystic Comics #6. Em 1941, Lee foi nomeado editor interino, onde demonstrou talento para negócios que o levou a permanecer como editor-chefe da divisão de revistas em quadrinhos. Já em meados de 1950, passou a escrever histórias em vários gêneros, incluindo faroeste, romance e horror, e enfrentou as tentativas do governo de acusar as revistas em quadrinhos de “corromper as mentes dos jovens com imagens de violência e sexualidade ambígua”.

No final da década de 50, visando competir com o sucesso da DC Comics e sua revitalização dos super-heróis, o chefe de Lee, Martin Goodman, o designou para criar uma nova equipe de heróis. Lee aceitou o desafio e, ouvindo a um conselho de sua esposa, deu a seus heróis uma humanidade defeituosa que destruiu o arquétipo do herói perfeito, sem problemas sérios ou pessoais. Seus personagens brigavam entre si, tinham ataques de vaidade e melancolia, ficavam entediados e mesmo doentes, capturando a imaginação tanto de adolescentes quanto de um público mais velho. Começando com o Quarteto Fantástico, a equipe de Lee logo tinha um novo panteão de heróis, que incluíam o Hulk, o Thor, o Homem de Ferro, o Demolidor e os X-Men, além do extremamente bem-sucedido Homem-Aranha. Além disso, foram revividos também personagens dos anos 40, como o Capitão América e o Namor. A revolução de Lee na indústria dos quadrinhos foi além de personagens e enredos, criando um senso de comunidade entre os fãs. Para ele, a ideia era transformar a equipe dos quadrinhos em “amigos” dos leitores. E assim se deram os primeiros anos da Marvel Comics.

As histórias da Marvel também foram se tornando mais atuais com o passar dos anos, abordando questões como a Guerra do Vietnã, eleições e movimento estudantil, além de introduzir uma variedade muito maior de super-heróis, como o Pantera Negra, primeiro protagonista negro de uma história de super-heróis. Em 1971, Lee ajudou, indiretamente, a reformar o Comics Code Authority quando, após aceitar escrever uma história sobre os perigos do uso de drogas para o U.S. Department of Health, criou um enredo onde o melhor amigo do Homem-Aranha, Harry Osborn, se torna um consumidor e um viciado, algo que foi recusado pelo  Comics Code e levou a história a ser publicada sem o selo, obtendo boas vendos e recebendo elogios pelos esforços socialmente conscientes, forçando a organização a afrouxar seu código.

Em 1972, Lee deixou de escrever histórias em quadrinhos para se tornar publisher. Ainda assim, era o rosto da Marvel Comics e fazia diversas aparições públicas para os fãs e para anunciar novidades no universo dos heróis. Em 1981, mudou-se para a Califórnia para desenvolver as propriedades de TV e Cinema da Marvel. Desde então, e mais frequentemente nos anos 2000 e com a criação do Universo Cinematográfico da Marvel, Lee tem feito aparições e cameos nos principais filmes de super-heróis, tornando-se uma marca registrada e levando fãs e sempre esperarem pelo momento em que ele vai aparecer.

Em 2017, Stan Lee havia sofrido um surto de pneumonia, o que tornou sua saúde mais debilitada. Em 12 de novembro de 2018, foi levado às pressas para um hospital em Los Angeles, onde veio a falecer devido a uma pneumonia por aspiração e que resultou em uma parada cardíaca e respiratória. Lee tinha 95 anos. Diversas homenagens circularam pela internet, pelos sites da Marvel e inclusive pela NFL Brasil.

BERNARDO BERTOLUCCI

Bertolucci foi um cineasta e roteirista italiano, nascido em Parma, em 16 de março de 1941. Fez sua estreia em 1962, mas só obteve reconhecimento em seu segundo filme, Antes da Revolução. Em 1967, foi roteirista de Era Uma Vez no Oeste, um dos mais aclamados filmes de Sérgio Leone.

Em 1971, dirigiu seu primeiro filme nos Estados Unidos, O Conformista, que chegou a ser indicado para Melhor Roteiro Adaptado. Em 1972, concorreu pela primeira vez como Melhor Diretor por O Último Tango de Paris, considerado por muitos como sua grande obra prima, mas que foi o centro de inúmeras polêmicas envolvendo o diretor e o ator Marlon Brando por conta de a cena de sexo entre Brando e a atriz Maria Schneider não estar no roteiro e não ter sido planejada junto a ela. O que presenciamos em tela é um estupro, e as lágrimas da atriz são de verdade. Schneider já havia acusado a situação há muitos anos, mas foi só há alguns anos, quando o próprio Bertolucci confessou que a cena havia sido discutida e improvisada apenas entre ele e Brando que a polêmica foi novamente revivida. O diretor inclusive defendeu a cena, dizendo que pretendia extrair a reação mais real possível da atriz. A discussão em volta dessa cena diz respeito a diversos fatores de cultura de estupro e normalização da agressão, mas só nos últimos três a quatro anos Bertolucci tem sido repreendido pelo seu comportamento.

O diretor italiano também criou outros filmes, como o ambicioso 1900 e o drama La Luna. Em 1987, dirigiu O Último Imperador, filme que faturou nove Oscars, incluindo o de Melhor Diretor e o de Melhor Filme. Seguiram-se a esse filme O Céu que nos Protege, O Pequeno Buda e Beleza Roubada.

Bertolucci faleceu aos 77 anos em Roma, no dia 26 de novembro de 2018. A causa não foi divulgada.

