É difícil superar um clássico. Uma vez que um filme fica marcado na memória do cinema, é impossível não compará-lo a novas adaptações que, na grande maioria dos casos, acabam saindo anos mais tarde. Em inúmeros casos, o papel marcante realizado por um grande ator o imortaliza na pele daquele personagem, e outras tentativas de revivê-lo acabam não sendo tão apreciadas pelo público quando este tem em sua memória o grande papel do ator anterior.
Nessa semana, os espectadores estão novamente prontos para esse tipo de comparação. Com a chegada do filme It – A Coisa, as pessoas que viveram sob a atuação de Tim Curry não terão como não compará-lo à nova versão de Bill Skarsgard e, com isso, apontar as principais diferenças entre ambos e no que a nova versão supera a velha, ou o que faltou na nova adaptação em comparação com a antiga.
Diante dessa nova refilmagem de um clássico, selecionamos alguns dos rostos mais memoráveis do horror ao longo do tempo, rostos estes que ficaram eternizados para sempre na memória popular. Porque, por trás das máscaras, da maquiagem e da loucura que caracterizaram seus personagens, estão alguns atores extremamente talentosos.
TIM CURRY – PENNYWISE
E já que estamos falando de It, nada melhor do que começar mencionando o Pennywise original. Um veterano do mundo do entretenimento, da televisão e do cinema, Tim Curry possui mais de 200 produções em seu currículo de ator, tendo sempre variado entre filmes de suspense e horror e filmes de comédia.
Seu próprio estilo pessoal o faz ser requisitado para papéis um pouco mais excêntricos, às vezes incorporando uma forma um pouco mais sombria, às vezes assumindo um lado mais cômico. Na versão de 1990 de It, ele trouxe ambos ao público. Graças à sua atuação, o palhaço Pennywise ficou mais conhecido pelo seu tom brincalhão e jocoso, sempre fazendo piadas com um tom irônico e sádico diante de suas vítimas.
A história do filme se passa na fictícia cidade de Derry, em Maine, onde um grupo de sete crianças se une para enfrentar uma criatura terrível que tem sido responsável pelo desaparecimento e pela morte de muitas crianças pela cidade. Uma entidade terrível, A Coisa, como é chamada, desperta a cada 30 anos para se alimentar. Para poder fazer isso, o monstro assume, geralmente, a forma física do palhaço Pennywise. É aí que entra todo o talento de Tim Curry, que incorpora com maestria o monstro que abusa dos medos das crianças de uma forma irônica, divertindo-se em brincar com suas vítimas antes de ceifar-lhes a vida.
A famosa e terrível cena do bueiro, logo no começo do filme, é um claro exemplo desses dois lados do palhaço. Um trapaceiro, Pennywise usa um lado incialmente amigável para atrair o garoto George para uma armadilha, usando um balão e um barquinho de papel para tentar fazê-lo confiar nele. Já de início percebemos que há algo de errado com o palhaço dentro do bueiro, mas quando o ataque acontece, nenhum de nós está preparado para esse tipo de terror.
ROBERT ENGLUND – FREDDIE KRUEGER
Um lendário mestre do horror e do terror, Wes Craven criou alguns dos personagens mais icônicos do gênero na história do cinema. Entre seus principais personagens, existe uma característica em comum: o sadismo e a ironia de seus atos. E o mais famoso entre eles é também o rei em empregar o terror de maneira jocosa.
Freddy Krueger era antes um assassino em série, que nunca fora pego pela polícia apesar de todos os seus crimes. Furiosos com a ineficiência das autoridades, os moradores de Springwood perseguiram o criminoso e o queimaram vivo como punição. Freddy, contudo, não morreu completamente naquele dia, e passou a perseguir os jovens adolescentes de Elm Street em seus sonhos, matando-os de formas terríveis no mundo dos pesadelos, de maneira a resultar na morte deles no mundo real.
Sob uma maquiagem terrível que colocou severas queimaduras em seu rosto, o ator Robert Englund deu vida a um personagem que, ao mesmo tempo que é repulsivo, também é carismático, nunca permitindo que o odiemos por completo. Seu tom sarcástico e a maneira como ele persegue suas vítimas em um mundo que ele controla o tornam ainda mais aterrorizante pois, a todo momento, estamos cientes que aqueles que entram no mundo do assassino dificilmente escaparão, mas Freddy dificilmente os mata no momento, preferindo tortura-los antes, justamente por saber que eles não possuem escapatória possível.
O lado sádico de Freddy, criado com perfeição por Englund, sempre explorando os maiores medos das vítimas, é o maior triunfo da franquia A Hora do Pesadelo, uma das primeiras de Craven a incorporar esse lado “divertido” dentro de um monstro.
GARY OLDMAN – DRÁCULA
Para incorporar um personagem tão icônico, tanto no cinema quanto na literatura, é sempre necessário um bom ator. No caso do vampiro Drácula, tantos homens já usaram sua capa desde as primeiras adaptações cinematográficas. Entre os inúmeros nomes que poderiam ser destacados, Bela Lugosi, o Drácula original dos cinemas, e o eterno Christopher Lee, são dois dos que melhor incorporaram o papel do monstro sedento por sangue.
Contudo, um terceiro nome surge nessa história. Gary Oldman, um dos atores mais famosos do cinema atual, foi o homem por trás do vampiro na memorável adaptação de Francis Ford Coppola da terrível história. Essa versão é também a que mais se aproxima do conto original de Bram Stoker, apresentando por isso grandes toques de romance em meio à trama de horror. Contando com um grande elenco que reunia Anthony Hopkins, Winona Ryder, Keanu Reeves e Monica Bellucci, foi Oldman quem mais brilhou, contudo, incorporando o vampiro de corpo e alma para o papel.
Poderoso em seu castelo, com suas esposas ao seu lado, Drácula convence o jovem advogado Jonathan Harker (interpretado por Reeves) para averiguar documentos a respeito de suas propriedades, enquanto suga, em segredo, a força vital do rapaz. Ao ver uma foto que Harker mantinha de sua noiva, Mina (Ryder), o Conde se convence de que ela é a reencarnação de sua mulher a tanto perdida, e parte para conquista-la e fazê-la sua para sempre. Ciente dessa ameaça, os Harker contratam o cientista e caçador Abraham van Helsing (Hopkins) para ajuda-los a combater essa horrível ameaça.
Um dos maiores motivos de esse filme ser tão icônico é o equilíbrio da atuação de Oldman, mesclando o sofrimento do homem apaixonado e o terror do monstro em um único personagem, sem deixar que essa mistura se torne algo inverossímil ou incoerente.
OS HOMENS POR TRÁS DA MÁSCARA
Talvez um dos grandes problemas em se trocar um ator é que a identidade do personagem acaba se perdendo ou sendo alterada. A mudança do rosto faz com que as pessoas tenham muita dificuldade em reconhecer o novo como a continuação daquilo que elas já conheciam. Mas, quando seu personagem não possui um rosto conhecido além de uma máscara, e sua personalidade consiste apenas em um ser silencioso que não fala nada e apenas mata adolescentes em um acampamento, essa troca é muito facilitada.
Mesmo assim, é realmente impressionante que o assassino Jason Voorhees, da franquia Sexta-Feira 13, tenha sido interpretado, ao longo dos anos, por nada menos que 10 atores diferentes! Sim, dez homens diferentes vestiram a máscara de hóquei de Jason ao longo dos anos. O primeiro de todos foi Ari Lehman, que interpretou o jovem Jason no filme original de 1980. Naquele filme, porém, ele ainda não era o assassino original, e as mortes foram causadas pela mãe de Jason, interpretada pela atriz Betsy Palmer. No segundo filme, curiosamente, dois atores interpretaram o assassino: Warrington Gilette fez as cenas sem a máscara de pano de Jason, enquanto Steve Daskawisz fez a interpretação com o rosto coberto.
A lendária máscara de hóquei só foi introduzida no terceiro filme, quando o personagem foi interpretado por Richard Brooker. Desde então ela foi usada por Ted White no quarto filme, e C.J. Graham no sexto filme. Dick Wieand usou a máscara no quinto filme, mas ele não interpretou Jason, e sim um outro assassino que se inspirava no personagem. Kane Holder, o ator que assumiu o papel no sétimo filme, foi o único a utilizar a máscara e incorporar o personagem por mais de um filme, atuando do sétimo ao décimo filme da franquia.
Os produtores, contudo, não estavam muito felizes com o fim da saga, e reviveram o assassino para o filme Freddy vs Jason. O ator Ken Kirzinger assumiu o papel nesse novo filme, e sua atuação é até hoje considerada uma das melhores interpretações do personagem. Depois de alguns anos, uma refilmagem foi feita em 2009, e a máscara passou para o ator Derek Mears. Com tantos rostos diferentes, é justo dizer que Jason Voorhees, mesmo tendo ressuscitado milhares de vezes, ainda é o menos imortal entre os assassinos nessa lista.
WILL SANDIN E DAEG FAERCH – MICHAEL MYERS
Comparado a Jason, é provável que o assassino Michael Myers, da franquia Halloween, esteja em uma situação um pouco pior. O personagem foi interpretado pelo mesmo número de atores que Jason, mas possui menos filmes em sua franquia. No total, ao longo de nove filmes, foram dez atores por trás da máscara, e o único a se manter no papel por mais de um filme foi Tyler Mane, O Myers da refilmagem de 2007 e sua continuação de 2009. No entanto, a saga Halloween apresenta um trunfo sobre as outras com assassinos mascarados: a sua abordagem do passado de Michael Myers, sua infância. Nesse quesito, duas atuações se destacam bastante, e são justamente as versões infantis do personagem.