STEPHEN HILLENBURG

Biólogo marinho nascido em Oklahoma, nos Estados Unidos, em 21 de agosto de 1961, Stephen Hillenburg desenvolveu um gosto extremamente peculiar por esponjas marinhas durante os seus estudos. Isso serviu de inspiração para o seu mais renomado trabalho. Cartunista e animador, Hillenburg foi o criador do desenho animado Bob Esponja, lançado em 1999.

O icônico personagem teve como inspiração uma esponja de pratos. Mais tarde, outros personagens foram se juntando ao desenho, que hoje já se encontra em sua 10ª temporada (indo para a 11ª), possui mais de 218 episódios e se tornou um fenômeno mundial, até para públicos mais velhos. Além dele, porém, Hillenburg também trabalhou ao lado de Joe Murray na animação A Vida Moderna de Rocko, que foi ao ar de 1993 a 1996.

Em março de 2017, o cartunista foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa rara. Ele morreu vítima de complicações trazidas pela doença em 26 de novembro de 2018, aos 57 anos.

MENÇÕES HONROSAS

Terence Marsh – Diretor de arte estado-unidense, vencedor do Oscar por Doutor Jivago e por Oliver!. Faleceu em 9 de janeiro, vítima de câncer.

Mark Salling – Ator e músico americano, que ficou famoso por sua atuação na série Glee. Mark foi encontrado morto em 30 de janeiro. Exames apontaram que o ator se enforcou enquanto aguardava sentença pelo caso de pornografia infantil pelo qual respondia.

Pat Torpey – Baterista americano que ficou famoso pela banda Mr. Big. Faleceu no dia 7 de fevereiro por decorrência de complicações do Mal de Parkinson que enfrentava há alguns anos.

Reg E. Cathey – Ator americano, conhecido por seus papéis em séries como The Wire, House of Cards e Luke Cage. Morreu no dia 9 de fevereiro em decorrência de um câncer no pulmão.

Jóhann Jóhannsson – Compositor islandês, conhecido no cinema por seus trabalhos de banda sonora para filmes como A Chegada e A Teoria de Tudo. Foi encontrado morto em seu apartamento em 9 de fevereiro, vítima de uma overdose de cocaína.

Tônia Carrero – Atriz brasileira que revolucionou o teatro nacional ao trazer um repertório de peças clássicas para o país. Morreu aos 95 anos no dia 3 de março, vítima de uma parada cardíaca.

Miranda – Produtor musical brasileiro que revelou inúmeras bandas do país, como O Rappa, Raimundos e Skank. Morreu em 22 de março depois de sofrer um mal súbito em sua casa.

Isao Takahata – Cineasta, animador, roteirista e produtor japonês, co-fundador dos Studios Ghibli e diretor de filmes como Túmulo dos Vagalumes. Faleceu de câncer no pulmão em 5 de abril.

R. Lee Ermey – Militar a ator norte-americano, conhecido principalmente por seu papel como o sargento Hartman em Nascido para Matar. Morreu vítima de uma pneumonia em 15 de abril.

Margot Kidder – Atris franco-canadense que obteve fama pelo papel de Lois Lane no clássico filme do Superman de 1978. Cometeu suicídio no dia 13 de maio.

Roberto Farias – Diretor de cinema e televisão brasileiro, conhecido por filmes como Assalto ao Trem Pagador e Roberto Carlos em Ritmo de Aventura e por minisséries como As Noivas de Copacabana. Morreu em 14 de maio, enquanto se internava para tratar um câncer.

Philip Roth – Escritor estado-unidense, conhecido por obras como Goodbye, Columbus e Pastoral Americana. Faleceu em 22 de maio, vítima de insuficiência cardíaca.

Anthony Bourdain – Chef e apresentador americano, famoso por seu programa no Travel Channel, Anthony Bourdain: No Reservations. Enforcou-se com um cinto em 8 de junho.

XXXTentacion – Rapper americano, que ficou famoso pela canção "Look at Me!". Morreu no dia 18 de junho, vítima de um ferimento por arma de fogo.

Vinnie Paul Abbott – Baterista americano do gênero Heavy Metal e co-fundador da banda Pantera. Sofreu um infarto em 22 de junho.

Steve Ditko – Desenhista e roteirista estado-unidense, conhecido por ser o co-criador do Homem Aranha e seus vilões, além de outros personagens como o Dr. Estranho, Capitão Átomo e Questão. Foi encontrado morto em 29 de junho, vítima de um ataque cardíaco.

Angela Maria – Atriz e cantora brasileira, dita como uma das melhores vozes da MPB e Rainha do Rádio de 1954, cantou inúmeras músicas como "Babalu", "Gente Humilde", "Cinderela" e "Orgulho". Morreu dia 29 de setembro devido a uma infecção generalizada e parada cardíaca.

Scott Wilson – Ator estado-unidense, conhecido por interpretar o personagem Hershel Greene, na série The Walking Dead. Morreu em 6 de outubro, por complicações de uma leucemia.

William Goldman – Escritor e roteirista americano, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro por Butch Cassidy (1969) e Todos os Homens do Presidente (1976), faleceu devido a um câncer colorretal e pneumonia em 16 de novembro.

Penny Marshall – atriz e diretora americana, conhecida por seu papel na série Laverne & Shirley. Foi a primeira mulher a dirigir um filme que arrecadou mais de 100 milhões de dólares (Quero ser Grande). Faleceu em 17 de dezembro, vítima de problemas relacionados à Diabetes.

Miúcha – Cantora e compositora brasileira, irmã de Chico Buarque. Morreu em decorrência de uma parada respiratória, em 27 de dezembro.

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