Tendo sido o primeiro rosto a ser associado a Myers, Will Sandin tinha apenas nove anos quando deu vida ao personagem. Na época, a ideia de um psicopata infantil chocou o público, e a revelação do rosto do assassino de uma garota e seu namorado como sendo o irmão mais novo da moça provocou uma reação que imortalizou o rosto de Sandin, associando-o eternamente ao de Myers naquela que foi a única atuação do ator.
Anos mais tarde, na readaptação da história de 2007, o papel do jovem psicopata passou para Daeg Faerch. O garoto teve um papel maior e mais relevante que o de Sandin. A questão principal é que a identidade do assassino já não era mais um segredo ou uma surpresa chocante (todos os espectadores que conheciam a história de Myers sabem da sua infância sombria). Por isso, o filme deu maior enfoque à infância do assassino, sua tendência a matar animais, suas consultas com um terapeuta, dando mais espaço para o jovem ator se desenvolver na narrativa e deixar uma marca ainda maior para o personagem.
Justamente por serem as únicas adaptações do assassino quando criança, as atuações dos dois meninos são as que mais se destacam, mesmo acima dos homens que fizeram o Myers adulto. Enquanto Daeg seguiu em sua carreira de ator, Will, que chegou a ser cogitado para outros papeis na televisão, não foi mais visto nas telas de nenhum tipo, assumindo diversos outros empregos fora da área de entretenimento.
DAVEIGH CHASE – SAMARA
“Sete dias”. Essas palavras foram a assombração de muitas pessoas no começo dos anos 2000, quando a adaptação americana de O Chamado chegou aos cinemas. Tendo como base um filme japonês, a trama narra o desespero de uma mãe (Naomi Watts) em tentar salvar a si mesma e a seu filho das garras de uma terrível maldição, iniciada após ambos assistirem a uma fita que continha a assombração da menina Samara.
Samara era, antes, uma garota quieta e estranha, que fora adotada por um casal que desejava muito ter uma filha. Contudo, a estranheza dela, somada à morte não natural de inúmeros cavalos na fazenda, levaram à mãe adotiva da garota a lança-la em um poço para sua morte. O espírito da garota, contudo, sobreviveu dentro de uma fita cassete, e todos que assistissem seu conteúdo seriam mortos sete dias depois.
Apesar de aparecer pouco no filme, a atriz Daveigh Chase, na época com 12 anos, conseguiu dar o tom sinistro e sombrio da personagem. Nas cenas em que interpreta a menina normal, seu ar quieto é inquietante, já definindo a garota como alguém aterrorizante. Nas tomadas em que ela assume a forma de assombração, o mesmo tom macabro é o suficiente para aterrorizar os telespectadores diante da terrível assombração. Tendo tido outras aparições, como no filme Donnie Darko e na dublagem da personagem Lilo, de Lilo & Stitch, Samara ainda é a atuação mais marcante da atriz.
KEVIN PETER HALL – PREDADOR
Não necessariamente um filme de horror, Predador foi um dos maiores filmes da ficção científica a abordar a temática dos alienígenas. Não necessariamente entrando no ramo da invasão espacial, o filme nos apresentou ao caçador Yautja, uma raça de colecionadores de troféus que sentem prazer em caçar os indivíduos mais perigosos de cada raça. Introduzido no icônico filme de 1987, o Predador iniciou sua caçada perseguindo o grupo de operações especiais comandado pelo Major Dutch (Arnold Schwarzenegger).
Por trás da máscara do alien, estava o ator Kevin Peter Hall (no centro da foto acima). O ator conseguiu atribuir ao monstro o caráter investigativo e observador de um bom caçador, fornecendo-lhe um comportamento que o fazia estar sempre à espreita, esperando o melhor momento para atacar. Aparecendo no primeiro e segundo filme da franquia, Kevin deu ao caçador um ar ao mesmo tempo de conhecedor de tecnologias avançadas e de guerreiro tribal, respeitador de uma antiga tradição que vê a honra na caçada a oponentes perigosos e não consegue aceitar a vergonha de ser reconhecido pelo seu fracasso.
Mesmo que o filme utilize se valha muito mais de efeitos especiais para produzir o Predador, a atuação de Kevin Peter Hall nos momento em que ele aparece foi a responsável por criar a mitologia em volta da temida raça de caçadores da maneira como a cultura pop se lembra hoje em dia. O ator, infelizmente, faleceu em 1991, aos 35 anos, vítima de AIDS.
ANTHONY HOPKINS – HANNIBAL LECTER
Em alguns casos, a primeira aparição de um personagem é tão boa e marcante que, mesmo que as interpretações seguintes continuem a ser ótimas, nunca conseguem superar o original. Tal situação se mostra clara com o personagem Hannibal Lecter. Embora as atuações de Gaspard Ulliel (Hannibal Rising) e de Mads Mikkelsen (da série Hannibal) sejam duas interpretações muito fortes do personagem, o rosto de Lecter continua a ser associado ao ator Anthony Hopkins.
Tendo assumido o papel no filme de 1991, O Silêncio dos Inocentes, Hopkins deu ao psicopata canibal um ar ao mesmo tempo culto e ensandecido, expondo ao público tanto o cavalheiro intelectual e psiquiatra forense quanto o maníaco assassino que comia a carne de suas vítimas. A própria atuação dele(que incluía algumas cenas improvisadas) deixou a atriz Jodie Foster, que interpretava a protagonista Clarice Starling, em estado de tensão durante as cenas em que os dois estavam juntos.
Hopkins ainda retornou ao papel em Hannibal e O Dragão Vermelho, continuando a dar ao personagem seu ar sádico e, ao mesmo tempo, inteligentíssimo, a ponto de fazer com que os investigadores da polícia continuassem a se consultar com ele para desvendarem os crimes realizados por outros maníacos. Foi a atuação em O Silêncio dos Inocentes, no entanto, a mais conhecida e a mais lembrada, pela qual o ator ganhou um Oscar em 1992. Também faturaram a premiação a atriz Jodie Foster e o diretor Jonathan Demme, falecido em 2017.
BOONIE AARONS – A FREIRA
O universo de terror de Invocação do Mal já nos presenteou com inúmeras cenas e personagens aterrorizantes ao contar os casos desvendados pelo casal Warren. Entre as muitas assombrações demoníacas enfrentadas pelo casal, uma das mais aterrorizantes foi o demônio Valak, personalizado em Invocação do Mal 2 na imagem de uma freira demoníaca.
Interpretada pela atriz Boonie Aarons, a criatura persegue Lorraine Warren (Vera Farmiga) em seus sonhos, desde o encontro das duas na resolução do caso em Amityville. A imagem incorporada por Aarons, de um ser que, na maior parte do tempo, é silencioso e macabro, até o momento em que ele de fato se aproxima e solta seu grito horripilante. Valak foi um dos poucos demônios que conseguiu interromper os sentidos paranormais de Lorraine, enquanto aterrorizava uma família inglesa e se apossava da filha mais nova da mulher, utilizando para isso o fantasma de um velho morador da casa.
A atuação de Aarons conseguiu dar ao demônio seu ar horripilante e blasfêmico, incorporando uma imagem santa que é utilizada pelo ser de maneira sarcástica para debochar da religião. A atriz conseguiu dar esse ar ao monstro, ao mesmo tempo em que era uma aberração que atormentava a família. Tudo isso, sem dizer uma única palavra o filme todo.
ANTHONY PERKINS – NORMAN BATES
Novamente, não estamos falando aqui de um filme de terror propriamente dito, mas de um dos maiores suspenses da década de 60 e, talvez, um dos melhores filmes do diretor Alfred Hitchcock que, na época, fez as pessoas saltarem das cadeiras e quererem deixar o cinema em pânico. A própria história por trás de Psicose já é o suficiente para arrancar algum medo das pessoas, mas muito do terror causado na época foi por causa do personagem Norman Bates, interpretado por Anthony Perkins.
Um garoto tímido e com sérios problemas de afeto maternal, Bates vivia sozinho no Motel da família, tendo por companhia apenas o corpo de sua mãe. Aparentemente inocente e abobalhado, Bates possui um personalidade extremamente sombria, que o faz assumir o caráter dominador e agressivo que a mãe tinha toda vez que ele se sente ameaçado por algo. Durante a introdução do personagem, Perkins mostra um homem simples e bem tímido, reservado e confuso. Contudo, sua atuação também mostra ao público um lado estranho e suspeito. O lado da mãe aparece pela primeira vez quando Bates ataca Marion Crane no chuveiro, uma cena que apavorou as pessoas por anos.
Psicose é um dos maiores clássicos do suspense de todas as épocas, certamente é um que consegue arrancar gritos de horror dos desavisados, e o Norman Bates de Perkins é um dos grandes responsáveis por isso. O filme se tornou tão clássico que levou a refilmagens, com outras interpretações do personagem: uma fracassada do ator Vince Vaughn, no remake de 1998, e outra mais bem sucedida feita por Freddie Highmore, na série Bates Motel. Ainda assim, não há como não associar Bates a Perkins, tão marcante foi sua atuação em um filme igualmente marcante.
Esses são alguns dos rostos mais tenebrosos no mundo do terror. Existe algum outro ser que lhe causa arrepio? Algum outro fantasma, assombração, assassino ou monstro do qual esquecemos de falar? Deixe nos comentários qual o seu favorito!